RÔMULO
Ao menos os meus empregados foram rápidos em alguma coisa. Eles arranjaram o que precisava para vestir aquela criatura que está me infernizando nessa dias para que quando a polícia chegar, eles não desconfiem que nada do que nós falamos ontem era mentira.
A minha mãe e meu irmão foram ontem mesmo embora. Eles não entendiam o meu lado. Eu nem me importo com o que eles pensam. A verdade é que estou fazendo o que é preciso para livrar o meu nome.
Eu não acredito que a minha mãe caiu nesta história. Ela acreditou mesmo que eu namorava aquela maltrapilha!
Golpista, ainda por cima.
Eu não estou louco.
Pra começo de conversa, eu não namoro com ninguém. Ninguém me agrada. Ninguém é suficiente para mim.
Eu nem sei o que quero numa mulher.
Os envolvimentos que tive quando era mais jovem foram coisas fúteis, raras. Sempre ficava e depois dava adeus. Nunca assumi ninguém e também não quero ser como o meu pai, que casou com a minha mãe, teve filhos e faz todo mundo sofrer.
Eu não quero ser como ele nunca.
A noite foi mais uma vez péssima. Toda hora o rosto daquela garota vinha na minha cabeça. Ela brigando comigo ou ela tendo medo de mim.
Com certeza que ontem a noite ela deve ter se abalado comigo. Os olhos de medo dela... Finalmente eu fiz essa garota estremecer.
Isso é um pouco do gosto da vitória. É assim que eu gosto. Que as pessoas tenham medo de mim.
Agora estou tomando o meu café da manhã e espero que ela esteja fazendo tudo o que eu mandei.
A qualquer hora a polícia pode chegar e eu não quero que eles suspeitei que estou mantendo uma garota presa aqui e a ameaçando.
É a primeira vez que faço isso. É uma atitude desesperada minha. Eu não podia deixar que ela estragasse tudo. Foi uma cascata de desgraças. Uma após a outra.
Ela só precisa assinar o documento que eu a deixo ir.
— Senhor. — Sérgio apareceu na sala de jantar. — Ela já está tomando o café.
— E se arrumou?
— Sim. — ele respondeu com um sorriso admirado.
— O que tem? A roupa não serviu, que você tá rindo?
— Não senhor.
— Então o que é?
— O senhor vai ver quando ela aparecer.
Sérgio já deve ter ficado deslumbrado com a maltrapilha limpa.
Continuei o meu café. — Quando a polícia aparecer, você deve ir buscá-la logo. Quanto mais rápido isso melhor. Quero passar o meu sábado descansando.
— Sim, Senhor. Lembre-se que amanhã haverá um coquetel na empresa de um de seus acionistas. O convite está na sua mesa de escritório.
— É verdade. Eu vi na semana passada, mas hoje eu nem me lembrava mais. Vou comparecer sim.
Espero que amanhã essa garota já não esteja mais aqui.
Enquanto eu tomava o café, a campainha tocou.
Engoli o resto do café que tinha na xícara e levantei. Sérgio se apressou para abrir a porta e eu fui logo atrás.
Será a polícia? Tão cedo assim?
Olhei no meu relógio. Eram 8:45.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO sem coração
Foi maravilhoso esse livro...
Oh meu pai estou chorando 😭😭 aqui coração partido💔, ainda bem que ele se arrependeu , erra e humano,e ter consciência de que errou nos torna super-humano!!!...
Gente Amando esse dois hehehe, que pérola 🦪 e essa história 😍...
Eita lasqueira, hehehe 😁😁...
Mal sabe ela que daqui alguns capítulos estará completamente a mercê do monstro gostosão 🫦...
Coloquem mais capítulos,por favor...
Delícia de livro, adorei...