P.O.V Kelly.
Dois meses, dois longos meses desde que Hanna foi pega, que eu descobrir que estou grávida e que minha vida com Gregory esta cada dia mais difícil.
A cada dia ele fica mais ciumento, mais possessivo e mais violento. Nunca tocou em mim mas tenho medo que isso mude. Ainda não contei para ele que estou grávida e sinceramente não tenho previsão para contar.
Entro em casa apenas de shots jeans, uma blusa larga e uma rasteirinha, fui caminhar essa manhã a doutora disse que pode alivia meus enjoos.
- ONDE VOCÊ ESTAVA? - Levo um susto com o grito e me viro para Gregory.
- Eu estava caminhando Gregory. - Digo baixo seguindo para o quarto.
- Com quem? - Ele pergunta.
- Sozinha. - Respondo suspirando.
- Não me de as costas. - Ele pega meu braço me encostando na parede do quarto.
- Me larga Gregory. - O encaro.
- Se eu descobrir que você estava com outro homem... - O interrompo.
- JÁ CHEGA, JÁ CHEGA, CALA A BOCA, CALA A BOCA... Eu to cansada da sua desconfiança, você me vigia vinte e quatro horas eu nunca te trair. - Digo com lágrimas nos olhos.
Ele arregala os olhos em surpresa mas logo ele os semi-serra intensificando o aperto no meu braço.
- Eu não sei, sua amiga escondeu o amante dentro de casa e você a acobertou. - Diz entre dentes.
- E quem seria meu amante? O senhor que cuida do jardim, ah espera talvez não seja um homem e sim uma mulher, talvez eu esteja cometendo incesto com a Cristina. - Debocho.
- Pode ser o papa se estiver com qualquer pessoa que não seja eu, você e o outro vão para o inferno. - Ele encosta seu corpo no meu.
- Me solta. - Digo cansada.
- Nunca, você é minha. - Ele diz e começa a beijar meu pescoço.
...
Minha cabeça lateja enquanto ando de um lado para o outro, com os pensamentos perdidos. Juro que não sei mais o que fazer.
Todo dia é isso, ele briga comigo, me ameaça e depois vem mansinho me beijando e me levando para cama. Confesso que nunca o recuso pois sempre que ele me toca sinto algo diferente.
Talvez eu esteja apaixonada, não sei... Mas se estiver com certeza não é por esse Gregory ciumento, possessivo e agressivo e sim pelo Gregory que me tirou de uma vida horrível, que salvou minha irmã e que fez de tudo para que eu me encaixasse no seu mundo.
- Kelly? - Sou tirada dos pensamentos por Cristina que entra no meu quarto.
- Oi. - A encaro.
- Ta tudo bem? - Ela pergunta.
- Sim, o que houve? - Pergunto passando a mão pela testa.
Ela abaixa a cabeça e depois me encara.
- Eu não queria te fala isso porque você já esta com muitos problemas com o Gregory mas você me fez prometer que nunca mais iria te esconder nada depois do aconteceu com a Hanna. - Ela começa com cautela.
- O que houve Cristina? - Refaço a pergunta mais seria.
- Já faz algumas semanas que tenho recebido algumas ligação do... Arthur...
- Como é que é? Você está falando com esse canalha? - Pergunta indignada.
- Não, ele me liga pra saber de você mas eu não digo nada... Acontece que agora ele quer que eu marque um encontro entre vocês.
Cruzo os braços e rio com descrença.
- Ele pode morrer esperando por isso.
- Kelly... Eu acho que você tem que ir nesse encontro. - Ela diz e eu abro a boca em descrença.
- Ficou louca Cristina?
- Não mas você precisa fechar esse capitulo da sua vida e além do mais ele é policial.
- E daí? Você sabe onde a gente ta? Essa máfia tem todo o poder, eles mandam no governo, no país... Arthur não é ninguém. - Balanço a cabeça negativamente.
- É alguém pra você. Kelly me escuta, você precisa acabar com isso, só assim estará livre para seguir sua vida... Tenho certeza que ele vai te trazer problemas futuros.
- Ele pode me trazer agora, Gregory sabe até quando eu respiro eu não posso encontra-lo. - Digo como se fosse óbvio.
- Você vai da um jeito. - Ela diz segura.
Penso um pouco e suspiro, ela tem razão preciso acabar com isso logo ou então pode ser muito pior se o Gregory descobrir.
- Diga que vou encontra-lo amanhã, na loja da Gucci no shopping, diga pra ele ir apaisana. - Dou instruções.
- Ta bom. - Ela assente.
- Cristina, deixe bem claro que eu vou para acabar tudo. - Digo e ela concorda.
Horas mais tarde...
- Esquece o Dimitri Daria. - Digo revirando os olhos.
Estávamos no jardim da minha casa tomando o café da tarde, enquanto ela não para de tagarelar sem parar. Que falta sinto da Hanna.
- Não Kelly, não posso. Eu vou me casar com ele... Ele tem que se casar comigo, ele disse! Mas desde o dia em que ele me bateu me trata mal e diz que eu devo esquecer isso... Mas eu não vou. - Ela diz uma palavra atrás da outra rápido demais com compulsão.
Com certeza está louca, em outra época eu estaria preocupada com ela mas já percebi que ela realmente armou para Hanna... Como me arrependo mas ela ameaçou Cristina.
- Ele nunca vai trocar a Hanna. - Digo sentindo um enjôo me atingir.
- Ele tem! Ela é ruim para ele, ruim pra todo mundo.
Dois meses sem ela, acho que vou chorar.
- Tanto faz... A Hanna está pressa mas não esta destruída, a prisão não é nada pra ela.
- Não ainda Kelly mas ela tem que pagar muito mais do que esta pagando, vou convence ele a manda ela.
- Não, não vai... Caia na real e aceite que você não é pariu para Hanna, não pode com ela.
- Ainda não posso... Mas você pode Kelly, ela gosta de você e ficaria magoada se você humilhasse ela.
O que?
- Esqueça isso Daria. - Digo sem olhá-la.
- Ela tem que pagar Kelly, ameaçou sua irmã, humilhou ela você tem que devolver...
- Eu tenho meus próprios problemas Daria.
Tipo esse enjôo que não me larga.
- Ela tem que sofrer depois que tudo que ela fez e só você vai conseguir fazer isso.
Encaro Daria pensativa e digo:
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: MINHA
Muito bom. Parabéns...