Resumo de Capítulo 35 – Uma virada em Nas Mãos do Dono do Morro de Romances s2
Capítulo 35 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Nas Mãos do Dono do Morro, escrito por Romances s2. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Amanda
Estou a uma distância se aproximadamente dez metros do Felipe.
Vê-lo de óculos escuro, vestindo um terno e com os lábios contraídos enquanto segura a própria mão em frente a uma sepultura é de partir o coração.
Todos ja foram embora, inclusive a viúva, os filhos e os netos, mas o Felipe, ele continua aqui...
Respiro fundo e passo por passo eu me aproximo dele, fui andando lentamente e quando me aproximei só fiquei parada em seu lado.
— Era pra ter sido eu, deveria ter sido eu, — Felipe resmungou em um tom de voz embargado.
— Felipe...
— O nenão estava com uma arma na mão por livre e espontânea vontade, servindo o crime, ele sabia que ou ele matava ou ele morria, ele estava lá pra isso... Eu sei que com a vida que eu levo eu posso levar um tiro no peito a qualquer momento... Mas o doutor, Amanda, ele estava lá pra curar, ele não merecia ter a vida arrancada desse jeito.
— Ele sabia os riscos de estar lá, todos nós sabemos.
— Não, eu sinto uma necessidade enorme de picotear alguém e bater, bater e bater até arrebentar a cara desse alguém, — dis fazendo gestos com a mão, uma aberta e a outra dando socos nela, — quero fazer esse alguém virar carne moída na minha mão.
— Felipe! Me ouça! Eu não sei qual o tipo de ligação que você tinha com o doutor, mas parece ser algo paternal, por isso...
— Não, não era isso... Ele só era o doutor e eu era alguém que o apoiava, eu sabia o que ele fazia pela nossa comunidade, um lugar abandonado e esquecido, mas ele fazia o que podia pelo nosso povo, isso o tornava sagrado para mim.
— Muitas pessoas fazem trabalho voluntário na comunidade e
— Não! Amanda, o doutor não merecia morrer.
— Não estou dizendo isso, só quero que você por favor se acalme, o doutor não iria gostar de vê-lo tão perturbado e sedento por sangue.
— Você também não merece morrer, Amamda, eu estou cansado disso.
— Cansado? Eu não vou morrer, Felipe, você precisa se acalmar, descansar.
— Eu não tenho tempo pra descansar, eu vou agora mesmo planejar como vou fazer pra pipocar todos os culpados pelo ataque de ontem, eles queriam tomar o nosso poder, mataram o nenão e o doutor, eu não vou deixar isso barato.
— Eles também morreram, deve ter alguém querendo se vingar.
— Estou preparado, que venham todos, as metralhadoras e os fuzis esperam por eles.
— Pelo amor de Deus, você pode ser uma pessoa normal?
— Uma pessoa normal?
— Sim, só fique triste pelo doutor, pelo nenão, e depois siga com a sua vida, sem pensar em violência, sem pensar em assassinar alguem... É difícil isso? Faça como eu, abra um mercado ou uma loja, algo assim e...
— E depois o que? Sair transar com um qualquer?
— S-sim, se for o que você q-quiser...
— Eu não sou tão idiota de sair com qualquer um.
— Qualquer uma, você quer dizer, né?
— Não, eu quis dizer qualquer um mesmo.
— Está insinuando alguma coisa ou você virou gay?
— Se ser a porra de uma pessoa normal significa trepar com qualquer um, saiba que você se deu muito mal.
— Felipe, você está me assustando, por que eu não posso voltar pra minha casa? Que merda é essa? — questionei quando ele sentou no banco do motorista.
— Amanda, — ele respirou fundo, — você vai ter que me dizer tudo o que você sabe sobre o filho da puta arrombado que você transou.
— O que? — minha cara pegou fogo na hora, a quentura da vergonha misturada com raiva deixa o meu rosto todo avermelhado.
— Eu acho melhor você não saber os detalhes, mas eu preciso encontrar aquele vacilão do caralho.
— Você acabou de enterrar uma pessoa que você alega ter sido importante pra você, ao invés de respeitá-lo você quer mesmo passar o resto do dia sendo um babaca idiota?
— Eu não sou um babaca idiota, Amanda, você não faz ideia dos corre que eu tenho que dar.
— E se intrometer na minha vida por acaso faz parte desse seu corre?
— Faz, com certeza.
— Você não tem vergonha de admitir que se intromete na minha vida?
— Não, eu tenho os meus motivos.
— Pelo que eu me lembro você não quis me pedir em namoro, Felipe, que história é essa agora? Por acaso você é um psicopata que vai ficar me perseguindo e perseguindo todos com quem eu transar?
Felipe me olhou com fúria e do nada pressionou o meu pescoço contra o banco, mas não senti nenhuma pontada de medo. Isso se deve ao fato de eu acreditar que no fundo ele é uma pessoa boa.
Só não entendo por que ele faz essas coisas. Por que ele é um traficante, assassino, ladrão e sabe-se lá mais o que? Por que ele não quer assumir nenhum relacionamento comigo quando está claro que ele gosta de estar perto de mim?
— Fala onde esse arrombado mora, Amanda, ninguém mexe com você, eu vou acabar com ele, não me pergunte o motivo, eu juro que eu não estou fazendo isso por ciúmes, eu sei que você não entende, mas é melhor pra você não entender, confie em mim, pode ser? Depois eu juro que não me intrometo mais na sua vida.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Nas Mãos do Dono do Morro