O CEO sem coração romance Capítulo 96

RÔMULO

— … e está melhor do que nunca. Lembrando que ontem você teve uma reação alergia. Hoje era para estar abatido. Mas que cara fica abatido ao lado da Linda, não é? Olha só eu.

Eu o encarei com as sobrancelhas juntas. — O que bebe está insinuando?

— Que a Linda também alegra o meu dia.

— Mas ela não é paga para isso. É para ser a sua assistente. A única pessoa que ela deve fazer feliz sou eu. O namorado dela.

— Eita que esse meu amigo demorou pra ter uma namorada, mas é um ciúmes… Onde você achou essa não tem outra não?

— Tenho certeza que não. E os ciúmes que eu sinto, que você diz que eu sinto, é normal. Você não sente o mesmo pela Maria Clara não? Ah, o seu rolo com ela é só um rolo mesmo.

— Eu queria sentir algo, mas ela não deixa. Sempre que ela está calada eu fico a observando, nua nos meus braços…

— Sem detalhes, por favor.

—... Em meus braços, calada, e eu a acho tão bonita que quase me apaixono. Aí ela me pergunta uma coisa abominável e acaba com qualquer chance de um sentimento bom nascer e eu lembro que a foda é boa e devo continuar e não manda-la para a puta que a pariu.

— Romântico. Inspirador. — fiquei admirado.

Ele deu uma gargalhada. — Ah, Rômulo. Eu tô feliz por você. De verdade. Não te vejo assim a tempo.

Ele tem na cabeça que nosso namoro é real desde sempre, então acho que não custa nada eu ser sincero e dizer o que um cara que namora de verdade diria. Ele não sabe que antes eu a odiava e toda a briga por trás da gente.

— Eu não sei como isso aconteceu, Gustavo. Parece que foi natural. Ela e eu… nós batemos muito de frente. Ela nunca abaixa a cabeça pra mim e isso me deixa louco e também me faz admirá-la por ser tão corajosa.

— É. Realmente, ela é bem corajosa. Fale mais.

— No começo eu achei que não iria acontecer nada, mas depois do primeiro beijo eu me perdi em toda a história.

— Também, um cara possessivo como você descobre que foi o primeiro em tudo com a garota é como música para os ouvidos. É como dizer; agora você pode exagerar. Tirou a sorte grande.

— Eu sei o quanto sou bom, eu me garanto, mas cheguei a pensar que talvez eu não seja o cara com quem ela deveria ter essas experiências. Também não imagino outra pessoa. — desabafei.

É a primeira vez que toco nesse assunto com alguém. Como o Gustavo pensa que já sou apaixonado por ela desde que a trouxe aqui pela primeira vez, ele não vai me julgar, visto que já esperava essas coisas que eu disse. Eu não sou muito de me abrir.

— Se não é você, é você. — ele riu. — Só faz a garota feliz que tudo o que já rolou vai valer a pena.

Eu balancei a cabeça. — Você tem razão.

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