O CEO sem coração romance Capítulo 77

LINDA

Acordei me sentindo péssima, pra variar. Quando abri os olhos vi o Rômulo mexendo do meu guarda-roupas de novo.

— O que tanto você mexe aí, hein?

Ele olhou pra mim. — Só tô procurando uma coisa.

— Pois pare. É o meu guarda-roupas. — avisei e fechei os olhos de novo. Ainda estava sonolenta, então resolvi dormir mais um pouco.

A campainha tocou, mas eu não levantei.

Um tempo depois ouvi uma conversa.

— Bom dia.

— Bom dia.

— Eu vim saber como a Linda está.

— Ela está bem.

— Posso vê-la?

— Melhor não. Ela ainda está dormindo.

Comecei a tomar consciência da conversa.

O Rômulo dormiu aqui mesmo e está sendo rude como de costume.

Sentei na cama e a minha cabeça estava latejando. Levantei devagar e fui para o banheiro. Lavei meu rosto e assoei o nariz. Me olhando no espelho me vejo tão feia.

E descabelada.

Lavei o rosto, escovei os dentes e penteei os cabelos. Melhorou, mas não foi muito.

Esvaziei a bexiga e saí do banheiro. O Rômulo estava com uma xícara. Estava com a roupa de ontem. Roupa social. Ele olhou pra mim e deu um longo suspiro. — O seu vizinho estava te procurando. — ele colocou a xícara em cima do criado mudo.

— E você o expulsou, foi?

— Não. Eu disse que você estava dormindo. Você estava dormindo quando saí daqui.

Eu olhei para a cama. Tinha no mínimo 3 cobertores. Ele dormiu mesmo na cama comigo. Eu achei que tinha sido um delírio.

Que vergonha. Dormi com uma pessoa que nem tem intimidade comigo.

— Acho que você já pode ir. — eu fui arrumar a cama. E a cabeça latejando.

— Então arruma as suas coisas.

— Por que?

— Porque você também vai. — ele saiu do quarto.

— Como? Eu não vou não. Quem decidiu isso? — sonhei o cobertor e fui atrás dele.

— Eu decidi. Não vou te deixar aqui sozinha.

— Eu sei me virar sozinha e se eu me sentir muito mal tem um médico do lado.

— Mas de jeito nenhum que eu vou te deixar aqui com esse cara. Eu sou seu namorado, não lembra? E eu não quero rumores de que você está me traindo com o vizinho médico.

— Rômulo, eu tô doente. Sem condições disso!

— As intenções dele não parecem as mesmas que as suas. E não pega bem pra mim te deixar aqui doente sozinha, não é! — ele colocou água num copo.

— Tá bancando o bom samaritano? — cruzei meus braços.

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