Sofia:
O dia amanhece e a claridade do quarto me acorda.
É hoje!
Ao pensar nisso meu coração palpita.
Hoje deixo de ser uma adolescente, agora sou adulta e mais tarde virarei uma mulher de verdade.
Saber que ele vai me tocar faz meu corpo se aquecer.
Saio da cama e vou para o banho.
Ontem Angela não quis dormir comigo e foi para o quarto de hospedes.
Melhor, assim eu me arrumo tranquilamente para passar o dia com Dylan.
Tomo um banho completo e me depilo.
Quando saio do chuveiro não sei oque vestir, então eu mando uma mensagem perguntando.
Sua resposta chega segundos depois.
"Use algo leve, me avise quando acabar o café da manhã, estarei te esperando na garagem."
Assim que leio a mensagem vou me arrumar e decido por um vestido florido.
Já para as roupas íntimas, escolho uma lingerie branca.
Não esqueço a correntinha que ele me deu e logo estou pronta.
Não sei bem como vai ser, mas gosto de pensar que Dylan sabe oque faz.
Assim que termino de colocar o salto baixo e vou ao encontro de todos na cozinha.
Minha mãe está na pia, Jorge lê um jornal e Ângela está no celular.
- Você chegou. - Jorge diz percebendo minha presença.
Ele se levanta e me abraça.
- Parabéns filha. - Ele sussurra e tenho a impressão de que é algo que Angela no deveria ouvir.
- Obrigada. - Digo e o abraço de volta, isso não é algo que eu faria alguns dias atrás.
- Vem querida, fiz o bolo de sempre. - Minha mãe diz.
Em todos meus aniversários minha mãe fazia um bolo com cobertura de chocolate para o café da manhã.
E quando ela coloca o bolo em cima da bancada fico feliz, gosto que nem tudo tenha mudado depois que nos mudamos.
- Já está grande, sabe que agora que tem 18 muitas coisas vão acontecer, não é? - minha mãe pergunta e sei que tem muito mais ali.
- Chega de melação, serve logo esse bolo. - Ângela fala e minha mãe olha com certa raiva para ela, mas não diz nada.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O cara da porta ao lado
Amei. Eu só queria que Davina tivesse sobrevivido....