O CEO sem coração romance Capítulo 17

LINDA

Acordei no quarto. 

Eu ainda estou na casa dele. 

O que fizeram? O que disseram a polícia para que me deixassem aqui?

Se ele me odeia tanto quanto eu o odeio, por que não me deixa ir?

Eu não me lembro de mais nada além do rosto dele na minha frente. 

O que esse monstro inventou? Como ele conseguiu enganar a polícia?

Quem eram aquelas pessoas?

Aquele rapaz é o irmão dele?

Quem era aquela mulher? Seria a sua mãe?

Esse monstro tem família?

Eu estou confusa. São muitas perguntas e ninguém para me responder. 

Não entrava luz de fora. Estava tudo apagado. Eu olhei pela fechadura. 

Já deve ser tarde. Todos devem estar dormindo. 

Eu vou sair daqui hoje mesmo. 

Liguei a luz e peguei o garfo debaixo do colchão. 

O meu plano é sair da casa, pular os muros. Eu aposto que não tem segurança a noite. Não é possível que eles vão ficar 24 horas naqueles portões!  

Depois que passar dos muros eu vou até a polícia e direi tudo. Vou contar com detalhes tudo o que ele fez. 

Entortei um dos dentes do garfo e tentei arrastar a trava. Fui deslizando e deslizando o dente pela parte que estava dentro da fechadura e ouvi ela escorregando. 

Forcei até que os dentes entrassem dentro da caixinha onde fica a trava, para o empurrar para fora e fui forçando. Me cansei. Parei um instante e descansei, mas não desisti. Eu não vou passar mais uma noite nesta casa. Não vou ficar debaixo do teto deste homem nem mais um dia. Eu quero que ele pague e quero minha liberdade. 

Continuei forçando até que consegui. 

A trava se abriu e eu levantei com um sorriso animado e abri a porta. 

Quando eu abri a porta, o meu sorriso se desmanchou com o homem que estava ali parado. Era ele. Ele estava do outro lado da porta. 

— Então manda. Vai. Já matou o meu pai, agora me mata. Seu covarde. Tão podre que não pode deixar que ninguém saiba quem você é de verdade. 

Ele soltou meu rosto ainda furioso e avançou para cima de mim. Desta vez eu dei passos para trás até que me encostei numa parede e ele colocou suas mãos dos dois lados da superfície, me deixando encurralada. — Você dobra a sua língua pra falar de mim. 

— Eu não estou mentindo. É isso que te incomoda, não é? Seu monstro. 

— Eu ainda não te mostrei o monstro que há em mim. — ele colocou a sua mão em meu pescoço e começou a apertar, me sufocando. Comecei a ficar sem ar agoniada. — Isso é só com uma mão. Imagina o que posso fazer com as duas? — ele colocou a outra mão e apertou com as duas. 

A minha visão começou a escurecer, eu estava sem ar e agoniada. Balançava meus braços, minha pernas. 

Ele estava mesmo tentando me matar. Estava disposto a isso e nessa hora eu senti medo. Muito medo dele. 

Então ele me soltou e eu comecei a tossir e fiquei com taquicardia e taquipnéia. 

Respirava muito rápido.

— A polícia virá aqui e você vai dizer tudo o que tem neste papel quando eles chegarem. Caso contrário, eu não soltarei seu pescoço até que esteja morta da próxima vez. — ele se afastou e largou uma folha no chão. Eu fiquei de cócoras, encostada na parede, ainda recuperando o ar enquanto ouvia a porta sendo trancada novamente. Até o garfo ele levou. 

Maldito. 

Ele é um monstro. Um homem sem coração.