• MEU SOGRO • romance Capítulo 58

"Todos precisam de uma casa para viver, mas é uma família feliz que constrói um lar." — Autor desconhecido

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Depois de prontos descem e Katharine se encolhe ao ver Berriere toda sorridente de mãos dadas com o Kauã que estava conversando sobre sua paixão por cavalos. Elas trocam olhares e sorrindo Berriere a cumprimenta.

— Deus é contigo minha filha, vejo os efeitos que satanás deixou em suas pernas. — Aponta para as marcas das vassouradas que levou na madrugada de hoje. — Estarei orando por você amém.

— Amém, amém... — repete nervosa.

— Bom, vai lá se despedir da mãe Kauã. — Solta a mão do menino.

Com óculos escuros Bronck tenta não rir das graças da Berriere.

— Bom passeio meu filho. — Tenta lhe dar um beijo, mas ele sai correndo.

— Tchau! — Se afasta pegando a mão de Berriere.

Eles se despendem e vão para a garagem. Percebe que precisa comprar uma cadeirinha de segurança para seu neto já que fará cinco anos e é obrigatório o uso da mesma.

— Me lembra de comprar uma cadeirinha por favor, querida. — Pede vendo-a se juntar ao Kauã no banco de trás. — Vou dirigindo, hoje é só em família.

Estão indo sentido a casa do Brian quando Kauã solta uma pérola.

— Eu sei que é feio, mas soltei um fuin. — Todo corado de vergonha conta para eles.

— Um o quê, meu príncipe? — Sem entender Berriere pergunta.

— Peidinho. — Explica mordendo a mão. — Saiu sem querer.

Começam a rir da timidez dele.

— Esse menino é demais! — Declara admirando as convinhas de Bronck sorrindo com a gracinha do seu neto.

Seu coração acelera quando vê seu celular tocando, reconhece o prefixo e desconfia quem seja.

— O que aconteceu? — Preocupado Bronck pergunta já que percebe ela olhando fixo para o celular que não para de tocar. — Não vai atender?

Em seu peito tinha certeza que era seu irmão.

— Oliver? — Desconfiada pergunta.

Bronck estranha suas feições, como estão entrando no condomínio de Brian reduz a velocidade.

— Riere é você? — Sua voz grossa a faz chorar... é realmente seu irmão. — Está viva?

— Sim, Oli sou eu, que pergunta é essa? — Estranha já que desde ontem todos tem essa preocupação com sua vida.

— Quem é? — Com ciúmes pergunta no estacionamento da grande mansão do seu irmão.

— Meu irmão. — Fica aliviado.

— Preciso te ver para saber que realmente é você. Fiquei sabendo do seu marido, sinto muito. — Com a voz mais calma responde.

— Estou em Seattle. — Justifica já que não sabe que está morando com seu não sogro.

— Me diga como te encontrar, onde você está nesse exato momento? — Oliver pergunta.

— Vou passar o endereço. — Bronck informa onde estão para que ela o diga. — É muito bom ouvir sua voz, como conseguiu meu número?

— Sou um homem fluente. — Gargalha na ligação. — Te amo maninha, em breve estaremos juntos.

— Eu também te amo, beijos. — Confessa desligando.

Assim que param na frente da casa do Brian, Carmem vem correndo com seus saltos alto ao encontro do carro.

— Amiga! — Grita ao abrir a porta do carro e a puxa para fora do mesmo.

— Que saudades é essa?! — Assustada a abraça. — O que está acontecendo?

— Quando o Bronck me ligou ontem, eu entrei em desespero. — Espremendo-a em um abraço apertado continua. — Acredito que fui injusta e não disse o quanto você é importante para mim, não digo por você ser rica e sim por seu coração imenso. Você é uma pessoa iluminada, onde toca transforma e confesso que no início fiquei com medo, mas mostrou que seu tamanho não é nada, você é uma mulher maravilhosa e terá minha lealdade sempre amiga. — Segura seu rosto entre as mãos enquanto chorona se declara. — Eu te amo! Nossa irmandade vai além de qualquer laço de sangue, tenho você como irmã. Nunca esqueça disso!

"Olho para ela chorando e Bronck também. O que aconteceu para eles estarem assim? Até meu irmão perguntou se estou viva."

— Eu também te amo Carmem, não só você, mas meu menino Mikael também tenho os dois como minha família. Me achava sozinha, mas vejo que tenho um homem que realmente me ama e agora tenho um neto. — Sorrindo ajuda o menino sair do carro. — Não sei o que aconteceu para a todo momento ser questionada se estou viva, só sei que hoje me sinto amada.

— Você não contou a ela? — Exasperada o questiona.

— Ainda não, mas vou, vamos entrar. — Responde pegando seu neto no colo.

— Entrem, por favor. — Os acompanham para dentro da casa.

Com uma roupa casual Brian vem apressado até ela.

— Nossa, como é bom ver você Berriere. — Abraça engolindo em seu corpo grande.

— O que aconteceu, me contem por favor? Não gosto desse suspense todo. — Sem paciência esbraveja.

Se juntando a eles Fernando vem até ela e lhe dá um abraço.

— Sua casa foi simplesmente pelos ares e todos achamos termos te perdido, afinal de contas, você faz parte da nossa família e aqui todos te amamos. Um amor puro e verdadeiro tenho certeza que aqui cada um de nós levaria um tiro por você. Cheguei ontem e só de ouvir a Carmem contando chorando, eu não me segurei... só de pensar em você morta mesmo sabendo que foi um grande equívoco, todos sofremos com essa hipótese e te garanto que na noite passada ninguém dormiu bem. — Sem rodeios contam tudo que o Bronck não teve coragem.

Chocada deixa as lágrimas caírem, Carmem a leva para a sala onde Andrews está sentado brincando com Mikael.

— Como é bom te ver! — Vai até ela e a abraça. Quando soube não queria acreditar, usei a razão e te liguei minha linda, mantive a força e pedi a Deus para ser mentira. Você é muito ingênua e sabemos que aí dentro tem uma pantera poderosa e não estamos te colocando como frágil, sei que você irá desabrochar... você conquistou cada um de nós minha linda. — Dando um beijo em sua cabeça a senta no sofá. — Eu tinha uma irmã e você me lembra muito ela... não sou muito de chorar, mas a hipótese da sua morte nos deixou vulneráveis.

— Eu surtei, queria me jogar no fogo e pensei... pronto, estou vivendo mais uma vez a dor de perder alguém que eu amo. — Bronck conta o que sentiu.

Seu telefone toca novamente e reconhece ser o mesmo número que a ligou minutos atrás.

— Oi! — Emocionada pela descoberta atende à ligação.

— Está chorando, o que aconteceu? — Oliver pergunta nervoso.

— Descobri que tenho uma família e eu pensei estar sozinha. — Suspirando justificando.

— Estou aqui na porta do endereço, vem cá me dá um abraço pelo amor de Deus Riere. — Suplica.

— V-você... espera... você está aqui? — Achando impossível ser verdade o questiona.

— Sim, vem cá me dá um abraço, por favor maninha.

— O que foi? — Todos perguntam em uníssono.

— Meu irmão está lá fora. — Avisa sorrindo.

— Deixa comigo, vou lá... — Brian corre para recebê-lo.

— Viu, como você tem pessoas que te amam além do seu dinheiro? — Bronck comenta lhe dando um beijo.

Um homem imenso entra chamando a atenção de todos, assim que Berriere o vê seus olhos transbordam de felicidade por reencontrar seu irmão após anos. Ele examina a todos e assim que seus olhos a encontra vai apressado até ela.

— Não sei como suportaria viver sem ter te visto mais uma vez. Eu tinha o quê, 9 anos a última vez que nos vimos? — Invade a barreira de proteção e abraça forte sua irmã.

— Gente para! Eu não sei se aguento tanto amor, não estou preparada para isso. — Confessa matando a saudade do irmão caçula.

— Desculpa minha falta de educação. Sou Oliver Bovederes, irmão caçula da Berriere. Imagino que não saibam da minha existência. — Sorrindo zomba. — Somos uma família tímida né maninha.

— Muito! — Solta-o para olhar seu rosto. — Você tomou o que Oli? Fermento menino.

— Larga minha vovó. — Enciumado Kauã ordena. — Sai, sai... — empurra ele para abraçá-la.

— Vovó! Quando virei tio Riere?

— Senta, vamos te contar tudo. — Se juntando a todos no grande sofá, Oliver pega Kauã no colo.

— Sou seu tio moleque não precisa me bater. — Faz cosquinha nele.

Assim que todos se apresentam Berriere anuncia que está com o Bronck e explica toda a situação para ele que só absorve as informações e expressa sua opinião declarando ser loucura deixar Katharine sozinha em sua casa, logo todos estão trocando hipóteses.

— Qual é o plano? — Oliver pergunta.

Quando Bronck ia responder Kauã diz tímido.

— Quero fazer o número dois. — Todos ficam calados depois começam a rir.

— Eu te levo querido. — Berriere se levanta.

Carmem vai com ela deixando os rapazes na sala.

— Sei que foi seu filho que matou meu tio. — Oliver confirma assim que Berriere sai deixando todos chocados.

— Não acredito nisso, meu filho não... — chocado Bronck lamenta.

— Assim que o meu pessoal disse que a casa dela explodiu e que estava lá, vim atrás de você. Afinal de contas odeio o seu filho. — Afirma.

— Olha meu filho, estamos tão chocados quanto você. Aqui ninguém é inimigo dela. — Brian se posiciona.

— Pelo contrário, somos uma família muito unida. Tem um ou dois que não prestam, mas vamos protegê-la. — Andrews deixa claro sua opinião.

— Temos duas opções. Ela vem comigo ou fico aqui. — Cruzando os dedos a sua frente Oliver anuncia as alternativas.

— Então você fica querido, não é assim que funciona. Não chega cheio de marra. Estamos tão preocupados quanto você, então segura o seu momento. — Andrews fala grosseiramente o deixando de boca aberta.

— Querido se acalma ele é irmão dela amor e tem o direito de protegê-la. — Fernando segura seu namorado.

— Calma. Estamos todos juntos, afinal de contas, nossa família está em perigo. — Brian relata o óbvio.

— Dou minha palavra de homem que vou protegê-la. — Sincero Bronck jura para ele.

— Então, eu fico! — Oliver comunica.

Continua...

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