Resumo de Capítulo 22 – Capítulo essencial de MINHA por Thaina Gomes
O capítulo Capítulo 22 é um dos momentos mais intensos da obra MINHA, escrita por Thaina Gomes. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
P.O.V Kelly.
Sentada na mesa do café da manhã eu tomava suco de laranja ao lado de Gregory, Nadia e Cristina. Desde que Gregory me pediu desculpas ele está tentando segura a onda mais eu sei que ele ainda se correi de ciúmes em algumas situações.
- Kelly, eu falei com a mamãe hoje. - Cristina rompe o silêncio.
- Que bom. - Digo sem olhá-la.
Não me importo com minha mãe e nada que tenha a ver com ela.
- Ela quer te ver Kelly. - Cristina continua.
Deixo o copo em cima da mesa e a encaro seriamente.
- E eu quero que ela esqueça da minha existência.
- Não fale assim. Ela é nossa mãe. - Minha irmã me repreende.
- Jura? Ela não lembrou que era nossa mãe quando nos bateu, xingou e nos prostituiu para pagar as drogas. - Digo com raiva.
- Ela se arrependeu Kelly...
- E o que fez ela se arrepender? O novo traficante que ela esta devendo ou a minha conta bancária cheia?
- Eu apostaria na conta bancária. - Gregory diz calmamente bebendo seu café.
- Gregory. - Nadia o repreende.
- Ela sente muito por tudo que fez, ela parou de usar drogas e esta na casa da tia Emilly. - Cristina argumenta.
Tia Emilly é a irmã mais velha da minha mãe, ela mora no interior e sempre foi boa com todos nós.
- Pena pra tia Emilly, que vai ter que aguenta as grosserias dela.
- Ela está com câncer Kelly, a mamãe esta morrendo.
Cristina diz fazendo todos olharem para ela e eu franzo o cenho.
- Diga a ela que não precisa disso, se o dinheiro que eu mando todo mês não é o suficiente é só me dizer quanto ela quer e eu assino o cheque. - Digo com descrença.
- Se quiser eu pego o talão. - Gregory diz com irônia.
- Gregory. - Nadia o repreende de novo.
- Estou falando sério, eu falei com o médico... É câncer de pulmão. Ela esta muito mal. - Cristina diz.
Ela me fez sofrer demais, porém ela me deu a vida e eu não queria que ela morresse... Não assim.
- Tudo bem, eu vou... - Cedo suspirando.
- O que? Viajar para fora da cidade? Nem pensar. - Gregory protesta.
- Meu deus Gregory, é a mãe dela. - Nadia sai em minha defesa.
- Lembra do que conversamos? - Pergunto segurando sua mão.
Ele bufa e me encara.
- Quatro dias no máximo e vai com seguranças. - Ele diz e eu assinto.
Me deu vontade de gritar e mandá-lo para o inferno, dizer que ele não manda em mim e que eu faço o que eu quiser mas isso até que vai me ajudar.
Eu vou lá, vejo ela e vou embora no mesmo dia com a desculpa que ele surtou. Até que ciúme doentio dele esta servindo para alguma coisa.
- Ótimo, que dia podemos ir? - Cristina pergunta com expectativa.
- Depois do natal. - Digo e ela assente satisfeita.
...
Desço as escadas rapidamente olhando para meu relógio constatando que já estou atrasada.
- Kelly querida, onde vai? - Nadia pergunta sorrindo.
- Eu... Eu vou sair para comprar os presentes de natal. - Minto sorrindo.
Ela vem até mim e passa a mão pelo meu rosto.
- Sabe minha querida, você esta tão radiante esses dias, tão iluminada.
- Obrigado sogrinha.
- Sabe que eu só fiquei assim quando estava grávida do Gregory. - Ela diz desconfiada.
Sorrio de uma forma sapeca e dou de ombros.
- Quem sabe não tenhamos uma criança correndo por essa casa em breve. - Sorrio.
- Ah querida, é tudo que eu mais quero. - Ela diz esperançosa.
Beijo seu rosto e me despeço seguindo para fora. Hoje finalmente vou começa meu pré-natal com três meses de atraso, finalmente decidir conta para a família que estou grávida e vai ser o presente de natal de Gregory.
Saio de casa e sigo para o consultório. Uma hora depois eu estava estacionando meu carro e seguindo para dentro do local.
- Eu tenho uma consulta marcada as 15:00, Kelly Petrov. - Digo a recepcionista.
- Pode aguarda na sala de espera, a doutora já vai atendê-la. - A moça diz e eu assinto.
Esperei mais alguns minutos e a doutora finalmente me chamou.
- Que bom que veio senhora Petrov, estava fazendo seu pré-natal com outro médico? - Ela perguntou depois de eu entrar na sala.
- Não, eu levei algum tempo para processa a notícia mas agora estou pronta. - Sorrio.
- Que ótimo, vamos começa. - Ela diz e eu assinto.
Ela começou fazendo perguntas sobre minha família e do Gregory e depois eu me troquei e seguimos para a sala de ultrassom.
- O feto já esta formado, já tem braços e pernas, cabeça, boca, nariz. - Ela diz e eu sorrio.
- Esta tudo bem com meu bebê? - Pergunto sorrindo.
- Sim, esta crescendo forte e saudável. Claro que vamos fazer mais alguns exames mas aparentemente esta tudo bem. - Ela sorrir.
- Que bom. - Digo animada.
- Quer saber o sexo? - Ela pergunta e eu sorrio.
- Já da pra saber? - Pergunto to arregalando os olhos.
- Sim.
- Quero claro.
- Que pena pra você por que mesmo que você queira nunca vai se livrar de mim, até o dia da sua morte você vai ser minha.
Não foram as palavras mas seu tom me deixou assustada.
- Me larga.
- Nunca, se esqueceu onde está querida? Você é mulher e aqui as mulheres não tem voz, não tem escolhas, eu sou seu marido... Eu penso por você, eu tomo as decisões para você.
- Sai. - Tento me afasta mas ele não deixa.
Em um movimento rápido ele me arrasta escada acima e me joga dentro do nosso quarto.
- Você ficou maluco, esta fora de si.
Tento passar por ele mas ele me agarra mais uma vez e me prende na parede.
- Você quer me deixar? QUER ME DEIXAR? - Grita na minha cara segurando minhas bochechas.
Não respondo me contraindo, eu poderia gritar e partir pra briga como sempre fiz mas ele esta fora de si e eu estou grávida, eu só consigo pensar na minha filha.
- Você só sai daqui morta, você é minha... E eu vou provar que é minha.
Sem me dar tempo para pensar ele rasga minha blusa e começa a beijar meu pescoço violentamente.
- Para Gregory... Para... - Digo tentando empurrá-lo sem sucesso.
- Você é minha mulher, vai me satisfazer e vai entender qual seu lugar. - Diz entre dentes e me joga na cama subindo em cima de mim.
Grito e me debato enquanto ele me beija violentamente e aperta minha coxa me machucando. Isso não pode acontecer, pode machucar a minha bebê...
- PARA... GREGORY PARA, EU ESTOU GRÁVIDA. - Grito.
De repente ele paralisa e me encara enquanto eu faço o mesmo com os olhos cheios de lágrimas.
- Você ta mentindo? - Ele pergunta confuso.
- Olha a minha bolsa, tem o exame... A ultrassom. - Digo entre soluços.
Gregoy se levanta e sai a passos lentos, atômico. Me viro ficando em posição fetal, chorando copiosamente. Coloco a mão na barriga de forma protetora.
As palavras dele vêm a minha cabeça de forma repetitiva.
"Nunca, se esqueceu onde está querida? Você é mulher e aqui as mulheres não tem voz, não tem escolhas, eu sou seu marido... Eu penso por você, eu tomo as decisões para você."
Eu não posso mais viver assim, não posso mais... Eu não nasci pra isso... E a minha bebê? Eu não posso deixar que minha filha cresça aqui, não...
Sem pensar me levanto e pego a blusa que Gregory rasgou a poucos minutos, apesar dela não ter mais botões ainda pode me cobrir. Sigo para o quarto de Cristina e não encontro ninguém la.
Onde ela foi? Não importa, começo a abrir as gavetas no criado mudo começando a vasculhar, achando o celular dela na terceira gaveta.
Digito a senha e desbloqueio o aparelho, entrando nos contatos salvos. Deslizo a tela rápido e clico em cima do nome iniciando uma ligação.
Ligação on.
Xxx: Alô Cristina?
Kelly: Não Arthur, é a Kelly...
Arthur: Kelly? Aconteceu algo.
Kelly: Sim, eu mudei de ideia... Vou fugir com você...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: MINHA
Muito bom. Parabéns...