O CEO sem coração romance Capítulo 63

Resumo de Nota 9: O CEO sem coração

Resumo de Nota 9 – Capítulo essencial de O CEO sem coração por Nikole Santos

O capítulo Nota 9 é um dos momentos mais intensos da obra O CEO sem coração, escrita por Nikole Santos. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

LINDA

Desnecessário ele vir, mas já que está aqui ao menos me economiza no Uber.

Coloquei a bandeja com o cuscuz e os pratos e talheres na mesa.

Ele parecia muito bem para quem estava bebendo hoje cedo.

— Você não tem ressaca não?

— Tem. Neste exato momento. Mas tomei remédio.

— O Sérgio não ficou pra cuidar de você? — perguntei de um jeito irônico.

— Eu sei me cuidar muito bem sozinho, Linda.

— Aham. E como você foi no meu apartamento atrás de jantar?

— Eu não ia te pedir pra fazer o jantar. Eu ia pedir para o restaurante entregar na sua casa. Entende?

— Ata. Ainda está em tempo. Na minha barriga tem espaço. — sentei numa cadeira.

— Credo. Olha o tanto de comida e você ainda pensa em comer mais? Você é muito gulosa.

— Sou mesmo. E não desperdiço. — coloquei o cuscuz no meu prato. Daquele jeito.

Ele colocou só um pouquinho, mas eu sei que daqui a pouco ele vai repetir.

— Vamos ver se é bom mesmo. — ele colocou um pouquinho na colher e colocou na boca.

— Nem ouse dar nota. Já sabe das ameaças que eu fiz. — lembrei e comecei a comer. Estava uma delícia, como sempre.

— Muito bom. Nota 9.

— 9? Eu disse que não era pra dar nota! — fiquei indignada e ele continuou comendo. — Por que 9?

— A comida em si é um 10, mas é uma refeição e deveria ter uma bebida de acompanhamento.

— Não seja por isso. — peguei a garrafa de café e coloquei perto dele. — Agora é 10.

— Me sirva para o 10 ser merecido.

Eu o encarei com o olhar estreito. — Você tá de brincadeira comigo não é? Tá achando que aqui é restaurante? Tá me achando com cara de garçonete? Você pode se servir sozinho.

— Calma. — ele deu uma risada rápida.

— Calma, nada. Você me estressa, Rômulo.

— Nada que você também não faça comigo. — ele falou tranquilamente.

Anda muito calmo pro costume.

— Mas sério, está bom. Muito bom. Acho até que vou repetir. — ele abriu a garrafa de café e colocou na xícara.

Não contive o orgulho que sinto em ser uma boa cozinheira de cuscuz temperado.

— Obrigada.

Ele ficou me encarando.

— O que foi? — desmanchei o sorriso.

— Nunca tinha te visto sorrindo assim. Você tem um sorriso bonito.

Engasguei com o cuscuz e comecei a tossir com a mão na boca.

Eu não esperava um elogio vindo do Rômulo.

Não sei onde enfiar a minha cara depois disso.

— Bebe café. — ele me entregou um copo com um pouco de café e eu tomei.

Era outro copo, ou seja, ele colocou café pra mim.

É um dia de milagres.

— Obrigada. — consegui falar e a tosse parou. Tomei o café todinho para limpar a garganta.

— Isso tudo por causa do que eu disse?

— Pra quem tá acostumada a ouvir só coisa ruim… É de se assustar sim.

Ele ficou calado.

Ainda repetiu mesmo.

— Linda. A minha mãe mandou isso pra você. — o filho da vizinha apareceu na minha cozinha e me entregou uma bandejinha.

— E quem é você? — Rômulo o encarou.

— Sou filho da vizinha. — ele respondeu amigável.

— E se tiver algum paparazzi?

— Eles que lutem. — dei de ombros.

— Quem luta sou eu depois que sua bunda saí nos sites de fofoca.

— Eu não ligo. — saí na frente. — Coloca essa bolsa no carro. São outras roupas.

— Outras roupas desse tipo? Não né? — ele pegou a bolsa.

— Aí você só vai descobrir nos sites de fofoca. — sai na calçada rindo.

— Linda, já está indo? — minha vizinha perguntou.

— Já. Obrigada pela bandeja. Vou abrir quando estiver em casa. — eu falei sorrindo.— Devolvo a bandeja quando voltar.

— Apareça mais vezes. Não fique tantos dias sem vir pra casa não.

— Como estou trabalhando, só poderei vir nos fins de semana. Mas eu venho sim. — garanti sorrindo e depois de dar um tchau, tranquei a porta, entrei no carro e fomos embora. Levei a sacola das bandejas no meu colo.

No caminho eu percebi que o Rômulo estava o tempo todo olhando para as minhas pernas.

Cara de pau, viu!

— Para de olhar pra minhas pernas, Rômulo! — reclamei em alto e bom som.

— Que pernas o que? Eu não tô olhando pra suas pernas! Tô olhando é pra essa bandeja que a mulher te deu. Quero saber o que tem dentro ela. Você vai dividir comigo, não é?

— Oxe! Agora deu pra comilão foi?

— Eu tenho certeza de que ela deu pra nós dois.

— Eu não soube disso.

— Pois agora está sabendo.

— Quando você bebe fica muito falante, né? — comentei.

— Aham. Falo mesmo.

E eu que tenho que atuar…

@autora_nikole

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