Sofia:
- Mãe, oque houve com a Ângela? - pergunto quando entramos na terceira loja para escolher um vestido.
- A culpa é minha. - Ela começa. - Uma vez quando você saiu para ver seu namorado ela foi lá em casa perguntar de você. Naquela época estávamos com muitas dívidas, então eu perguntei se o pai dela me emprestaria dinheiro, ela se fazendo de boa moça disse que sim. Peguei dinheiro com o pai dela e paguei as dívidas. Só que quando ela apareceu lá em casa e você não a queria por perto eu não pude mandá-la embora, então ela veio cobrar um valor absurdo pelo pouco dinheiro que peguei e eu não sabia como contar ao Jorge. - Ela fala me olhando
- Devia ter me contado mãe. - Digo a abraçando.
- Eu sei, mas o Jorge viu que tinha algo errado e eu contei oque estava acontecendo a ele, levei uma bronca por não ter contado antes, mas ele deu o dinheiro a ela e no mesmo instante eu a botei par fora. - Ela diz.
Ok, o mistério Ângela está aí.
Mas e a conversa deles na cozinha?
- Mãe, ouvi uma conversa sua com o Jorge na cozinha. Oque vocês querem me contar? - pergunto.
- Ah é simples, mas essa é uma conversa que temos que ter com o seu pai presente. - Ela diz.
Quando ela se refere a ele como meu pai eu acho estranho.
Conseguirei algum dia chamá-lo assim?
Até uns dias atrás eu achava que ele era um safado.
Não sei se consigo.
- Vem, deixei a melhor loja para o final. - Ela dize lavando para a próxima loja.
Dá para ver a diferença dessa loja com as outras, ainda mais quando o nome da loja estava escrito em letras douradas.
Chanel.
As roupas daqui devem valer uma vida.
- Com licença, pode nos mostrar as roupas de festas? - minha mãe pergunta a uma das vendedoras que estava ali.
A moça nos leva até um lado da loja e nos mostra vários vestidos que estão ali.
Muitos deles me chama atenção, mas uma prata em especial me encanta.
Ele tem um decote entre os seios e as costas nuas.
É lindo, e a fenda na perna o completa.
É esse.
Minha mãe olha e o aprova.
Ela também achou seu vestido.
Um vestido nude em que ela ficara linda.
Na hora de pagar minha mãe faz eu passar o cartão que Jorge havia me dado e nem acredito que aquele valor absurdo foi aceito.
- Agora são os sapatos. - Minha mãe diz.
Tenho sorte que na primeira loja encontramos o sapato perfeito que combina com as roupas.
Logo a próxima parada é o salão de beleza.
Faremos de tudo.
Unhas, cabelos e depilação.
Quando Frederico vem cuidar de meus cabelos eu estava querendo cortá-los e deixar eles curtos novamente, mas ele deu a ideia de apenas repicar e eu achei interessante.
Um tempo depois adorei o resultado.
Ficou maravilhoso.
Eu e minha mãe ficamos horas cuidando da gente e quando decidimos ir para casa já são 7h.
Tenho pouco tempo para me trocar.
No spar nos já tomamos banho e fizemos a maquiagem.
Quando chegamos em casa, vou para o meu quarto e tiro minha roupa.
Uma das mulheres do spar me deu um creme para eu passar no corpo antes de pôr minha roupa.
É oque eu faço, passo o creme em cada centímetro de mim.
Ele é tão cheiroso, o cheiro de morango me fascina.
Acho que não vou nem passar perfume.
O cheiro do creme é o suficiente.
Assim que desço o vestido pelo meu corpo vejo que estou magnífica.
Ele deve ser usado sem sutiã, e meus peitos ficam no lugar quando o coloco.
Como eu só iria usar a calcinha, escolhi uma branca e delicada.
Enquanto eu retoco a maquiagem minha mãe entra no quarto.
- A senhora não está nem pronta ainda? - pergunto vendo-a só de robe.
- Não, mas Dylan já te espera na sala. Toma coloca esses brincos e vai. - Ela diz para mim.
Ele já chegou.
Pego o brinco delicado que minha mãe me estende e coloco.
Quando vou sair do quarto me lembro da bolsa que eu comprei para combinar com o vestido.
Volto e coloco minhas coisas lá dentro.
Assim que vou sair do quarto novamente me lembro dos saltos.
Quase saio descalço, coloco eles rapidamente.
Esquecendo mais nada?
Olho ao redor do quarto para ter certeza.
Toco em minha correntinha e está tudo certo.
Saio do meu quarto finalmente e caminho em direção a sala.
Quando chego lá fico sem ar.
Dylan está deslumbrante em seu smoking.
Ele se vira quando eu chego e me olho de cima a baixo.
Acho que ele gostou, pois quando termina a inspeção me sorri.
Jorge também esta ali e vem em minha direção.
- Está linda. - Ele diz para mim. - Vocês dois vão na frente.
- Certo, obrigada.
Vou até Dylan e nos saímos do apartamento.
Quando entramos no elevador seus braços rodeiam minha cintura e seu nariz em meu pescoço.
- Você está irresistível, srta. Sofia. - Ele diz no meu ouvido me fazendo arrepiar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O cara da porta ao lado
Amei. Eu só queria que Davina tivesse sobrevivido....