"Aquele que se acha esperto demais um dia acaba caindo nas garras da própria esperteza."
— Autor desconhecido
...ᘛ...
Estão distraídas quando Bartra vai na direção das duas.
— Uau... — nauseada Berriere o encara.
— Ontem mudei meu modo de te ver Berriere. — Com um sorriso cínico informa.
Berriere está realmente nauseada fecha um pouco os olhos para recuperar os sentidos, quando ia responder escuta um barulho que a faz abrir os olhos assustada. Percebe Bronck socando a cara do Bartra sem pena. Tomada pela adrenalina corre para abraçá-lo.
— Para, por favor. — Implora pra ele.
— Não sou o Brian, olhe para minha mulher assim novamente pra ver o que acontece com você. — Esbraveja.
— Bronck... para por favor, eu te imploro. — Sem forças tenta tirá-lo de perto do irmão.
— Olha só Bartra, veja bem o que anda fazendo. Eu não tenho medo de chutar essa sua bunda velha até a porta da rua seu desgraçado. — Declara tentando bater nele de novo.
— Eu só a elogiei. — Bronck sabe que não, pois, tinha certeza que ele assistiu os dois transando.
— Cheio de duplo sentido seu miserável.
Quer dar outro soco nele, mas Berriere entra na frente mais uma vez tentando impedir que bata no velho já caído.
— Amor, olha para mim eu não estou muito bem. Vamos embora, por favor. — Diz a verdade.
Ganha sua total atenção quando Bronck percebe que está pálida.
— O que você tem minha Berrie? — Tonta pisca os olhos para ajustar a visão já embaçada. — Ei... amor!
— Bronck... — sussurra em seguida perde os sentidos.
Carmem até tenta segurá-la, mas foi tudo tão rápido e o seu corpo vai ao encontro do chão.
— Que porra foi essa?! — Exasperado procura entender.
— Não sei, ela estava meio pálida e gelada. — Carmem confirma o que percebeu.
Bronck a pega no colo e vai para o elevador.
— Carmem garagem agora, anda! — Ela aperta o botão do subsolo e o elevador desce direto.
Na garagem Cristophe estava parado junto ao carro quando percebe Berriere mole no coloco do patrão.
— Sr.? — Quando ia perguntar é interrompido.
— Vamos para o hospital mais próximo agora! — Entra com ela no banco de trás.
— Vou junto! — Carmem corre se junta a Cristophe no banco do passageiro.
— Agora! — Nervoso berra.
Ele tenta acordá-la, mas não consegue. Sua palidez o deixa assustado. Beija seus lábios gelados e meios arroxeados.
— Ela está pálida, será que foi a briga? — Pergunta a Carmem.
— Pode ser. Da outra vez ela ficou gelada. — Menciona pensando na hipótese.
— Ontem transamos na minha sala, horas depois descobri que Bartra colocou câmeras e escutas lá. Bati porque ele falou do corpo dela com malícia. — Sem se preocupar explica o motivo pelo qual bateu no irmão.
— Que filho da puta. — Chocada xinga.
Assim que entram no hospital Bronck encontra um grande amigo, pois, veio parar no hospital que sua esposa ficara internada até o fim da vida.
— Yure! — Grita um velho amigo. — Me ajuda por favor, ela não acorda. — A lembrança da falecida esposa colide com a situação e sem perceber já estava chorando.
— Bronck? — Yure o encara com Berriere no colo.
— Socorre ela por favor Yure, é minha mulher. — Quase não consegue falar.
— Preciso de uma maca agora! — O médico de idade avançada grita pelos corredores e logo aparece em sua frente.
Ele a coloca deitada, Yure confere seus pulsos olhando o relógio.
— O que aconteceu? — Pergunta deixando todos ali presentes abismados, já que hoje, o médico é o presidente do grande hospital.
— Ela presenciou uma briga e desmaiou. — Bronck justifica nervoso.
— Trago notícias em breve, pode ficar tranquilo que eu mesmo cuidarei da sua amada meu velho amigo. — Afirma e some com ela por uma porta.
Nervoso e abalado é amparado por Carmem e seu motorista.
— Estamos aqui, amigo. — Cristophe o leva para se sentar. — Hoje no carro ela reclamou de dores no estômago, talvez tenha comido ou bebido algo que não caiu bem. — Relata pensando na hipótese.
Carmem avisa a Andrews e aos demais e fica pensativa. Na sua cabeça tinha certeza que a Katharine teria feito algo, porém, guardou para si as desconfianças.
Casa do Bronck...
Kathe está deitada em seu quarto feliz da vida desde a hora que Berriere saiu aguarda notícias.
— Será que ela já passou mal? Nunca dei tanta sorte a tonta nem pensou em ver se o café foi batizado. — Confessa. — Como o Bartra informou leva 3 horas para fazer efeito... se bem que ela podia morrer né. — Está divagando quando seu celular toca.
— O que é velho? — Reclama.
— Você deu a ela? — Nervoso sussurra.
— Sim. — Orgulhosa garante.
— Sua idiota filha da puta. — Grita. — Vão descobrir que ela foi envenenada porra! Você está na casa dele sua imbecil... está pensando o quê? Que vão culpar a mim? — Bartra tenta clarear a mente dela.
— Mas... — tentando se defender é interrompida.
— Mas o que porra? Ela foi envenenada idiota e caiu simplesmente apagada.
— Dei a dosagem que ia dar ao pirralho. Ela não vai morrer, só ficará mal por uns dias e passará como intoxicação. — Revela nervosa.
— Reza para isso acontecer, meu irmão é muito inteligente e não mexe com o bebê dele. — Fala sentindo o rosto dolorido da porrada recém-levada. — Reza está escutando sua inútil.
Mais uma vez enfatiza e desliga a deixando tão desesperada que se levanta e toma um banho, coisa que não fez desde que chegou.
(...)
No Hospital.
Uma hora se passou desde que ela deu entrada no atendimento, Carmem está segurando as mãos dele e juntos estão fazendo uma oração quando Cristophe interrompe.
— Senhor Bronck. — Cauteloso o chama.
— Oi! — Levanta os olhos para ele.
— Telefone para o sr. — Estica o braço para que Bronck alcance.
Sem vontade coloca o telefone ao ouvido.
— Bronck. — Se apresenta.
— O que aconteceu? — Oliver pergunta preocupado.
— Não sabemos ainda, ela passou mal com uma briga e foi tudo culpa minha. — Triste lamenta.
— Eu nem posso ir aí ficar com a minha irmã. — Rangendo os dentes reclama.
— Veremos direitinho o que aconteceu, está com o melhor médico de Seattle. — O tranquiliza.
— Cuide da minha irmã por favor, assim que tiver notícias me liga.
— Pode ter certeza que ligarei Oliver. — Se despede e finaliza a ligação.
Volta a se juntar com Carmem em uma oração e fica apreensivo quando ela sinaliza que o médico estava vindo.
— Bronck? — Chama com uma cara preocupada.
— Oi! — Os três vão rápido até ele.
— Ela ficará bem, teve uma intoxicação alimentar só isso. O que ela comeu? — Pergunta olhando para os três na sua frente.
— Não sei, acordei ela já havia saído apenas avisou que foi ao salão. — Informa olhando para seu motorista.
— Ela reclamou de dor no estômago na ida para o trabalho, indo para o salão estava bem humorada. — Cristophe comenta o que realmente aconteceu.
— Ela está no medicamento. Não sei o que comeu ou tomou, mas está acordada e chama por você. — Aponta para Bronck. — Pode ir vê-la todos vocês.
— Obrigado. — O abraça agradecido.
Segura a mão de Carmem e vai sentido ao quarto de Berriere. Assim que a ver os três respiram aliviados.
— Oi! — Chorosa fala observando os três na porta.
Carmem é a primeira a entrar.
— O que você comeu e onde chefa? — Interroga de uma vez.
— Café e sanduíche somente e foi em casa. — Explica já que o Yure fez a mesma pergunta.
— Ficará tudo bem chefa, eu cuido de você. — Lhe dá um abraço. — Vou ao banheiro e já volto.
Berriere acena vendo-a sair porta afora e se assusta quando ela grita do corredor.
— Bronck vou fazer xixi na sua casa... Cristophe! — Berra ainda mais chamando o motorista.
Sem entender se junta a Berriere na cama.
— Desculpa por bater no Bartra na sua frente. — A beija com carinho.
Ficam agarrados enquanto ela recebe a medicação na veia.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: • MEU SOGRO •
Muito bom a história parabéns !! AMEI...