O Amor de Um CEO romance Capítulo 109

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Parte 1...

Ana

O sol já estava bem forte com tons alaranjados enquanto eu subia os degraus da escada que levava à cobertura de Matteo. Quando cheguei o porteiro me disse que os elevadores estavam parados por conta de uma manutenção programada e os moradores teriam que usar a escada.

Isso não me incomoda, estou acostumada a andar e subir e descer ladeiras. Só achei estranho e perdi um pouco da minha animação quando vi a Patty, em pé perto da porta da cobertura. Patty parecia nervosa e inquieta, seus olhos mostrando uma expressão de preocupação. Me preocupei com isso.

— Patty, o que está acontecendo? Por que você está aqui fora?

— Oh, Ana, que bom que você chegou. Sua cunhada está aqui - ela falou baixinho — E ela... Bem, não está em seu melhor humor, vamos dizer assim - eu achei estranho — Ela foi muito grosseira comigo e disse que quer falar com você em particular.

Nossa, até engoli em seco, surpresa e nervosa com a notícia. Não entendo porque Jules estaria aqui para falar comigo. Ela mal tinha falado comigo quando estive na casa dela com Matteo e agora aparece aqui?

— Isso é estranho. O que você acha que pode ter acontecido? - olhei para dentro.

— Eu realmente não sei, Ana. Ela parecia muito aborrecida, e eu não quis perguntar mais. Mas ela estava determinada a esperar por você - ela abriu os braços — Eu mandei que esperasse na sala, então. Até ofereci algo para ela tomar por causa do calor, mas ela só disse que não e pronto. Aí eu vim te esperar aqui fora.

Eu assenti, agradecendo a Patty com um olhar reconhecendo sua ajuda, antes de dar um passo em direção à porta da cobertura. Respirei fundo, me preparando para enfrentar a situação com Jules, que espero, não seja nada demais. Patty me acompanhou até o hall, ainda preocupada.

— Obrigada, Patty. Vou ver o que está acontecendo com Jules. Espero que possamos resolver isso. Nao deve ser nada demais.

— Tenha cuidado, Ana, e espero que tudo se resolva - ela apertou meu ombro.

Entrei devagar, já me preparando para o que poderia ser. Jules estava próxima à janela grande aberta, olhando para fora. Parecia pensativa e sua expressão estava mesmo fechada, aborrecida. Parei ao lado do sofá e deixei a bolsa escorregar.

— Oi, Jules. Como está? - fui educada — Eu não sabia que me faria uma visita, senão teria retornado mais cedo.

Ela se virou para mim de modo abrupto e parecia frustrada, braços cruzados.

— Eu quero falar com você - disse de modo seco.

— Claro, pode falar - fiz um gesto para que ela sentasse e me sentei na ponta do sofá — Está calor. Quer tomar algo para se refrescar?

— Não... Eu quero saber o que está acontecendo com meu marido.

— Oi? - eu franzi a testa sem entender — Desculpe, como assim?

— Lucas está diferente - ela mexeu os ombros e se aproximou, ainda de braços cruzados — Ele vem mudando o comportamento desde que eu confirmei minha gravidez.

Eu molhei o lábio com a ponta da língua. Ainda não entendi.

— Pode ser mais direta, por favor?

A cara dela mudou. Vi que puxou o ar fundo e enfiou as unhas nos braços. Nossa, acho que ela está passando por muito estresse. Isso não é bom para a criança.

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