LINDA
Passar o dia de sábado na casa do Rômulo não foi tão ruim. Eu passei o dia todo assistindo séries e tomei os remédios na hora certa. Tudo passou tão rápido!
Ainda comi as coisas boas que eles oferecem ali. As funcionárias do Rômulo são bem gentis comigo, tirando a parte de que querem me chamar de "Sra". Eu não sou a Sra de ninguém.
O Rômulo estava lá, no escritório dele ou fazendo sei lá o que. Eu não o vi fora das horas das refeições. Dormi cedo e no domingo já estava me sentindo quase curada. Também, depois de tantos remédios!
Levantei cedo e tomei um bom banho, depois eu fui tomar o café da manhã e encontrei o meu suposto namorado na sala. Ele estava lendo o jornal. Estava de moletom e com os cabelos molhados.
Com o jornal na frente do rosto foi só isso que eu vi.
— Bom dia pra você também. — ele falou.
— Como detectou a minha presença? — perguntei um pouco assustada.
Ele abaixou o jornal. — Pelos passos.
Já conhece meus passos?
Agora estou com medo.
— Cada dia que se passa você fica mais estranho. — eu fui para a sala de jantar fazendo careta pra ele e uma das empregadas ficou rindo enquanto colocava uma bandeja na mesa.
Eles acha engraçado o jeito como eu falo com ele.
Mas ele pede os coices. Merece.
Eu nem sei como foi que passamos de inimigos declarados para conviventes debochados.
Antes de sentar numa cadeira para tomar o meu café da manhã, meu telefone tocou e eu atendi.
Era o meu vizinho. O Juliano.
— Oi, Juliano. Bom dia!
— Oi, Linda. Bom dia. Como está da virose?
— Bem melhor. Tomei aqueles remédios direitinho. Não sinto mais nada além do resfriado.
— Isso é muito bom. Reparei um silêncio na sua casa. Ainda está na casa do seu namorado?
— É. Estou na casa dele, mas volto hoje a noite.
O Rômulo apareceu na sala de jantar e se encostou na mesa, de braços cruzados, me analisando com os músculos da testa contraídos.
— Certo. Perguntei porque eu posso te examinar novamente para ver se está tudo bem mesmo.
— Quando eu estiver aí te aviso.
— Fechado. Ótimo domingo.
— Pra você também. — eu dei um leve sorriso e depois ele desligou.
Sentei na mesa e o Rômulo continuou me encarando naquela pose.
— O que foi? — perguntei logo.
— Você está combinando de se encontrar com outra pessoa? — especulou.
— Não. Eu só estava falando com meu vizinho. Ele ligou pra perguntar se eu já estava melhor. Disse que quando eu voltar vai me examinar. Então eu disse que estarei em casa a noite.
Ele balançou a cabeça em negação. — Você precisa mesmo pesquisar sobre como funcionam os relacionamentos. Dia de domingo, principalmente à noite, você está acompanhada do namorado.
— Eu não sabia disso. — fui sincera. — Eu já passei o sábado aqui e você estava na minha casa na sexta a noite, então já conta como dois domingos.
— Não mesmo. Você vai ficar aqui ou eu vou para a sua casa, para não ferrar com o que a gente aparenta ter.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO sem coração
Foi maravilhoso esse livro...
Oh meu pai estou chorando 😭😭 aqui coração partido💔, ainda bem que ele se arrependeu , erra e humano,e ter consciência de que errou nos torna super-humano!!!...
Gente Amando esse dois hehehe, que pérola 🦪 e essa história 😍...
Eita lasqueira, hehehe 😁😁...
Mal sabe ela que daqui alguns capítulos estará completamente a mercê do monstro gostosão 🫦...
Coloquem mais capítulos,por favor...
Delícia de livro, adorei...