O CEO sem coração Adapte-se a mim

LINDA
— Por sua causa que não é. — já deixei bem claro. — Eu tenho os meus motivos. — abracei uma almofada.
— Aham. Sei.
— Você não respondeu a minha pergunta. Não tem ninguém pra torturar hoje a noite não?
— Tenho. Você. — ele falou tão sério que me lembrei das suas mãos envolta do meu pescoço naquele dia. Isso me deixou desconfortável.
Eu deveria ter ficado em casa e não ter me deixado influência pela sede de justiça depois de ver aquele vídeo da Ana Cláudia. Eu não tenho que provar nada a ninguém.
Eu poderia desistir de tudo e ir embora agora mesmo.
— Eu não vou fazer nada. Não vou te torturar. — ele disse. — Só estou esperando o jantar chegar e vou embora.
— Não vai jantar? — estranhei.
— Não. Eu mudei de ideia. — ele levantou do sofá e saiu pelo apartamento mexendo no celular.
Ainda bem. Tomara que vá embora logo.
Fui no quarto pegar meu celular e voltei pro sofá. Inventei de entrar naquele app de fofoca não sei pra que. Tive raiva de novo.
Mais e mais besteiras sobre mim.
Tinha uma notícia.
"Nesta noite, o CEO da empresa Guimarães, Rômulo, foi clicado entrando num condomínio próximo a sua casa. Segundo informações, a sua namorada, Linda Fonseca, tem residido neste prédio, sendo vista chegando horas antes".
— Meu Deus! Eles estão de olho na gente o tempo inteiro! — reclamei em voz alta.
— O que foi agora? — ele perguntou lá do outro lado da sala.
— Viram você chegando aqui e já sabem que eu moro neste lugar.
— Pelo menos não falaram que você mora naquele casebre e também não me seguiram quando eu fui até lá.
É um burguês nojento mesmo...
— Desnecessário falar assim da minha casa. Aliás, é uma casa alugada.
— O que o seu pai fazia com o salário que recebia? Porque a minha empresa paga muito bem.
— Não é da sua conta.
— Não têm nem casa própria! Quanto custa o aluguel daquela chopana? 300 reais?
— 400.
— É melhor ficar aqui. Ao menos ninguém vai dizer que você é uma coitadinha, pobrezinha... E essas coisas no diminutivo.
A Ana Cláudia com certeza faria isso.
— Mas é questão de tempo pra aparecer alguém e contar aonde eu morava de verdade até horas atrás. — eu avisei. — Tem gente que não gosta de mim na rua.
— Sério? Alguém não gosta de você? Mas você é tão carismática! — ele falou de um jeito irônico.
— Você acha que as pessoas também gostam de você? Aposto que só te aturam porque você paga o salário delas. — continuei passando o dedo pela tela do celular. — Tem gente muito cretina nesse mundo. Tanto do lado rico quando do lado
se daria melhor no lado rico.
que eu não sou rica. Se é que você ainda não percebeu.
acorde cedo. O meu motorista vai passar aqui pra te levar pra comprar roupas e depois vai te levar pra empresa. Você vai trabalhar com um dos meus sócios.
— tomei um
me faça repetir. Vê se escolhe roupas de bom gosto. — ele olhou para a roupa que eu usava.
Essa roupa e minha roupa de noite de frio! —
Não apareça de roupa de feio na empresa ou ele vai te demitir e eu não poderei fazer
se você quisesse...
que disse? Eu acabei de te arranjar um ótimo emprego e você tá reclamando?
Se é tão bom poderia me dar tudo sem eu precisar trabalhar. Eu não sou a
veio na direção dos sofás, onde eu estava.