Dylan:
Quando pego a cesta dentro do carro e a olho, vejo que está me encarando.
Ela é linda.
Quero me enterrar nela o dia todo, mas ela merece mais que isso. Mas nas minhas condições o máximo que eu posso fazer é um piquenique no parque e talvez depois levá-la para jantar.
Espero que para ela seja suficiente.
Me aproxima e pego em sua mão.
- Vamos? - pergunto apontando para o parque.
Ela balança a cabeça concordando.
Andar de mãos dadas com ela parece ser tão certo, mas o medo de algum fotógrafo nos ver me faz sentir que estou cometendo um crime.
Acho uma arvore perfeita para a gente se sentar de baixo.
Assim que mostro a arvore ela pega a toalha que eu trouxe na cesta e estende na grama.
Me sento na toalha e quando vejo ela está se sentando ao meu lado.
- O que pensa que está fazendo? - pergunto e ela me olha confusa. - Aqui. - Digo apontando para o espaço entre minhas pernas.
Ela entende o recado e se senta onde eu pedi e se encosta em meu peito.
Sentir ela assim perto é muito bom.
O cheiro do seu cabelo, seu perfume e até seu sorriso bobo me encanta.
- Sofia, - digo chamando sua atenção. - Espero que goste do que eu programei para hoje, sei que um piquenique não é muito, mas há poucos lugares em que eu possa ir acompanhando sem que as pessoas especulem que eu vou me casar. Não quero que me vejam com você e comecem a acharem as coisas. - Digo e vejo que ela pensa por um momento.
- Eu acho que um piquenique é ótimo. - Ela diz sem comentar sobre o fato de nos verem juntos.
- Que bom, vamos passar um tempo aqui até a hora do almoço. - Digo e é exatamente oque fazemos.
Sentar-se aqui com ela e passar o resto da manhã jogando conversa fora e aos beijos, faz eu me sentir um adolescente, faz parecer que somos um casal, me faz sentir paixão e também me faz pensar que com o tempo eu poderia amá-la.
Mas assim como a hora meus pensamentos passam com a chegada do almoço.
Eu a levo em um restaurante que preza a privacidade dos clientes.
E é do que eu preciso.
Nosso almoço é animado, ela está sempre falante e fazendo perguntas.
Sempre mantendo a conversa viva entre a gente.
Quando eu saia com outras mulheres sempre que a conversa morria elas tinham dificuldade de começar outro assunto, ficando as vezes constrangedor.
Sofia não, ela tem facilidade para conversar, entende de tudo e mais um pouco.
O nosso almoço se resume a eu lhe admirando.
Assim que acabamos percebo que ela começa a ficar um pouco ansiosa.
Com certeza está pensando no que acontecera entre a gente.
Mas ainda não é hora.
- O que vamos fazer agora? - ela pergunta e parece ansiosa, eu acho.
- Vamos para um lugar que eu gosto. - Digo e ela me olha curiosa.
Adoro seu olhar.
Entro no carro e não digo nada, que faz com que ela fique mais curiosa.
Dirijo pela cidade até sair na estrada.
Depois de algum tempo entro com o carro em uma trilha.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O cara da porta ao lado
Amei. Eu só queria que Davina tivesse sobrevivido....