• MEU SOGRO • romance Capítulo 76

"A vida é uma constante, mas só precisamos aprender a nadar nas suas ondas para chegar até a próxima terra firme!"

— Autor desconhecido

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Parando em frente a uma mansão na área mais tranquila de Seattle, Bronck e Berriere são recebidos com muito carinho por Freud Benett. Se abraçam e o próprio olha para os dois de mãos dadas e sorri satisfeito.

— Sejam bem-vindos! — Os cumprimentam.

— Na hora de ir para casa, me liga sr. Mondova. — Benjamin pede de dentro da Mercedes.

— Ok, vai com cuidado Benja. — Bronck o adverte.

Assente e liga o carro saindo da propriedade.

— Obrigada por nos receber. — Tímida agradece passando pelas portas.

Bronck faz o mesmo e novamente conecta suas mãos deixando Berriere feliz.

— A Lisi já vem. — Se desculpa por recebê-los sozinho.

Ambos o seguem, Bronck a abraça e ficam na sala falando de trabalho e a todo momento olha para sua amada e lhe lança vários elogios a deixando ruborizada. Um sorriso genuíno surge nos lábios de Benett fazendo Berriere acompanhar o seu olhar. Uma linda mulher de cabelos lisos e totalmente grisalhos desce as escadas com o mesmo sorriso direcionado ao marido, assim que se junta a eles automaticamente selam os lábios. Tímida Lisi fica corada.

— Finalmente te conheci minha linda. — Animada lhe dá um abraço sincero. — Ouvi muito sobre você.

— Oi! Eu também. — Sem graça retribui o abraço.

Assim que se afastam voltam aos braços dos seus respectivos parceiros.

— Você é das minhas também fico assim, acredite. — Constata observando a vermelhidão em suas bochechas.

— É... isso nunca muda? — Pergunta.

— Com o passar dos anos consegui me posicionar na frente de outras pessoas, mas sou a mesma tímida de antes. Contudo, agora sei me defender dos leões. — Berriere fica fascinada.

— Vamos para os fundos da casa. — Benett os convidam a segui-lo.

— Vem amor. — Bronck a guia para encontrar a casa na parte de trás da mansão.

— Vocês formam um lindo casal, minha amiga deve estar feliz por você ter encontrado o amor novamente. — Lisi constata.

— Está sim. — Confirma beijando os cabelos de Berriere.

Ela observa Bronck a vontade com o casal que logo está mais solta.

— Sentimos muito pela perda de vocês. — Lisi expressa seus sentimentos.

— Obrigado. — Bronck agradece. — Estamos enfrentando um grande problema com a perda do Kamael.

Ele conta tudo que passaram desde o início do mês com Berriere, deixando o casal horrorizado com os relatos. Quando o celular de Berriere toca sem jeito se levanta para atender mais adiante.

— Com licença. — Assim que se afasta um pouco atende. — Oi! Benja.

— Seu irmão não está conseguindo falar com o Bronck, pede para retornar com urgência por favor. — Sério transmite o recado.

Desliga e inicia uma ligação com Oliver que no primeiro toque alguém atende.

— E aí Riere! O chefe está ocupado, mas já vem. — A voz é estranha.

— Quem é? — Tal pergunta ganha a atenção dos três na varanda.

— Sou eu... Baby, seu baby Berriere. — Sorrindo leva a mão ao peito.

— Que saudades Baby, como você está menino?

— Estou um adulto Riere, mas a cara de bebê não muda, se der mole você me pega no colo. — Gargalhando a faz rir da brincadeira.

— Nossa que saudade! Como vão todos e sua irmã? — Ele fica em silêncio por tempo demais. — Dários? — O chama para confirmar que ainda está na ligação.

— Oi! É... não gosto muito de falar sobre isso Riere. Como vão às coisas por aí? — Muda de assunto e percebe que é a segunda pessoa a lhe dizer que não gosta de comentar do irmão.

A cara de ciúmes do Bronck a deixa sem graça.

— Tudo bem, cadê o Oliver? — Bronck se levanta e se junta a ela.

— Vou passar para ele, foi bom conversar com você. — Beijos e estou morrendo de saudades.

— Igualmente. — Se despede, a voz de Oliver vem logo em seguida.

— Riere! — A voz aflita de Oliver a deixa em alerta.

— Oi! Está tudo bem aí? — Tensa o interroga.

— Posso levar uma pessoa no jatinho do Bronck? — Pergunta achando que poderia responder por ele.

— O que aconteceu? — Rebate.

— Ela precisa se esconder só isso. — Informa de uma vez.

— Vou passar para ele. — A fim de não se meter nos rolos do seu irmão, entrega o telefone ao Bronck que estava ao seu lado.

— Meu irmão quer conversar com você.

— Era com ele que estava falando? — Tal pergunta deixa claro seu ciúme.

— Também. Agora atenda é urgente! — Volta a se juntar ao casal.

— Sim. — Atende o cunhado.

— Preciso levar uma pessoa para minha nova casa em Seattle, posso fazer isso no seu jatinho? — Pergunta achando que já sabia de tudo.

— Claro! Como falei, está a sua disposição. — Garante.

— Muito obrigado, estou voltando hoje, devo chegar de madrugada. — Avisa.

— Tá bom, boa volta.

Enciumado desliga e volta a se juntar a eles, como Benett percebeu os ciúmes resolve mudar de assunto.

— Como vão os negócios? — Inicia o tema.

— Bem e você, gostando da nossa forma de trabalho? — Mais calmo Bronck rebate.

— Estou amando, não sei como levamos tanto tempo para nos associarmos a vocês. — Confessa.

— Fico feliz, agora teremos aviões. Consegui a permissão da alfândega para transportar pelo ar, então, teremos a ExpressoMondova. Entrega rápida e segura em 48 horas. — Animada comenta das novidades.

— Que prefeito, quantos por cento a mais? — Lisi sonda.

— 5% para os já associados e para os novos 45%, farei um reajuste de 10%. Rapidez e segurança não se encontram em qualquer exportadora. — Berriere explica.

— Mulheres de negócios, quem ver assim nem acredita serem tímidas. — Benett menciona o óbvio.

"A vejo corando como sempre sobre os elogios dele e chega ser nítido a semelhança no jeito como se tratam, ele é como o Bronck totalmente atencioso."

Berriere pensa enquanto admira o carinho do casal.

— Vem comigo Berriere vamos lá dentro rapidinho. — Esticando a mão para ela ambas se levantam.

— Conversas das meninas? — Bronck pergunta.

— Sim. — Sorrindo Berriere o responde.

— Com certeza. — Lisi afirma.

Elas vão em direção a cozinha.

— Vem Bronck, vamos ao meu escritório. — O convida.

(...)

Na cozinha, Lisi a serve de um suco de laranja e juntas se sentam a uma mesa na cozinha imensa.

— Ele estava com ciúmes. — Constata.

— Percebi. — Sem jeito concorda.

— O meu chega a ser pior. — Bufa ao relatar que Benett também é ciumento.

— Sério? Ele é tão educado, é que o Bronck pode ser rude com ciúmes, sei muito bem o que estou falando. — Constata se lembrando do velório com os irmãos da Katharine e com o Alec no dia da reunião.

— Benett é um amor e ciumento. Custei a aceitar esse casamento, meu antigo marido me batia e me deixou um lixo. — Tranquila compartilha dos abusos que sofreu.

— Kamael nunca me bateu só era protetor ao extremo... er... e é claro, me usou pelo meu dinheiro. — Triste relata.

— Sinto muito. — Lisi a afaga.

— Você sabe, tudo que o Bronck contou é real. — Com pesar suspira.

— Que situação triste. Existem pessoas que levantam, assim como tem as que afundam. Fui ao fundo do poço e cada vez foi ficando mais escuro. — Olhando para o nada Lisi relembra do passado.

— No fundo, sempre soube que não me amava, mas era gentil, só tinha meu pai... nunca tive uma boa referência de casamento, acreditei que o meu era bom porque os dos meus pais eram péssimos. — Berriere divide com ela um momento ruim da sua vida.

— Sinto muito por você ter passado por tudo isso. — Lisi lamenta segurando sua mão.

— Eu também. — Triste concorda.

— Hoje sou casada com um homem incrível, temos 2 filhos maravilhosos e o nosso pequeno império. Nunca estive mais feliz! — Sorrir ao mencionar sobre sua vida.

— Como foi no início, você fez muitas comparações? — Berriere se sente à vontade para trocar tais informações.

— Não, porque meu Fred não tem nada a ver com o traste.

— Que bom! — Triste concorda.

— Seu caso é bem diferente, eles são pai e filho. São parecidos na aparência, o Bronck sempre foi um excelente marido para Rose e um ótimo pai. Quando a Rose se foi Kamael o culpou pela morte da mãe, mas essa doença maldita já havia feito morada em vários órgãos. Bronck sofreu muito, eu sei porque é assim com você. Quando ama, protege e a empresa quase fechou porque se entregou ao luto. — Triste se lembra da fase dolorosa da vida do amigo.

— Não sabia. — Com a mão na boca tenta conter sua expressão de chocada.

— Minha linda, você não sabe de muita coisa. A família Mondova é bancada pelo Bronck. — Revela.

— O Brian trabalha para ele e o Bartra também. — Berriere diz o óbvio.

— Brian não é da família. — Comenta achando que ela sabia.

— Como? — Contesta.

— Eles não te contaram? — Sem graça pensa que falou demais.

— Não. — Comenta.

— Acho que é ele quem tem que te contar. — Lisi tenta se retratar.

— Ok. Tudo no tempo dele. — Berriere a tranquiliza.

— Bartra não presta, fique longe. — Adverte.

— Sei disso, mas o Bronck não sabe. — Berriere sussurra para ela.

— Ele sabe muito bem e como sabe! — Declara.

— Se soubesse não o deixava trabalhar na empresa assim. — Se expressa.

— Vou te explicar por que ele sabe. Eu e Rose nos conhecemos na faculdade. Bronck era o cara inteligente seu pai sempre o obrigava a fazer o trabalho da empresa para assumir a presidência, mas ele queria seu próprio império. Com a gravidez do Kamael vieram os problemas. — Berriere escuta atentamente. — Bartra era o irmão baba ovo do pai e Bronck só o ignorava. Focou na faculdade e largou a empresa de mão. Rose teve o Kamael.

— Kamael nunca falou de seu passado, não sabia de nada disso. — Lisi assente e continua.

— Brian é o filho da empregada dos Mondova. Bronck o chama de irmão porque cresceram juntos. Ganhou prestígio na família por passar para direito em Harvard com uma bolsa totalmente gratuita. — Orgulhosa fala do amigo. — Bartra ficou com inveja e começou a fazer da vida do Brian um inferno roubando sua mulher depois a largou. Cuidou do Fernando sozinho... — sorrindo finaliza. — Brian e Bronck são amigos fiéis e inseparáveis.

— Guardarei em segredo tudo que me contou, se um dia me contar faço cara de chocada. — Às duas caem na gargalhada.

— Contei! — Ambas estão rindo da fofoca boa que fizeram.

— Estou me adaptando a essa atenção toda que recebo dele, estou gostando, na verdade, amando. — Berriere desabafa.

— Fico feliz, ele é um bom homem.

— Sim o melhor de todos. — Confessa com cara de apaixonada.

Continua...

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