POV CASPIAN.
Saber que minha companheira logo estaria em casa me deixava eufórico, assim como Odin, que uivava de alegria e fazia mil planos na minha cabeça. Voltei para a alcateia dois dias após me livrar de Theodoro, deixando Gaia em Halifax, a contragosto. Tudo o que eu queria era ficar grudado nela e nos nossos filhotes. Mas precisei retornar para cuidar dos preparativos para a chegada dela e de sua amiga.
Deixei Levi e alguns seguranças tomando conta dela, na minha ausência. Isso era o que me deixava um pouco tranquilo. Eu me controlava para não enlouquecer de ansiedade. Saber que logo ela estaria aqui comigo e que nunca mais a deixaria ir embora, acalmava meu coração. Três dias se passaram desde que voltei. E ontem, tive uma conversa com meu sogro e minha sogra.
Quando liguei e disse precisarmos conversar, eles ficaram resistentes a me encontrar. Mas mencionei que o assunto era o futuro de Gaia e dos filhotes. Como imaginei, os dois estavam eufóricos por saber que seriam avós de dois filhotes e concordaram imediatamente em me encontrar. Amélia sugeriu que fosse na casa de seu avô, Adam, fora do meu território e do deles — um lugar neutro. Bem, não sei se é exatamente neutro, afinal, é a casa do bisavô de Gaia.
Cheguei à casa de Adam e fui recebido por ele e Lysandra. Para minha surpresa, Adam me abraçou e me deu boas-vindas, bem diferente das outras vezes que estive com ele. Lysandra foi extremamente amável. Mas, ao chegar à sala de estar, me deparei com Morgana, Magnos e Amélia. Não me lembro de ter convidado Morgana para essa conversa.
— O que essa intrometida faz aqui? Já vai ser difícil lidar com os pais de nossa companheira. Agora temos que lidar com Morgana também? — rosnou Odin, descontente.
— Devemos nos controlar e ficar calmos. Não podemos esquecer o motivo dessa conversa. Viemos pedir a mão de Gaia em casamento. Não vamos começar uma briga. Adam e Lysandra nos receberam bem, já é um sinal de mudanças a nosso favor — argumentei com Odin, mentalmente.
— Espero que você tenha razão — murmurou ele, antes de se calar. Respirei fundo e me aproximei dos três, cumprimentando-os.
— Alfa Magnos, Luna Amélia, Rainha Morgana — falei com formalidade. Magnos somente balançou a cabeça.
— Alfa Caspian — respondeu Amélia, com um tom gentil.
— Você parece bem, lobinho — provocou Morgana, com um sorriso de lado.
— Vamos nos sentar — disse Adam, indicando um lugar ao lado de Morgana. Sentei-me, respirei fundo e preparei meu coração para o que viria.
— Você solicitou essa conversa. Então, vamos direto ao assunto — disse Magnos, com impaciência. Levantei-me e me coloquei diante dele e de Amélia, endireitando os ombros.
— Eu os chamei aqui para fazer meu pedido formalmente. Eu, Alfa Caspian Roy, quero pedir a mão de sua filha, Gaia Carter Veranis, em casamento — declarei, firme, sustentando o olhar deles. Amélia arregalou os olhos, surpresa, enquanto Magnos bufou, irritado.
— Você nos chamou aqui para pedir a mão da nossa filha? Pois eu não quero ela com você — disparou Magnos, levantando-se. Amélia se ergueu rapidamente e segurou a mão do companheiro.
— Querido, amor, eles já são companheiros, e Caspian a marcou. Ele está fazendo esse pedido por respeito a nós — disse Amélia, com suavidade.
— Exatamente! Esse infeliz já desonrou minha princesa e até colocou filhotes em seu ventre. E agora vem me pedir permissão? Pois não dou! — respondeu Magnos, furioso.
— Deixe de frescura, lobinho. Caspian e Gaia não precisam da sua permissão, pois é da vontade da Deusa Lua que eles fiquem juntos. Isso deve ter sido ideia da minha bisneta para melhorar os ânimos na família. Caspian já faz parte da nossa família, quer você goste ou não. E eu aceito o pedido dele como companheiro de Gaia — afirmou Morgana, posicionando-se ao meu lado, surpreendendo a todos.
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