Sofia:
Uma semana, já se passou uma semana desde o baile.
Eu e Dylan estamos quase sempre nos vendo, mas algo dentro de mim me aperta.
Só nos encontramos e transamos, aí cada um vai para um lado.
Não sei se é o fato de eu morar ainda com minha mãe e Jorge ou se é algo mais.
É errado querer acordar ao seu lado?
Vou para a sala jantar com minha mãe e Jorge.
A mesa já esta posta, Jorge se senta entre mim e minha mãe na cabeceira da mesa.
- Sofia, queremos te contar algo. - Minha mãe diz pegando na mão de Jorge.
- Pode falar mãe. - Digo olhando bem para eles.
- Nós vamos nos mudar. - Ela diz e o jeito que ela fala dá para entender que está falando apenas dos dois.
- Que boa mãe, vou aproveitar e procurar um lugar para mim. - Digo me servindo.
- Não está entendendo minha filha. - Jorge diz para mim e coloca a mão no meu ombro. - Eu e sua mãe vamos nos mudar. Você vai ficar bem aqui.
Ficar aqui?
- Eu não posso, não trabalho ainda, não posso manter o apartamento. - Digo.
Tenho que encontrar um lugar mais barato.
- Sofia, esse apartamento está no seu nome desde que eu o comprei e a questão de trabalho, quero você comigo. - Ele diz.
- No meu nome? Eu com você? Como assim? - pergunto confusa.
- Sei que gosta de escrever, sei que fez alguns cursos quando jovem, e sei que quer publicar eles algum dia, mas enquanto esse dia não chega, por que não trabalha comigo? Sei que quer sua independência. - Ele diz.
Uau.
Não é algo que eu negaria.
Agora eu tenho um apartamento só meu e um emprego.
Gosto da ideia de não depender de ninguém.
- Eu adoraria. - Digo e eles sorriem e começam a comer.
Começarei amanhã mesmo.
Depois do jantar vou para o meu quarto dormir cedo.
Mas ouço a voz de Dylan me chamando na sacada.
Caminho até lá e o encontro sem camisa.
Ele está na sacada dele.
- Oi. - Digo assim que eu chego.
- Vai vir hoje? - ele pergunta.
As vezes nos encontramos depois do jantar.
- Tenho que dormir cedo, começo a trabalhar amanhã. - Digo para ele sorrindo.
- Entendo, vai descansar. Nos vemos outro dia. - Ele diz e volta para seu quarto, estranho sua atitude, mas apenas volto para o quarto, deito-me em minha cama e apago.
No outro dia eu já acordo animada.
Me levanto bem cedo e tomo um banho quente.
Vou até o closet e vejo que não tenho nada para ir trabalhar.
- Mãeeee! - grito ela.
- Mas que mania de ficar gritando. - Ela diz entrando no meu quarto com uma sacola em mãos.
- Eu não tenho nada para vestir. - Digo.
Ela revira os olhos e me dá a sacola que ela tem.
Olho dentro dela e vejo que tem uma blusa vermelha e uma saia social preta.
Lindas.
Tem uma sandália de salto baixo também junto com uma bolsa.
- A senhora é um máximo sabia? - digo e a beijo.
Ela me deixa sozinha para eu me trocar.
Assim que eu acabo, decido oque fazer com o cabelo.
Um coque bem solto e estou pronta, também faço uma maquiagem bem leve.
Assim que termino vou tomar café da manhã com eles.
- Esta linda, parece uma secretaria. - Jorge diz sorrindo.
- Obrigada. - Agradeço.
Ultimamente eu tenho ficado mais leve perto de Jorge.
- Querida, iremos nos mudar amanhã. - Minha mãe diz.
- Mas já? - pergunto.
- Faz um tempo que estamos planejando, e daqui um mês será nosso casamento, então já estará tudo em ordem. - Ela fala.
- Certo, irei ajudar amanhã. - Falo e ela sorri.
Eu e Jorge saímos do apartamento.
No mesmo instante Dylan sai de seu.
Ele cumprimenta Jorge e depois me olha.
Seus olha varrem todo o meu corpo e sua cara se fecham.
Vamos em direção ao elevador e ele não me dirige nenhuma palavra.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O cara da porta ao lado
Amei. Eu só queria que Davina tivesse sobrevivido....