O CEO sem coração Chegando na festa

RÔMULO
Ela está fazendo capricho.
Aposto que ela nem gostou desse vestido e eu implico mesmo porque estou no lugar de implicar.
Um decote enorme, um vestido minúsculo…
Eu não posso dizer que ela não está bonita. Está bonita de parar o trânsito. Mas o problema é o trânsito.
Pelas pessoas que conheço e que estarão nesta festa, vão ficar de olho no que não deve.
Quando chegamos na festa, tinha até um tapete vermelho, e novamente aquele monte de fofoqueiros e fotógrafos ali, esperando uma história.
— Nossa… — pelo visto ela ficou preocupada. — Acho que não vou sair daqui não.
— Ah, você vai sim.
— Mas tem um monte de fotógrafos e eu nem gosto de foto.
— Tivesse vindo de burca, mas veio assim, agora vai ter que sair do mesmo jeito. Eu não quero nem saber. — parei o carro bem na frente do tapete vermelho. — Abaixa o vestido para não mostrar o que não deve. — eu pedi estressado.
— Mas ele já está baixo. — ela arrumou novamente.
— Então eu vou sair primeiro e abro a porta pra você sair sem causar vexame. — tirei o cinto e ela assentiu.
Mal chegamos na festa e ela já está me dando trabalho.
Saí do carro e começaram a tirar fotos. Eu fui até a porta dela e abri o mínimo possível.
— Vê se sai com cuidado. — bloqueei o espaço aberto da porta.
— Como eu vou sair desse jeito? Não dá nem pra colocar o pé pra fora.
— Arg! — abri mais um pouco a porta e tentei ficar na frente o máximo que podia.
Ela saiu segurando a saia do vestido e parou de pé bem na minha frente. 5 cm de distância e me encarou inocente. — Prontinho.
Caramba… ela tá demais.
[•••]
LINDA
E ele para na minha frente e ainda fica me comendo com os olhos.
Eu fico morrendo de vergonha.
Parece até que ele tem outras
vai sair da frente? — empinei o nariz.
Cuidado com o que você fala. As pessoas lêem lábios por aqui. — ele deu um sorrisinho falso. — Vamos. — ele saiu da minha frente e todas as luzes vieram na minha direção.
Eu não sabia o que fazer. Quase pedi para o Rômulo voltar a ficar na minha frente.
Me afastei do carro e subi no tapete, então o Rômulo passou no meu lado e segurou a minha mão tão forte que eu pensei que seu plano era quebrar meus dedos.
Ele sempre procura um jeito de me machucar.
Os fotógrafos estavam pedindo fotos e eu achando que eles já tinham o bastante, então o Rômulo parou e eu também, ele soltou a minha mão (Finalmente. A coitada aliviou) e passou a mão pela minha cintura.
O tecido é tão fino que eu senti sua mão quente sobre a minha pele. Ele apertou e eu olhei para ele sem entender.
— Olha pra câmera, pra gente tirar a foto logo.
— Tá bom. Eu tentei fazer uma pose. No fim, eu só fiquei parada, segurando a alça da bolsa com um sorriso amigável.
Só durou alguns segundos e o Rômulo soltou a minha cintura e segurou a minha mão de novo.
Apertando de novo.
no prédio e um segurança olhou nossos nomes na lista. Disse que a festa era no 5° andar, então fomos para o
entramos só estava nós dois. Enquanto as portas não se fechavam, os fotógrafos tiravam as fotos, eu estava tensa. Muito tensa.
as portas se fecharam e eu pude relaxar.
Me lembra de nunca mais aceitar isso. — estiquei os dedos da mão que ele estava segurando. — Solta a minha mão,
Ele soltou.
acho que quebrou algum dedo. — eu analisei. As pontas dos dedos estavam roxas. — É só segurar, não apertar! Parece que está com medo que alguém
Eu não! Essa é a minha força normal.
eu não quero nem saber como é a força
não fala nenhuma besteira. Eu não brinquei quando disse que as pessoas fazem leitura labial por aqui.
você quer que eu fale em