Dylan
Estou aqui dando mais de mim para ela do que qualquer mulher jamais teve, e de algum modo sei que ela não entende isso.
Gosto de Sofia, mas não sei se meus sentimentos são os suficientes para um relacionamento com ela.
Cometi o erro de cair no papo da Davina quando ela disse que precisava da minha ajuda.
Eu como um idiota fui ver do que ele precisava.
E quando eu chego, lá está ela.
Seminua e esperando por mim.
Eu não a queria, queria Sofia.
Mas eu não podia aceitar que ela estava se tornando parte de mim.
Toda vez que transavamos eu fugia, tinha medo de dormir com ela e querer ficar ali.
Então num impulso eu me rendi a Davina.
Quando acabamos fui tomar um banho, mas ao sair do banheiro vejo que ela estava com meu celular nas mãos.
Depois que pego dela vejo que era uma ligação de Sofia.
Merda.
Naquele momento eu volto para casa.
Davina me pedia para ficar, mas eu não a ouvia.
Fui para casa rapidamente.
Liguei algumas vezes no celular de Sofia, mas ela não atendia.
Oque Davina disse a ela?
E por que estou tão preocupado?
Era para ela ser apenas mais um caso.
Mas não, ela toma meus pensamentos dia e noite, quando estou com ela só quero tocá-la, quando não estou penso em como seria se eu a estivesse tocando.
Em alguns momentos do dia seu sorriso invade minha mente.
Não posso me render.
A noite passa e ela não me atende.
A vontade que eu tenho era de pular para o seu quarto, mas é muito arriscado.
Quase fui pego duas vezes, pela sua mãe e pela amiga.
Decido esperar até o dia seguinte, mas eu não a vejo.
Vou para o meu trabalho tentando adivinhar o que ela está pensando.
O dia passa lentamente, o trânsito na hora de voltar para casa estava um caos.
Quando estaciono meu carro na garagem e pego o elevador estou decidido a bater na porta de Sofia.
Mas quando a porta se abre no hall de entrada eu a vejo.
Toda linda.
Ela entra sem me cumprimentar e olha para o painel.
Vejo que ela vai continuar em silencio.
- Por que não atendeu minhas ligações? - eu pergunto
Ela apenas da de ombros antes de responder.
- Eu estava ocupada e também não queria te atrapalhar com a Davina. - Ela diz e eu solto um suspiro.
- Não me atendeu só por que eu estava ontem com a Davina? - eu pergunto.
Isso é obvio, eu a diria se fosse o contrário.
- Eu não te atendi porque estava ajudando meus pais na mudança deles, e você estando ou não com ela não é da minha conta. - Ela diz quando as portas se abrem
Não é?
- Como assim não é da sua conta? - eu pergunto. - Está agindo assim por que está com ciúmes, não é?
- Dylan, você quer que nos tenhamos algo casual, se você transa com outras pessoas não é problema meu. E se eu tivesse? Que diferença faria?
Está de palhaçada.
- Está me dizendo então que se eu dormir com outras você pode fazer o mesmo? - eu pergunto rindo.
Se ela acha que é assim que funciona esta muito enganada.
- Estou dizendo que nosso lance é apenas casual, que eu não te atendi porque estava ocupada e que eu não tenho nada a ver com quem você dorme ou deixa de dormir. - diz.
Acho que terei que deixar bem claro para ela.
- Sofia, entenda uma coisa, oque nos temos é bem mais que algo casual, se você acha que eu vou permitir que saia por aí dando para outros está enganada. - Digo e quando vejo já estou prensando-a na parede
- Ah, isso eu entendi. Agora vamos parar de discutir no corredor. - Ela diz se afastando de mim. - Quer entrar? - ela convida como se nada tivesse acontecido.
Eu respiro bem fundo antes de olhá-la
- E seus pais? - pergunto frustrado
- Se mudaram. - Ela diz.
Isso é bom, agora nada me impede.
- Se é assim.
Eu a acompanho até o apartamento.
Quando entramos ela deixa a chave em cima de um móvel.
Eu me aproximo por trás dela e a abraço.
- Sofia, eu não gosto de brigar com você. - Digo beijando seu pescoço.
- Então é só não brigar. - Ela diz.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O cara da porta ao lado
Amei. Eu só queria que Davina tivesse sobrevivido....