Resumo de Capítulo Trinta e Dois - Ana – Uma virada em O Amor de Um CEO de Ninha Cardoso
Capítulo Trinta e Dois - Ana mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O Amor de Um CEO, escrito por Ninha Cardoso. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Parte 1...
Ana
O sol já estava bem forte com tons alaranjados enquanto eu subia os degraus da escada que levava à cobertura de Matteo. Quando cheguei o porteiro me disse que os elevadores estavam parados por conta de uma manutenção programada e os moradores teriam que usar a escada.
Isso não me incomoda, estou acostumada a andar e subir e descer ladeiras. Só achei estranho e perdi um pouco da minha animação quando vi a Patty, em pé perto da porta da cobertura. Patty parecia nervosa e inquieta, seus olhos mostrando uma expressão de preocupação. Me preocupei com isso.
— Patty, o que está acontecendo? Por que você está aqui fora?
— Oh, Ana, que bom que você chegou. Sua cunhada está aqui - ela falou baixinho — E ela... Bem, não está em seu melhor humor, vamos dizer assim - eu achei estranho — Ela foi muito grosseira comigo e disse que quer falar com você em particular.
Nossa, até engoli em seco, surpresa e nervosa com a notícia. Não entendo porque Jules estaria aqui para falar comigo. Ela mal tinha falado comigo quando estive na casa dela com Matteo e agora aparece aqui?
— Isso é estranho. O que você acha que pode ter acontecido? - olhei para dentro.
— Eu realmente não sei, Ana. Ela parecia muito aborrecida, e eu não quis perguntar mais. Mas ela estava determinada a esperar por você - ela abriu os braços — Eu mandei que esperasse na sala, então. Até ofereci algo para ela tomar por causa do calor, mas ela só disse que não e pronto. Aí eu vim te esperar aqui fora.
Eu assenti, agradecendo a Patty com um olhar reconhecendo sua ajuda, antes de dar um passo em direção à porta da cobertura. Respirei fundo, me preparando para enfrentar a situação com Jules, que espero, não seja nada demais. Patty me acompanhou até o hall, ainda preocupada.
— Obrigada, Patty. Vou ver o que está acontecendo com Jules. Espero que possamos resolver isso. Nao deve ser nada demais.
— Tenha cuidado, Ana, e espero que tudo se resolva - ela apertou meu ombro.
Entrei devagar, já me preparando para o que poderia ser. Jules estava próxima à janela grande aberta, olhando para fora. Parecia pensativa e sua expressão estava mesmo fechada, aborrecida. Parei ao lado do sofá e deixei a bolsa escorregar.
— Oi, Jules. Como está? - fui educada — Eu não sabia que me faria uma visita, senão teria retornado mais cedo.
Ela se virou para mim de modo abrupto e parecia frustrada, braços cruzados.
— Eu quero falar com você - disse de modo seco.
— Claro, pode falar - fiz um gesto para que ela sentasse e me sentei na ponta do sofá — Está calor. Quer tomar algo para se refrescar?
— Não... Eu quero saber o que está acontecendo com meu marido.
— Oi? - eu franzi a testa sem entender — Desculpe, como assim?
— Lucas está diferente - ela mexeu os ombros e se aproximou, ainda de braços cruzados — Ele vem mudando o comportamento desde que eu confirmei minha gravidez.
Eu molhei o lábio com a ponta da língua. Ainda não entendi.
— Pode ser mais direta, por favor?
A cara dela mudou. Vi que puxou o ar fundo e enfiou as unhas nos braços. Nossa, acho que ela está passando por muito estresse. Isso não é bom para a criança.
— Matteo? - eu me espantei e dei uma risada também — E porque?
— Ah... - ela agitou a mão para cima — Olha, eu sei que você deve saber que o Lucas é gay... O Matteo tem a boca grande e ele deve ter contado isso para você. Não finja.
Eu cruzei os braços e fiquei séria.
— Ainda não entendi, Jules.
— Bem... - ela soprou o ar com força e colocou as mãos na cintura — O Lucas é gay... Eu sabia disso o tempo todo... Nós fizemos um acordo há muito tempo, para esconder o caso dele com Mark - ela mexeu no cabelo nervosa — Até tentei fazer com que ele se interessasse por mim... O seduzi uma noite... Ele estava bêbado e nós ficamos juntos...
— Jules, você não tem que me contar nada...
— Mas eu quero contar - ela disse com voz embargada — Estou me sentindo mal... Abandonada... E não foi esse o nosso acordo...
Coitada. Cheguei a sentir pena dela. Infelizmente a sensação de abandono é horrível. Já passei por isso várias vezes em minha vida. É sufocante. Me preocupei com seu estado. Me aproximei dela e fiz com que sentasse.
— Patty! - chamei alto e logo ela apareceu — Por favor, traga algo gelado para ela beber.
— Claro - ela saiu rápido com cara preocupada.
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