O CEO e o filho perdido: A segunda chance do destino romance Capítulo 449

O silêncio da sala é quase insuportável. Vivian cruza os braços diante de Rui, o queixo erguido, a frieza estampada no olhar. A tensão é tão densa que parece que até o ar se recusa a circular. Ele a encara, procurando algum ponto de acesso, mas encontra apenas um muro de concreto, firme e inabalável.

— Rui, não precisa me convencer de nada, diz ela, firme, a voz como lâmina que corta.

— Eu já entendi. Eu não signifiquei nada para você. E está tudo bem. Não vou mais insistir em algo que nunca existiu de verdade.

As palavras saem como punhaladas, certeiras, mas não há raiva na voz dela, apenas uma dor contida, sufocada. Rui engole seco. O gosto amargo da culpa se espalha em sua boca como ferrugem. O que mais o fere não é a acusação, mas a certeza de que ela realmente acredita nisso.

Ele pensa no filho que cresce no ventre dela, o seu filho, ainda um segredo guardado a sete chaves. Um nó aperta sua garganta. Não pode dizer nada ainda, não até ela estar pronta para ouvi-lo.

— Você realmente acredita nisso?

Ele retruca, a voz baixa, mas carregada de incredulidade.

— Porque se você não significasse nada, eu não estaria aqui. Não teria me ausentado do Grupo Schneider, não teria largado tudo… para correr atrás de você feito um cachorrinho.

Vivian para, encara-o. A dureza em seus olhos vacila por um instante, mas ela se recompõe rapidamente. Respira fundo, como quem se força a vestir a armadura de novo.

— Rui, não me faça rir. Ela dá um meio sorriso sem humor.

— Você não precisa de mim. Você tem sua carreira brilhante, sua vida organizada… e eu sou apenas alguém que se iludiu. Eu criei expectativas, achei que poderia ser diferente, mas tudo bem. Eu aprendi.

Ela hesita, mas decide cravar as palavras:

— Foi apenas uma noite. Esqueça.

A frase é um soco no estômago de Rui. Ele sente como se o chão se abrisse debaixo de seus pés. Vivian não fala com raiva e isso dói ainda mais. Ela fala com resignação, como quem já aceitou a própria insignificância na vida dele.

Ele respira fundo, os olhos fixos nos dela. A cada segundo percebe que se não abrir o coração agora, talvez nunca mais tenha uma chance.

— Vivian… você não é uma mulher de apenas uma noite. A voz dele treme, mas não desvia.

— E eu não posso deixar você acreditar nisso.

Ela o olha em silêncio, esperando, desconfiada. Rui passa a mão pelos cabelos, respira fundo e, enfim, toma coragem para revelar aquilo que sempre engoliu.

— Eu preciso ser honesto com você. Ele começa, hesitante.

— Eu já me envolvi com outra mulher… alguém muito próxima. Islanne.

Vivian ergue as sobrancelhas, surpresa. Mas permanece em silêncio.

— No começo, eu só procurava ela em busca de sex0. Nada sério. Era confortável para mim e para ela. Nos encontrávamos, passávamos a noite juntos, e depois eu ia embora. Sem perguntas, sem compromissos.

Rui fala devagar, como se mastigasse a própria vergonha.

— Mas o tempo foi passando e, contra a minha vontade, comecei a gostar dela de verdade. A fazer planos. Só que eu nunca conseguia me abrir, nunca dizia nada.

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