MINHA romance Capítulo 27

P.O.V Kelly.

Ando pela loja de conveniência do posto de gasolina, pegando qualquer coisa que uma grávida pudesse comer o que é difícil já que no posto de gasolina só tem coisas em sacos ou latas.

Pego o que consigo encontra e sigo para a sessão de objetos onde Arthur escolhia um óculos escuro.

- O que achou desse? - Ele se vira para mim sorrindo.

- Quer parar de ser idiota? Tira isso e vamos embora. - Tiro o óculos do seu rosto e coloco de volta na prateleira.

- Você ta muito tensa, relaxa. - Ele vem atrás de mim.

- Você que ta muito calmo não estamos de ferias, estamos fugindo então para de enrola e vamos embora. - Digo baixo mais entre dentes.

Seguimos para a parte da frente e pago pelo o que peguei saindo da loja olhando para os lados entrando no carro rapidamente.

Já faz quatro dias que sai daquele hotel e que estamos na estrada, admito que até agora não tive um momento de tranquilidade. Estou sempre em alerta pensando que a qualquer momento ele pode me achar.

- Nós já saímos da cidade, estamos longe. - Arthur da partida no carro.

- Precisamos sair do país, nem assim vamos estar seguros mas pelo menos vamos ter alguma paz. - Suspiro.

- E pra onde vamos? - Arthur sorrir.

- Nós não vamos para lugar nenhum, eu vou para um lado e você para um outro. - Digo indignada.

Ele balança a cabeça em negativo.

- E pra onde você vai? - Ele refaz a pergunta.

- Cuba. - Respondo.

- Por que Cuba? - Ele franze o cenho.

Nesses dias que trabalhei na cede da máfia fiz as minhas pesquisas e descobrir que Cuba é um dos poucos países que a Salazar não tem acordos comerciais.

Assim vai ficar mais difícil para ele entrar la, me caçar e me achar do que seria num lugar onde eles tem compromissos. Por isso escolhi Cuba.

- Gosto do clima. - Respondo sua pergunta.

- Lembra que fomos para a Espanha? - Ele pergunta sorrindo.

É claro que eu lembro foi a viagem que ele tirou a minha virgindade. Foi muito bonita, eu estava apaixonada mas não significa mais nada para mim.

Todas as noites que tive com Gregory foram muito melhores do qualquer momento que tive com Arthur. Droga, para de pensar nele.

- Não, eu não lembro. - Digo seria.

- Mas... - O interrompo.

- Já chega Arthur, preste atenção na estrada. - Dou o assunto por encerrado.

Vou precisa da ajuda de Arthur até atravessar a fronteira e esta em solo ucraniano, de la vou para o aeroporto e pego um vôo para Cuba.

Não posso entrar num aeroporto em qualquer cidade da Rússia pois seria como me entregar de bandeja para Gregory. Ele pode até me pegar mas vou dificultar o máximo que conseguir.

Me remexo desconfortável no banco do passageiro sentindo minhas costas incomodarem, dormi três dias em um carro não é nada bom para uma grávida.

- Tudo bem? - Ele pergunta me olhando.

- Sim, só estou um pouco cansada. - Digo passando a mão na barriga.

- Eu estava pensando que seria melhor ficarmos em um hotel por um tempo... - Ele diz e eu o encaro desacreditada.

- Não podemos parar Arthur, você não entende que temos que sair da Rússia o mais rápido possível? - Pergunto apressada.

- Eu sei mas já estamos a muito tempo na estrada, precisamos de uma cama para descansar. - Ele argumenta.

- Não!

- Kelly você esta grávida e eu cansado, precisamos dormi... Duas noites e estaremos prontos para seguir. - Ele diz e eu nego.

- Não, duas noites são muito.

- É o necessário.

Ia negar mais uma vez porém sinto mais uma fisgada na minha coluna.

- Tudo bem, mas só duas noites e depois não vamos parar mais. - Aviso.

Ele assente sorrindo e da meia volta seguindo pelo caminho que viemos.

- Com quantos meses você ta? - Ele pergunta olhando para minha barriga.

- Cinco.

- Já... Já pensou que ela poderia ser minha filha? - Ele pergunta com cautela.

- É claro que não. - Digo como se fosse óbvio.

Claro que já teve um dia em que eu pensei em ter um futuro com Arthur, uma família... Me recrimino todos os dias por isso.

- Mas poderia...

- Poderia mas você se comportou como um canalha e eu me casei, minha filha já tem um pai e ele não é você. - Digo revirando os olhos.

- Eu sei que te abandonei mas eu já pedir desculpas.

- E eu já disse que não desculpo... Quer saber deixa isso pra la, a vida passou e cada um fez seu caminho. Supera! - Dou o assunto por encerrado.

Finalmente ele fica em silencio e eu posso comer a comida que comprei no posto de gasolina em silêncio. Ao longo de três horas percorremos mais de sete hotéis porém todos estavam lotados.

Quando estávamos prestes a desistir finalmente achamos um afastado da estrada que tinha vagas.

- Dois quartos por favor. - Peço a recepcionista.

- Eu sinto muito senhora mas só temos um disponível.

Olho para Arthur e me volto para a moça de cabelos cacheados.

- Não obrigado, vamos achar outro hotel. - Digo virando as costas.

- A essa hora da noite? É praticamente impossível senhora, estamos na alta temporada... Tiveram sorte de nos encontrar. - A moça diz.

Arthur corre até mim e para na minha frente me fazendo parar também.

- Kelly você ouviu o que ela disse, precisamos disso.

Suspiro deixando meus ombros caírem.

- Tudo bem mas você vai dormi no chão. - Digo dando meia volta.

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