LINDA
Abri a porta sorrateiramente e olhei para fora. O Sérgio estava por ali.
— Ele já foi? — perguntei baixinho.
— Sim, Srta. — ele respondeu e ficou rindo de mim.
— Ótimo. — eu comemorei constrangida.
Eu não vou conseguir encarar o Rômulo nunca mais depois de ontem.
Queria poder colocar a culpa na bebida, mas ninguém bebeu nada além de refrigerante!
Aquela conversa, aquele beijo…
A gente se beijou. Um beijão de verdade e que tinha vontade da parte dos dois.
Foi bom. Foi gostoso. Foi único.
E foi do Rômulo.
Não. Eu não posso gostar dele. Ele me machucou. Ele me pegou pelas goelas e me jogou no chão. Ele me ameaçou de morte com as próprias mãos.
Como eu posso gostar de uma pessoa assim?
É errado. É contra a lógica.
Mas parece que ele mudou.
Será que ele mudou de verdade? Será que ele só foi ruim naquele momento?
Ele cuidou de mim quando eu estava doente. Ele nem tinha obrigação. Ele trouxe as coisas do meu pai e me deu esse presente.
Mas eu não deveria estar procurando motivos para gostar dele. Para achar ele bom.
Ele é mal e eu sou boa. A gente não dá certo. Nunca daria certo.
Eu tomei o café da manhã e fui embora a pé mesmo.
Fui refletindo e roubei a senha da Netflix dele também.
[•••]
TERÇA-FEIRA
Eu já tinha sarado da virose.
Era dia de voltar ao trabalho e eu estava preocupada era com a minha ida. Afinal, eu vou com ele.
Coloquei um vestido justo, num azul ciano e modelei as pontas dos meus cabelos. Passei um rímel, arrumei a sobrancelha e passei um batom próximo ao tom da minha boca.
A foto do meu pai estava comigo, no colar.
Me perfumei e saí com a minha bolsa.
Meu telefone tocou assim que eu saí do elevador.
— Você está atrasada 15 minutos. — Rômulo disse e eu saí do prédio. Ele não estava lá para abrir a porta.
Parece que o cavalheirismo acabou.
Abri a porta e entrei no carro.
Ele tirou o celular do ouvido, me encarou e suas sobrancelhas se ergueram.
— O que é? — eu me endireitei no banco e coloquei o cinto de segurança.
— Nada. — ele olhou para a frente e eu já estava fazendo isso desde que cheguei. Mas ele não ficou olhando pra frente por muito tempo. Pouco depois estava me observando de novo. — Reunião importante?
— Não. Por que?
— Tá toda maquiada.
— Eu sempre ando assim. E eu nem tô maquiada. É só rímel e batom.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O CEO sem coração
Foi maravilhoso esse livro...
Oh meu pai estou chorando 😭😭 aqui coração partido💔, ainda bem que ele se arrependeu , erra e humano,e ter consciência de que errou nos torna super-humano!!!...
Gente Amando esse dois hehehe, que pérola 🦪 e essa história 😍...
Eita lasqueira, hehehe 😁😁...
Mal sabe ela que daqui alguns capítulos estará completamente a mercê do monstro gostosão 🫦...
Coloquem mais capítulos,por favor...
Delícia de livro, adorei...