P.O.V Kelly.
Gregory segura minha mão enquanto subimos as escadarias da delegacia de polícia.
- Gregory eu deveria esta escolhendo meu vestido de noiva. - Digo revirando os olhos.
- Eu sei e vou te levar lá, mas eu preciso fala com o capitão de polícia. - Ele responde.
- Não é irônico um mafioso entrar na delegacia? Esse campo deveria sagrado pra você como as igrejas são para os demônios. - Riu.
- Acontece que o chefe de gabinete do vice-presidente morreu na boate no dia em que estávamos lá e agora a polícia esta investigando.
- Ele foi assassinado? - Pergunto arregalando os olhos.
- Parece que foi infarto, o velho não aguentou com a prostituta cavalgando em cima dele. - Gregory diz rindo.
- Que horror Gregory, tenha respeito pelos mortos. - Digo entrando na delegacia.
Fomos até a recepção e nossa entrada foi liberada.
- Fica aqui, eu já volto. - Ele aponta para as cadeiras de espera.
- Não demore. - Digo me sentando e ele assente saindo.
Espero por cinco minutos em silêncio olhando em volta até que sinto alguém sentando ao meu lado.
- Kelly? - Ouço uma voz me chamar.
Reconheço essa voz mas não pode ser quem eu acho que é. Devagar me viro e o encaro com a respiração pesada.
Era ele, esta aqui bem na minha frente... Arthur, o canalha que me abandonou e me deixou sozinha no momento em que mais precisei de alguém.
- O que esta fazendo aqui Kelly? E vestida assim? - Ele pergunta me olhando cima a baixo.
- Não é da sua conta, se retire da minha presença e nunca mais apareça. - Digo séria olhando para os lados vendo se Gregory não aparece.
Ele não pode me vê falando com Arthur.
- O que aconteceu com você Kelly, você sumiu e nunca mais apareceu...
- E você liga para onde eu fui? - Pergunto irônica.
- Eu te procurei Kelly, eu fui na sua e até na boate que você trabalha. Ninguém sabe onde você se meteu, nem a Cristina.
- Eu já disse que onde eu me meti não é da sua conta... Agora vai embora que eu estou esperando uma pessoa e não posso ser vista com você. - Digo olhando os lados.
- Você esta aqui com algum cliente? Virou prostituta de luxo? Por isso essas roupas caras? - Ele pergunta e imediatamente me viro para ele.
- Me respeita seu policialzinho se meia tigela, eu não sou prostituta encontrei um homem que realmente se importa comigo, que me salvou de uma vida miserável, é ele quem estou esperando. - Digo e ele arregala os olhos.
- Você esta sendo bancada por algum cliente?
- Eu juro que só não te dou um tapa porque estamos no meio das pessoas... Saiba que graças a ele eu não precisei nem pisar daqueles quartos imundos, ele me deu uma vida e vamos nos casar. - Digo e ele fica surpreso.
- Como é que é? Você não pode se casar, você é minha. - Segura meus braços.
- Me solta, eu nunca fui sua... Se eu fosse você não se aproximaria mais de mim, o meu noivo é um homem muito poderoso e se ele souber quem você é, você ta na rua. - Me afasto dele.
- Mas quem é esse... - Não deixo ele termina de fala e me levanto assim que avisto Gregory.
- Vamos? - Ele pergunta me abraçando pela cintura.
Mas logo seu olhar se direciona a Arthur.
- Vamos querido... Como estava dizendo senhor investigador, muito obrigado mas eu não quero presta nenhuma queixa, eu só estava aguardando meu noivo. - Disfarço enquanto Arthur alterna seu olhar entre mim e Gregory.
- Vejo que já conheceu o investigador Arthur ele esta no caso do chefe de gabinete. - Gregory diz.
Ah que maravilha, eu com certeza joguei pedra na cruz.
- Foi um prazer senhor. Vamos logo que eu tenho que escolher meu vestido de noiva. - O apresso seguindo na frente.
- O prazer foi meu. - Ouço a voz de Arthur de longe.
...
Olhando para o espelho eu passava a mão no tecido branco que cobria meu corpo enquanto me olhava no espelho.
- Devia provar um estilo princesa. - Daria me tira dos meus pensamentos.
- Claro. - Sorrio descendo do pequeno suporte.
- A Hanna não vai vir?
- Vai, ela me disse que ia se atrasar.
- Ela não deveria ter tirado meu lugar de madrinha se não ia se dedicar tanto ao cargo... - Ela diz suspirando chateada.
- Daria querida, não fique chateada... - Seguro suas mãos.
- É só que parece que Hanna quer tudo pra si, mesmo que não vá se dedicar a nada do que consegue.
- Daria a Hanna é difícil mas ela é uma boa... Amiga. - Digo passando as mãos por seu cabelo.
Pelo menos para mim.
- Não tanto quanto poderia ser.
- Eu sei que você e a Hanna tem problemas mas não fale assim dela. - Digo me afastando.
- Não estou dizendo por mal, só acho que a Hanna... - Ela não termina de fala.
- Eu o quê Daria? - Hanna chega fazendo ela engoli em seco.
- Esta atrasada. - Completo quebrando a tensão.
- Eu sei, mas eu estou aqui agora e vou te ajudar a escolher o melhor vestido de noiva desta loja. - Ela me responde.
- Daria vá pega aquele vestido estilo princesa que você viu por favor? Quero experimenta-lo. - Sorrio para ela.
- Claro! - Ela se levanta e sai em busca do vestido.
Assim que ela sai desfaço o sorriso e encaro Hanna.
- Aconteceu algo muito inusitado. - Olho apreensiva para Hanna.
- Me choque...
- Lembra daquele namorado que eu tive que me fez sofrer muito? Eu o vi hoje. - Começo.
Ela larga a bolsa em cima do sofá.
- Alguém sabe disso? - Ela pergunta olhando para os lados.
- O Gregory também viu ele. - Digo com medo.
- E sabia quem ele era?
- Por um milagre não... Eu não contei um detalhe muito importante, ele é policial.
- Ele quer algo com você Kelly?
- Ele não gostou muito de saber que eu estava noiva... Ele disse "Você é minha". Isso te caracteriza algo? - Pergunto com ironia.
- Não deixe ele atrapalhar seu casamento. Se você ainda quise-lo, faça bom proveito mas não pode deixar que ele estrague nada. - Ela me olha seria.
- O que? Não, eu não quero... Mas se o Gregory descobrir, você acha que ele vai acreditar?
- Isso é uma coisa que você tem que cuidar, tem que se garantir que ele acredite só em você caso haja alguma desconfiança. E se você quiser, eu posso tirar o seu ex do caminho. - Ela se oferece.
- O chefe de gabinete do vice-presidente morreu na boate e ele esta investigando o caso... Ele vai ficar na minha cola.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: MINHA
Muito bom. Parabéns...