"A vida é uma constante, mas só precisamos aprender a nadar nas suas ondas para chegar até a próxima terra firme!"
— Autor desconhecido
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Parando em frente a uma mansão na área mais tranquila de Seattle, Bronck e Berriere são recebidos com muito carinho por Freud Benett. Se abraçam e o próprio olha para os dois de mãos dadas e sorri satisfeito.
— Sejam bem-vindos! — Os cumprimentam.
— Na hora de ir para casa, me liga sr. Mondova. — Benjamin pede de dentro da Mercedes.
— Ok, vai com cuidado Benja. — Bronck o adverte.
Assente e liga o carro saindo da propriedade.
— Obrigada por nos receber. — Tímida agradece passando pelas portas.
Bronck faz o mesmo e novamente conecta suas mãos deixando Berriere feliz.
— A Lisi já vem. — Se desculpa por recebê-los sozinho.
Ambos o seguem, Bronck a abraça e ficam na sala falando de trabalho e a todo momento olha para sua amada e lhe lança vários elogios a deixando ruborizada. Um sorriso genuíno surge nos lábios de Benett fazendo Berriere acompanhar o seu olhar. Uma linda mulher de cabelos lisos e totalmente grisalhos desce as escadas com o mesmo sorriso direcionado ao marido, assim que se junta a eles automaticamente selam os lábios. Tímida Lisi fica corada.
— Finalmente te conheci minha linda. — Animada lhe dá um abraço sincero. — Ouvi muito sobre você.
— Oi! Eu também. — Sem graça retribui o abraço.
Assim que se afastam voltam aos braços dos seus respectivos parceiros.
— Você é das minhas também fico assim, acredite. — Constata observando a vermelhidão em suas bochechas.
— É... isso nunca muda? — Pergunta.
— Com o passar dos anos consegui me posicionar na frente de outras pessoas, mas sou a mesma tímida de antes. Contudo, agora sei me defender dos leões. — Berriere fica fascinada.
— Vamos para os fundos da casa. — Benett os convidam a segui-lo.
— Vem amor. — Bronck a guia para encontrar a casa na parte de trás da mansão.
— Vocês formam um lindo casal, minha amiga deve estar feliz por você ter encontrado o amor novamente. — Lisi constata.
— Está sim. — Confirma beijando os cabelos de Berriere.
Ela observa Bronck a vontade com o casal que logo está mais solta.
— Sentimos muito pela perda de vocês. — Lisi expressa seus sentimentos.
— Obrigado. — Bronck agradece. — Estamos enfrentando um grande problema com a perda do Kamael.
Ele conta tudo que passaram desde o início do mês com Berriere, deixando o casal horrorizado com os relatos. Quando o celular de Berriere toca sem jeito se levanta para atender mais adiante.
— Com licença. — Assim que se afasta um pouco atende. — Oi! Benja.
— Seu irmão não está conseguindo falar com o Bronck, pede para retornar com urgência por favor. — Sério transmite o recado.
Desliga e inicia uma ligação com Oliver que no primeiro toque alguém atende.
— E aí Riere! O chefe está ocupado, mas já vem. — A voz é estranha.
— Quem é? — Tal pergunta ganha a atenção dos três na varanda.
— Sou eu... Baby, seu baby Berriere. — Sorrindo leva a mão ao peito.
— Que saudades Baby, como você está menino?
— Estou um adulto Riere, mas a cara de bebê não muda, se der mole você me pega no colo. — Gargalhando a faz rir da brincadeira.
— Nossa que saudade! Como vão todos e sua irmã? — Ele fica em silêncio por tempo demais. — Dários? — O chama para confirmar que ainda está na ligação.
— Oi! É... não gosto muito de falar sobre isso Riere. Como vão às coisas por aí? — Muda de assunto e percebe que é a segunda pessoa a lhe dizer que não gosta de comentar do irmão.
A cara de ciúmes do Bronck a deixa sem graça.
— Tudo bem, cadê o Oliver? — Bronck se levanta e se junta a ela.
— Vou passar para ele, foi bom conversar com você. — Beijos e estou morrendo de saudades.
— Igualmente. — Se despede, a voz de Oliver vem logo em seguida.
— Riere! — A voz aflita de Oliver a deixa em alerta.
— Oi! Está tudo bem aí? — Tensa o interroga.
— Posso levar uma pessoa no jatinho do Bronck? — Pergunta achando que poderia responder por ele.
— O que aconteceu? — Rebate.
— Ela precisa se esconder só isso. — Informa de uma vez.
— Vou passar para ele. — A fim de não se meter nos rolos do seu irmão, entrega o telefone ao Bronck que estava ao seu lado.
— Meu irmão quer conversar com você.
— Era com ele que estava falando? — Tal pergunta deixa claro seu ciúme.
— Também. Agora atenda é urgente! — Volta a se juntar ao casal.
— Sim. — Atende o cunhado.
— Preciso levar uma pessoa para minha nova casa em Seattle, posso fazer isso no seu jatinho? — Pergunta achando que já sabia de tudo.
— Claro! Como falei, está a sua disposição. — Garante.
— Muito obrigado, estou voltando hoje, devo chegar de madrugada. — Avisa.
— Tá bom, boa volta.
Enciumado desliga e volta a se juntar a eles, como Benett percebeu os ciúmes resolve mudar de assunto.
— Como vão os negócios? — Inicia o tema.
— Bem e você, gostando da nossa forma de trabalho? — Mais calmo Bronck rebate.
— Estou amando, não sei como levamos tanto tempo para nos associarmos a vocês. — Confessa.
— Fico feliz, agora teremos aviões. Consegui a permissão da alfândega para transportar pelo ar, então, teremos a ExpressoMondova. Entrega rápida e segura em 48 horas. — Animada comenta das novidades.
— Que prefeito, quantos por cento a mais? — Lisi sonda.
— 5% para os já associados e para os novos 45%, farei um reajuste de 10%. Rapidez e segurança não se encontram em qualquer exportadora. — Berriere explica.
— Mulheres de negócios, quem ver assim nem acredita serem tímidas. — Benett menciona o óbvio.
"A vejo corando como sempre sobre os elogios dele e chega ser nítido a semelhança no jeito como se tratam, ele é como o Bronck totalmente atencioso."
Berriere pensa enquanto admira o carinho do casal.
— Vem comigo Berriere vamos lá dentro rapidinho. — Esticando a mão para ela ambas se levantam.
— Conversas das meninas? — Bronck pergunta.
— Sim. — Sorrindo Berriere o responde.
— Com certeza. — Lisi afirma.
Elas vão em direção a cozinha.
— Vem Bronck, vamos ao meu escritório. — O convida.
(...)
Na cozinha, Lisi a serve de um suco de laranja e juntas se sentam a uma mesa na cozinha imensa.
— Ele estava com ciúmes. — Constata.
— Percebi. — Sem jeito concorda.
— O meu chega a ser pior. — Bufa ao relatar que Benett também é ciumento.
— Sério? Ele é tão educado, é que o Bronck pode ser rude com ciúmes, sei muito bem o que estou falando. — Constata se lembrando do velório com os irmãos da Katharine e com o Alec no dia da reunião.
— Benett é um amor e ciumento. Custei a aceitar esse casamento, meu antigo marido me batia e me deixou um lixo. — Tranquila compartilha dos abusos que sofreu.
— Kamael nunca me bateu só era protetor ao extremo... er... e é claro, me usou pelo meu dinheiro. — Triste relata.
— Sinto muito. — Lisi a afaga.
— Você sabe, tudo que o Bronck contou é real. — Com pesar suspira.
— Que situação triste. Existem pessoas que levantam, assim como tem as que afundam. Fui ao fundo do poço e cada vez foi ficando mais escuro. — Olhando para o nada Lisi relembra do passado.
— No fundo, sempre soube que não me amava, mas era gentil, só tinha meu pai... nunca tive uma boa referência de casamento, acreditei que o meu era bom porque os dos meus pais eram péssimos. — Berriere divide com ela um momento ruim da sua vida.
— Sinto muito por você ter passado por tudo isso. — Lisi lamenta segurando sua mão.
— Eu também. — Triste concorda.
— Hoje sou casada com um homem incrível, temos 2 filhos maravilhosos e o nosso pequeno império. Nunca estive mais feliz! — Sorrir ao mencionar sobre sua vida.
— Como foi no início, você fez muitas comparações? — Berriere se sente à vontade para trocar tais informações.
— Não, porque meu Fred não tem nada a ver com o traste.
— Que bom! — Triste concorda.
— Seu caso é bem diferente, eles são pai e filho. São parecidos na aparência, o Bronck sempre foi um excelente marido para Rose e um ótimo pai. Quando a Rose se foi Kamael o culpou pela morte da mãe, mas essa doença maldita já havia feito morada em vários órgãos. Bronck sofreu muito, eu sei porque é assim com você. Quando ama, protege e a empresa quase fechou porque se entregou ao luto. — Triste se lembra da fase dolorosa da vida do amigo.
— Não sabia. — Com a mão na boca tenta conter sua expressão de chocada.
— Minha linda, você não sabe de muita coisa. A família Mondova é bancada pelo Bronck. — Revela.
— O Brian trabalha para ele e o Bartra também. — Berriere diz o óbvio.
— Brian não é da família. — Comenta achando que ela sabia.
— Como? — Contesta.
— Eles não te contaram? — Sem graça pensa que falou demais.
— Não. — Comenta.
— Acho que é ele quem tem que te contar. — Lisi tenta se retratar.
— Ok. Tudo no tempo dele. — Berriere a tranquiliza.
— Bartra não presta, fique longe. — Adverte.
— Sei disso, mas o Bronck não sabe. — Berriere sussurra para ela.
— Ele sabe muito bem e como sabe! — Declara.
— Se soubesse não o deixava trabalhar na empresa assim. — Se expressa.
— Vou te explicar por que ele sabe. Eu e Rose nos conhecemos na faculdade. Bronck era o cara inteligente seu pai sempre o obrigava a fazer o trabalho da empresa para assumir a presidência, mas ele queria seu próprio império. Com a gravidez do Kamael vieram os problemas. — Berriere escuta atentamente. — Bartra era o irmão baba ovo do pai e Bronck só o ignorava. Focou na faculdade e largou a empresa de mão. Rose teve o Kamael.
— Kamael nunca falou de seu passado, não sabia de nada disso. — Lisi assente e continua.
— Brian é o filho da empregada dos Mondova. Bronck o chama de irmão porque cresceram juntos. Ganhou prestígio na família por passar para direito em Harvard com uma bolsa totalmente gratuita. — Orgulhosa fala do amigo. — Bartra ficou com inveja e começou a fazer da vida do Brian um inferno roubando sua mulher depois a largou. Cuidou do Fernando sozinho... — sorrindo finaliza. — Brian e Bronck são amigos fiéis e inseparáveis.
— Guardarei em segredo tudo que me contou, se um dia me contar faço cara de chocada. — Às duas caem na gargalhada.
— Contei! — Ambas estão rindo da fofoca boa que fizeram.
— Estou me adaptando a essa atenção toda que recebo dele, estou gostando, na verdade, amando. — Berriere desabafa.
— Fico feliz, ele é um bom homem.
— Sim o melhor de todos. — Confessa com cara de apaixonada.
Continua...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: • MEU SOGRO •
Muito bom a história parabéns !! AMEI...