O CEO sem coração romance Capítulo 65

LINDA

Eu não sabia que eu precisava de tanto até chegar naquele salão.

Eles falaram que fariam tanta coisa comigo que eu me senti a pessoa mais feia do mundo por precisar de tanto.

Com tanta coisa eu fiquei pensando que vou precisar de uma plaquinha com "eu sou a Linda" para que quando o Rômulo vier me buscar possa me reconhecer.

Eles arrumaram os meus cabelos, fizeram as minhas unhas, depilação a cera (sofri e não deixei mexer na minha preciosa não!), sobrancelhas, buço, limpeza de pele, só faltou chamar um dentista para fazer clareamento nos meus dentes.

Isso tudo envolvia uns 10 profissionais e todos estavam bem empolgados em trabalhar para mim.

Eles acham que o Rômulo é o homem dos sonhos e acham que eu sou sortuda.

Tinha um que era gay. A gente já sabe que quando é daquelas bichas vai soltar perguntar cabulosa.

— Eu sempre fico imaginando o conteúdo que aquele homem carrega entre as pernas. — ele comentou descaradamente e eu fiquei bastante constrangida. — Então, sortuda. Faz jus ao tamanho do homem?

Eu fiquei sem saber responder. O máximo que eu vi do Rômulo foi ele sem camisa ontem e eu já fiquei um pouco paralisada. A ruindade dele faz seus músculos definidos.

— Eu… — fiquei rindo. — Sou tímida para essas conversas.

— Mas conta aí, tem pegada?

Eu só peguei na mão dele até hoje.

Mas ele pegou na minha cintura no dia que vimos seu pai e foi aquela pegada que me arrastou de um canto para outro. Também já me pegou pela gola da roupa, pela goela e pelos cabelos.

— Digamos que sim.

E a pegada dele dói e traumatizada também.

Elas ficaram todas animadas. Eu só fico constrangida com esse tipo de conversa.

E eles ficaram perguntando mais e mais coisas. Eu só respondi o que podia.

— Esses machos que são assim muito bem sérios gostam de garotas mais tímidas. É por isso que a linda aqui fisgou o boy. Eles têm fetiche por meninas mais quietas, com cara de virgem.

Eu tenho cara de virgem?

Não só a cara.

Quando estava toda maquiada, olhei no espelho e até que me reconheci. Eu pedi para não colocarem muita maquiagem. Me ouviram.

— Só realçamos a sua beleza. — a maquiadora falou.

Nossa, mas souberam realçar. Eu fiquei me namorando na frente do espelho.

— Só quero ver a cara do milionário quando ver a namorada assim. — o stylist comentou.

Eu nem ligo para a opinião do Rômulo.

— Vamos ver a roupa. — me animei.

Eles trouxeram três opções.

A primeira era um vestido preto, midi, cravejado de pedras brilhantes, com uma manga só do lado esquerdo, gola alta e uma fenda até metade da coxa do lado direito. Ficou bem bonito no meu corpo, mas eu queria experimentar as outras.

A segunda opção era um vestido longo, dourado e brilhante, com uma fenda transpassada, decote transpassado, ombro a ombro. Ficou bonito em mim, mas é muito estilo madrinha de casamento.

Fui para o terceiro.

Esse era pura provocação.

Curto, na cor bege, dá a impressão de ser transparente, todo em pedraria, de mangas, com franjas de pedras nele todo e um decote enorme em V.

Eu vesti já usando a sandália.

— Gostou desse?

— Gostei. — parei em frente ao espelho. — Mas é muito decotado, né? Eu não tô acostumada. O cumprimento também. É bem curto. Mas o que mais me incomoda é o decote.

Ele era transparente do umbigo para cima. Não tinha forro, só o tecido, a pedraria e os bojos. Do umbigo para baixo tinha o forró.

— Esse ficou lindo. Você está poderosíssima. Podemos fazer um rabo de cavalo e vai matar todos do coração. É tendência o decote.

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