P.O.V Kelly.
Sentada na mesa do café da manhã eu tomava suco de laranja ao lado de Gregory, Nadia e Cristina. Desde que Gregory me pediu desculpas ele está tentando segura a onda mais eu sei que ele ainda se correi de ciúmes em algumas situações.
- Kelly, eu falei com a mamãe hoje. - Cristina rompe o silêncio.
- Que bom. - Digo sem olhá-la.
Não me importo com minha mãe e nada que tenha a ver com ela.
- Ela quer te ver Kelly. - Cristina continua.
Deixo o copo em cima da mesa e a encaro seriamente.
- E eu quero que ela esqueça da minha existência.
- Não fale assim. Ela é nossa mãe. - Minha irmã me repreende.
- Jura? Ela não lembrou que era nossa mãe quando nos bateu, xingou e nos prostituiu para pagar as drogas. - Digo com raiva.
- Ela se arrependeu Kelly...
- E o que fez ela se arrepender? O novo traficante que ela esta devendo ou a minha conta bancária cheia?
- Eu apostaria na conta bancária. - Gregory diz calmamente bebendo seu café.
- Gregory. - Nadia o repreende.
- Ela sente muito por tudo que fez, ela parou de usar drogas e esta na casa da tia Emilly. - Cristina argumenta.
Tia Emilly é a irmã mais velha da minha mãe, ela mora no interior e sempre foi boa com todos nós.
- Pena pra tia Emilly, que vai ter que aguenta as grosserias dela.
- Ela está com câncer Kelly, a mamãe esta morrendo.
Cristina diz fazendo todos olharem para ela e eu franzo o cenho.
- Diga a ela que não precisa disso, se o dinheiro que eu mando todo mês não é o suficiente é só me dizer quanto ela quer e eu assino o cheque. - Digo com descrença.
- Se quiser eu pego o talão. - Gregory diz com irônia.
- Gregory. - Nadia o repreende de novo.
- Estou falando sério, eu falei com o médico... É câncer de pulmão. Ela esta muito mal. - Cristina diz.
Ela me fez sofrer demais, porém ela me deu a vida e eu não queria que ela morresse... Não assim.
- Tudo bem, eu vou... - Cedo suspirando.
- O que? Viajar para fora da cidade? Nem pensar. - Gregory protesta.
- Meu deus Gregory, é a mãe dela. - Nadia sai em minha defesa.
- Lembra do que conversamos? - Pergunto segurando sua mão.
Ele bufa e me encara.
- Quatro dias no máximo e vai com seguranças. - Ele diz e eu assinto.
Me deu vontade de gritar e mandá-lo para o inferno, dizer que ele não manda em mim e que eu faço o que eu quiser mas isso até que vai me ajudar.
Eu vou lá, vejo ela e vou embora no mesmo dia com a desculpa que ele surtou. Até que ciúme doentio dele esta servindo para alguma coisa.
- Ótimo, que dia podemos ir? - Cristina pergunta com expectativa.
- Depois do natal. - Digo e ela assente satisfeita.
...
Desço as escadas rapidamente olhando para meu relógio constatando que já estou atrasada.
- Kelly querida, onde vai? - Nadia pergunta sorrindo.
- Eu... Eu vou sair para comprar os presentes de natal. - Minto sorrindo.
Ela vem até mim e passa a mão pelo meu rosto.
- Sabe minha querida, você esta tão radiante esses dias, tão iluminada.
- Obrigado sogrinha.
- Sabe que eu só fiquei assim quando estava grávida do Gregory. - Ela diz desconfiada.
Sorrio de uma forma sapeca e dou de ombros.
- Quem sabe não tenhamos uma criança correndo por essa casa em breve. - Sorrio.
- Ah querida, é tudo que eu mais quero. - Ela diz esperançosa.
Beijo seu rosto e me despeço seguindo para fora. Hoje finalmente vou começa meu pré-natal com três meses de atraso, finalmente decidir conta para a família que estou grávida e vai ser o presente de natal de Gregory.
Saio de casa e sigo para o consultório. Uma hora depois eu estava estacionando meu carro e seguindo para dentro do local.
- Eu tenho uma consulta marcada as 15:00, Kelly Petrov. - Digo a recepcionista.
- Pode aguarda na sala de espera, a doutora já vai atendê-la. - A moça diz e eu assinto.
Esperei mais alguns minutos e a doutora finalmente me chamou.
- Que bom que veio senhora Petrov, estava fazendo seu pré-natal com outro médico? - Ela perguntou depois de eu entrar na sala.
- Não, eu levei algum tempo para processa a notícia mas agora estou pronta. - Sorrio.
- Que ótimo, vamos começa. - Ela diz e eu assinto.
Ela começou fazendo perguntas sobre minha família e do Gregory e depois eu me troquei e seguimos para a sala de ultrassom.
- O feto já esta formado, já tem braços e pernas, cabeça, boca, nariz. - Ela diz e eu sorrio.
- Esta tudo bem com meu bebê? - Pergunto sorrindo.
- Sim, esta crescendo forte e saudável. Claro que vamos fazer mais alguns exames mas aparentemente esta tudo bem. - Ela sorrir.
- Que bom. - Digo animada.
- Quer saber o sexo? - Ela pergunta e eu sorrio.
- Já da pra saber? - Pergunto to arregalando os olhos.
- Sim.
- Quero claro.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: MINHA
Muito bom. Parabéns...