• MEU SOGRO • romance Capítulo 80

"As oportunidades são como o nascer do sol: se você esperar demais, vai perdê-las."

— Autor desconhecido

...ᘛ...

Londres...

— Kamael o que está acontecendo com você? Olha para mim. Sua verdadeira mulher sou eu. — Estressada Katharine grita com ele. — Eu te amo, olha para mim, sou melhor que ela, não faça isso comigo por favor.

— Kathe eu disse a você há nove anos que poderia me apaixonar por ela e você com todos os seus irmãos... sem contar o meu tio, me convenceram a isso, infelizmente eu aceite trair a confiança dessa mulher maravilhosa. Kathe eu a amo. Faz anos que estou preso a vocês porque toda vez é a mesma coisa! Vocês ameaçam matá-la. — A tira de seu colo e vai para a saída. — Essa empresa nunca foi minha, sei que vocês me enganaram e por esse motivo ligarei para meu pai e contarei tudo o que estou passando sei que me odeia, pois, meu tio me conta da mágoa que sente por mim. Nem que eu trabalhe na portaria da ExporMondova voltarei para Seattle e o Kauã vem comigo.

— Não seja ridículo. — Amarga tenta beijá-lo. — Você pensa que ela vai te aceitar... depois de tudo que fez? Sem mencionar que ela se veste mal.

— Graças a você que comprou as roupas dela, até isso fui burro e não percebi. Olha eu só quero meu filho que sei que você não cuida nem o ama. — Pegando sua pasta dá o assunto por encerrado. — Vou embora desse lugar.

Sabia que estava com os dias contados e que tinha que correr para finalizar o que vinha fazendo há alguns anos, apressado sai da empresa e pegou um táxi para o restaurante já que estava atrasado. Assim que entra no mesmo se lembra da briga que teve com Berriere mais cedo e seu coração está partido. Seu telefone toca, ele reconhece o número do seu tio.

— Kamael? — Pergunta preocupado. — Você está bem? Está no seu carro meu filho?

Kamael estranha a pergunta.

— Que pergunta é essa? Estou pulando fora de tudo isso tio. Conversarei com meu pai nem... — ia falar, mas seu telefone descarrega e o da empresa ficou em seu escritório. — Merda!

Entra no restaurante de quinta donde vem se encontrado com Margô, uma grande amiga da época da faculdade.

— Que cara é essa Mael? — O chama pelo mesmo apelido que sua mãe o chamava. — Pelo amor de Deus amigo não me diga que está perto?!

Ela se levanta e o abraça forte, ele retribui o abraço.

— Margô, escuta aqui. — Aflito convida para se sentar. — Vim me despedir de você.

A mulher o encara assustada. Há anos vem junto dele tramando tudo e agora que está perto de acontecer seu coração bate em sua garganta.

— Mael por favor. — Chorosa implora. — Suma, pegue sua amada, seu filho e desapareça. Por favor, não se entregue desse jeito.

— Aqui, essa é a certidão do Kauã está no meu nome somente. Esse é a original. Aqui estão os documentos da conta bancária do meu filho. Tem 10 milhões de euros. — Respira fundo. — Aqui contém 3 cartas.

— Mael eu não quero. — Nervosa confessa.

— Pega, você prometeu. Agora essa bolsa aqui possui o dossiê. Deve ser entregue a um homem chamado Oliver Bovederes, ele saberá o que fazer com a pessoa que armou tudo isso. Você já tem o resto. Eu te amo Margô e meu pai vai te ajudar, sei que vai, ele não me ama, mas é uma pessoa ótima e gratidão é o seu nome. Tenho certeza que irá te ajudar com seu problema. — Olha a sua volta e lhe entrega um cartão. — Esse é meu presente para você.

— Mael não, você já paga meus tratamentos. — Ela se recusa. — Obrigada.

— Você vai ficar boa Margô eu confio. — Ele segura a mão da mulher a sua frente. — Tudo que fiz tem um preço. Com a manipulação fui um burro de cair nessa e fiz coisas que me arrependo, se tenho que morrer para salvar meu filho e a mulher que amo que assim seja já aceitei a morte. — Um sorriso fraco surge em seus lábios. — Porém, se Deus julgar que mereço tudo dará certo e vou embora para Seattle e você vem comigo.

Chorando ela só assente e coloca tudo em uma bolsa presa a sua cadeira.

— Mael você é como um irmão e cuidou de mim quando vim te pedir ajuda, tia Rose nesse momento está orgulhosa de você, errar é normal, você foi atrás e se redimiu correu atrás de tentar reverter tudo. — Chorando conforta seu amigo. — Vou hoje mesmo para Seattle e conto tudo ao seu pai assim que passar o combinado.

— Ah! Aqui. Essa é minha casa lá em Seattle. Coloquei em seu nome é no condomínio do meu tio Brian, será lá nesse endereço que você iniciará nosso plano.

Se despede da sua amiga retira seu chapéu e beija sua cabeça, hoje sem nenhum cabelo.

— Mael! Limparei sua barra... como na faculdade seu galanteador. — Com um sorriso triste se despede do seu amigo sabendo que para ele o fim se aproximava.

Margô se despede e sai pelos fundos como sempre o deixando sozinho.

Abraçada com tudo que lhe foi entregue, pois, ele disse que o próximo encontro seria o último. Entra em seu velho carro e como já esperava foi preparada dali saiu direto para Seattle.

(...)

— Mãe me perdoa por tudo que fiz de errado tenho culpa em aceitar o plano, mas corri atrás e fiz o máximo que pude para proteger quem realmente amo nessa vida. Em breve estarei com você. — Um sorriso cínico aparece no seu rosto. — Os pecadores também merecem o céu.

Sai do pequeno restaurante e volta para a empresa, lá encontra Katharine chorando. Se aproxima e fala com ela que o olha furiosa.

— Ué! Não ia viver seu verdadeiro amor. — Chorando o encara. — Voltou aqui para quê?

— Vim trabalhar... preciso resolver uns probleminhas como retirar meu nome da porta. — Se senta em sua cadeira.

— Se sou você corria para casa talvez ainda ache sua amada com vida. — Ela avisa e sai da sala.

Pensando que algo aconteceu com Berriere sai apressado, assim que entra no seu carro observa o carro da Kathe o seguindo, ali teve certeza ela tentou algo contra sua amada no caminho seu tio liga para seu número da empresa já que o particular está desligado.

— Meu filho seu pai está aqui na empresa falando que está bancando a sua e que você é um imprestável desgraçado filho do motorista e que só te banca por que tem o nome dele na porta. — Kamael fica furioso desliga na cara do tio.

— Porque ele é assim?! — Estressado pensa em tirar satisfações.

Para em um sinal e liga para seu pai. Que demora para atender e percebe que o carro da Kathe está logo atrás. Assim que ele atende fica mudo deixando Kamael furioso.

— Porque você é assim pai, estou puto com suas atitudes. — Se deixa levar pela preocupação e com a raiva começa a xingá-lo.

Assim que ele para, escuta a respiração do seu pai.

— Já acabou? — Responde com frieza.

— Pare de mandar dinheiro para minha conta seu imprestável! Você acha que não sei que aquela empresa de faixada é sua? Eu não preciso de você, tenho um trabalho e sei me sustentar. — Avisa já que tem uma empresa o ajudando e enchendo o banco com bonificação desnecessária. E não quer seu pai bancando os cunhados.

— Deixe de ser arrogante e abusado! Você é meu filho Kamael, quando eu morrer, tudo será seu. Volta para Seattle, venha ocupar seu lugar nessa empresa. — Pensa que seu pai está brincando com ele já que vive falando mal dele e da sua mãe.

Mais uma vez é tomando pela ira achando que seu pai está debochando dele.

— Eu sou casado e muito feliz aqui em Londres. Já faz 12 anos que estou sem ver sua cara asquerosa Bronck. — Declara cheio de raiva enquanto para em um sinal novamente.

Fica mudo e pensa em pedir desculpas ao pai acreditava que tudo isso é culpa das palavras que disse no velório de sua mãe.

— Fala papai menino.

Do nada a traseira do carro suspende do chão em uma explosão fazendo seu carro voar e cair de ponta cabeça.

— Kamael? — Seu pai grita.

Ele ver que o celular parou próximo e pega quando ver Kathe em seu carro parada assistindo, tudo isso foi armado.

— Filho, por favor não brinca assim comigo.

— Pai, eu...

Outra explosão e infelizmente o carro foi tomando pelo fogo.

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