O CEO sem coração romance Capítulo 132

LINDA

Depois das fotos com o Rômulo e com o Rodrigo, nós entramos na casa dele. Estava tudo bem mais chamativo do que me lembro ter visto ontem. Tudo muito bonito e tinha muitos convidados ali. Pessoas tão educadas e elegantes que me intimidaram.

Tem pessoas que se intimidam com gente bonita, com gente que fala alto, com gente que mostra que sabe mais do que todo mundo, que se mostra líder e corajoso. Sabe o que me intimida? Gente quieta. Eles me intimidam porque geralmente são bem inteligentes e não perdem tempo tentando provar isso para ninguém, discutindo com ninguém, chamando a atenção de ninguém. Eles ficam na deles e eu me pergunto: será que estou fazendo algo de errado na frente deles? Fico realmente intimidada.

E essas pessoas me intimidaram.

O Rômulo me levou para apresentar a todos os que eu não conhecia e cumprimentar os que já conhecia. Eu fiquei um pouco tímida no começo, ainda mais com os elogios que recebi sobre a minha beleza, mas depois eu fui me acostumando.

Depois de cumprimentar todas as pessoas que já estavam na festa, nós ficamos perto da entrada, para cumprimentar os que estavam chegando.

O Rômulo conhece muita gente.

Fiquei tensa com todos que chegaram até o meu chefe chegar.

Aí eu relaxei.

— Meu Deus, como você está bonita, Linda! — ele me comprimentou.

Eu não sei o que o Rômulo tem na cabeça, mas ele não aguenta ver nenhum solteiro me elogiando que já torce o bico. Até para o melhor amigo e para o irmão!

Rômulo é bem ciumento.

— Olha só! — Rodrigo apareceu e cumprimentou o Gustavo com um abraço.

Eles dois pareciam dois amigos sem noção.

— Acho que você perdeu seu melhor amigo, Rômulo. — comentei com ele.

— Eu vou roubar o amigo dele também. — ele comentou, segurando na minha mão e então a beijou e olhou para mim. — Vai dormir aqui, não é?

Eu ri. — Você está muito mal acostumado.

— Tô mesmo. — passou a mão pela minha cintura e beijou a minha boca. Só um selinho.

— O que eu preciso fazer para ter você por tempo integral? Pedir em casamento? Eu resolvo isso rápido.

— Se for rápido eu vou achar que é desespero.

Ele sorriu. — Eu quero ter você todo dia perto de mim. — beijou a minha bochecha.

— Casalzinho meloso… — Rodrigo comentou. — Vamos tomar uma, Gustavo. Vai arrematar alguma coisa hoje?

— Tem mulher?

— Quem dera.

— Se você quiser arrematar qualquer uma delas, não se preocupe com o valor. Eu pago.

— Mas de jeito nenhum! Todo mundo já está careca de saber que eu sou pobre. Não vou arrematar nada. A única coisa que eu quero levar daqui são os docinhos. — eu peguei um ali do centro da mesa e coloquei na minha boca. Ele ficou rindo de mim.

O Gustavo estava dando lances! Ele é rico mesmo. Eu achei que ele tinha dinheiro, mas não para comprar esse tipo de coisa. Ele tava lá, dando seus lances. O Rodrigo não. Ele não iria gastar dinheiro no lugar que ele tá trabalhando, mas estava bebendo e eu estava tentando não beber muito rápido para não ficar bêbada e passar vergonha na frente das pessoas ricas.

Demorou muito tempo até o leilão acabar e então a festa propriamente dita começou.

Durante o leilão, nós jantamos. O jantar era muito bom. Tinha coisas ruins, eu não vou mentir, mas tinha muita coisa boa também. E aí quando o leilão passou, começou a música e as pessoas começaram a beber, mas ninguém estava dançando.

A música era muito elegante. Aquelas musiquinha que toca em restaurante rico, no piano, sabe? Eu sou mais a playlist da C&A, que é mais animada, mas não era essa não.

As pessoas só ficavam ouvindo a música baixinha e dava para conversar, já que eles falam bem baixo.

O pai do Rômulo arrematou duas coisas bem caras. Ele gastou uns 150 mil reais nessas coisas. O que mais as pessoas pagavam caro era nos relógios. Parece que são relógios de marca muito boa, então eles realmente se esforçaram para arrematar. Era muita gente brigando para ter um relógio desses, ainda mais que eles sabem que são relógios novos, que nunca foram usados.

Estava tudo muito bom. Estávamos bebendo, eu estava rindo ao lado do Rodrigo, até que um segurança entrou e falou com o Rodrigo.

O Rodrigo ficou bem sério enquanto o rapaz falava no seu ouvido. Ele juntou as sobrancelhas e olhou para fora, depois olhou para o Rômulo e aí eu fiquei preocupada. Me deu um frio na barriga na hora. Ele balançou a cabeça e disse para esperarem lá fora. Só isso e então ele se virou para o Rômulo.

— O que está acontecendo? — o Rômulo logo perguntou.

— Parece que a polícia estava lá fora. E está procurando por você, Rômulo.