POV CASPIAN.
Eu estava no escritório da mansão, revisando alguns documentos da alcateia, quando uma sensação estranha me invadiu. Odin, agitou-se dentro de mim, rosnando baixinho como se algo estivesse errado. Meu coração acelerou — era Gaia. Senti sua agitação através do nosso vínculo, como uma onda de pânico que me atingiu em cheio. Sem pensar duas vezes, larguei tudo e corri escada acima, meu instinto alfa me guiando diretamente para o nosso quarto.
Ao abrir a porta com força, encontrei Gaia parada no meio do quarto, pálida como a lua nova, com as mãos na barriga e uma expressão nervosa no rosto. Seus olhos se encontraram com os meus, cheios de uma mistura de medo e tensão.
— O que aconteceu, amor? — perguntei, correndo até ela, meu tom urgente.
— Os filhotes vão nascer — disse ela, com dificuldade, sua voz tremendo um pouco. Meu mundo parou por um segundo. Os filhotes? Agora? Odin uivou de empolgação e preocupação dentro de mim, mas mantive a calma exterior o máximo que pude.
— Eu te levo para o hospital agora mesmo — declarei, já me preparando para pegá-la no colo.
— Não, Caspian… Não vai dar tempo — respondeu ela, gemendo levemente e se apoiando em mim.
Meu estômago revirou. Sem hospital? Aqui, agora? Mas eu não hesitei. Peguei Gaia no colo com cuidado, sentindo seu corpo quente e trêmulo contra o meu, e a levei até a cama, deitando-a suavemente nos lençóis macios.
— O que eu faço? Me diga, amor, o que você precisa? — perguntei, minha voz saindo mais nervosa do que eu gostaria, enquanto me ajoelhava ao lado dela.
— Chame sua mãe… Ela pode me ajudar — disse ela, ofegante. Meu coração apertou. Merda.
— Ela saiu com meu pai… Eles foram visitar a alcateia vizinha. Não vão demorar — respondi, desesperado, passando a mão pelo cabelo.
Nesse momento, Gaia gemeu alto, arqueando as costas com uma contração forte. Seu rosto se contorceu de dor, e eu senti como se meu próprio corpo doesse junto. Odin rosnou, impotente, querendo proteger nossa companheira, mas sem saber como.
— Gaia! Amor, respira… Me diz o que fazer! — implorei, segurando sua mão com força.
— Você… Você vai ter que fazer o parto, Caspian. Eu sinto… Eles já estão saindo — disse ela, entre respirações aceleradas, seus olhos suplicantes olhando para os meus.
Meu sangue gelou por um instante, mas Odin me deu força. Respirei fundo, acalmando o pânico que ameaçava me dominar. Eu era o alfa, o companheiro dela — eu faria isso por ela, pelos nossos filhotes.
— Nós conseguimos. — Disse Odin.
— Tudo bem, amor. Eu estou aqui. Vamos fazer isso juntos — falei, tentando soar confiante, enquanto a ajudava a abrir as pernas com gentileza. Com um movimento rápido, arranquei sua calcinha, expondo-a para que eu pudesse ajudar.
Gaia gritou de dor com outra contração, e eu olhei entre suas pernas. Meu coração disparou — lá estava a cabeça do primeiro filhote aparecendo, coberta por uma fina membrana, pronta para vir ao mundo.
— Eu vejo a cabeça! Empurra, amor, empurra com força! — incentivei, posicionando minhas mãos com cuidado, guiado pelo instinto de Odin.
Ela gritou novamente, empurrando com toda a força, e eu segurei o filhote enquanto ele saía. Era uma fêmea, pequena e perfeita, com um chorinho forte que encheu o quarto. Odin uivou de alegria dentro de mim, uma onda de orgulho e amor me inundando.
— É uma loba! Nossa filhinha… Ela é linda, Gaia — disse, emocionado, limpando-a rapidamente com uma toalha próxima e colocando-a no peito de Gaia.
— Nossa pequena… — murmurou Gaia, exausta, mas sorrindo, beijando a cabecinha dela. Mas não havia tempo para pausas. Outra contração veio, e Gaia gemeu.
— O próximo… Está vindo! — avisou ela.
— Você está indo ótimo, amor. Mais um empurrão! — encorajei, voltando a posicionar as mãos.
Com um grito final, o segundo filhote veio ao mundo — um macho, forte e chorando alto. Odin dançou de felicidade na minha mente, rosnando de puro êxtase. Eu o limpei e o entreguei a Gaia, que agora segurava nossos dois filhotes nos braços.
— Um menino! Temos um casal perfeito… Odin está uivando de alegria aqui dentro. Eu te amo tanto, Gaia. Vocês são tudo para mim — declarei, lágrimas nos olhos, inclinando-me para beijá-la na testa.
— Eles são lindos… Como você, meu alfa — respondeu ela, fraca, mas radiante. O quarto se encheu de uma paz profunda, Odin estava finalmente calmo e satisfeito, enquanto eu admirava nossa família completa. A Deusa Lua nos abençoara mais uma vez.
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