O Duque que me amava - Série Capman's, Livro 1 romance Capítulo 20

Charlotte sentia os dedos de Lucian fazendo carícias em espirais em suas costas, ao passo que sua cabeça repousava confortavelmente sob o peito dele, ouvindo o respirar profundo e vagaroso do homem, sentindo o calor de sua pele nua irradiando por todo seu corpo. Seus corpos estavam colados um no outro num emaranhado de suor, desejo e cansaço, mas ela ainda podia sentir os beijos, os toques, ainda podia sentir o prazer percorrendo seu corpo como ondas elétricas.

Tudo ainda era muito vivo em sua memória e em sua pele.

Ela nunca havia sentido aquilo, jamais havia se sentindo tão amada, jamais havia sentido todas aquelas sensações que deixavam sua pele quente e suas pernas trêmulas, nunca havia conhecido o prazer daquela forma e, segundo Lucian, aquele não era nem o começo de tudo o que ele queria mostrar a ela.

Só de imaginar o que estava por vir a ruiva sentia suas bochechas ruborizarem.

— No que está pensando? — a voz rouca de Lucian ecoou pelo quarto, arrastada, vagarosa.

Ele estava tão imerso naquele momento quanto a jovem Capman, o Duque se sentia no paraíso, um paraíso somente seu, seu pequeno pedaço do céu. Jamais havia sentido algo assim por mulher alguma, a cada gemido, a cada pedido necessitado dela, ele se sentia o homem mais sortudo desta terra e prometia a si mesmo que nunca a deixaria ir, a não ser que ela quisesse.

— Em como vou explicar todo o barulho que fizemos para as meninas no andar debaixo — Charlotte falou, escondendo o rosto envergonhado no peito largo dele, ouvindo a gargalhada gostosa que o Duque tinha tomar todo quarto.

Apesar de envergonhada, ela não se importava com o barulho, tão pouco com o que poderiam pensar, nada invalidaria o momento maravilhoso que compartilharam e, se morresse naquele instante morreria feliz e satisfeita por ter sido amada daquela forma ao menos uma vez na vida.

— Não tem nada para explicar, isso dispensa qualquer explicação — ele falou, com um tom malicioso, recebendo um tapa fraco no peito que o fez rir mais uma vez. — Deveria vir comigo até a casa principal… Depois do que fizemos hoje, não seria um homem honrado se, ainda esta tarde, não comunicasse minhas intenções de casar-me com você ao seu pai.

A fala dele ficou no ar por alguns minutos enquanto a ruiva pensava. Não sabia se estava pronta para enfrentar a ira de sua mãe, ou seus olhares de julgamento e desprezo. Não tinha certeza se queria estragar um momento como aquele, mas também tinha plena consciência de que não poderia se esconder de Judith para sempre, que agora não estava mais sozinha. Mas, além de sua progenitora, havia ainda sua irmã, que claramente tinha esperanças em se casar com o homem com quem havia feito amor há instantes atrás, havia a sociedade que certamente reviveria o escândalo de meses atrás e a massacraria novamente. Eram muitos contras, mas, apesar de assustada, estava disposta a lutar contra tudo e todos por ele.

Não sacrificaria sua felicidade pelos caprichos da mãe, nem de ninguém, não mais uma vez.

— Tem certeza? — ela perguntou, erguendo o rosto e apoiando os braços no peito do Duque, o olhando com duvida. — As coisas não são tão simples quanto você faz parecer…

— E por que não podem ser? — Lucian perguntou, segurando o rosto dela com uma das mãos. — As coisas podem ser simples, vamos nos casar, é você quem eu quero e não mudarei de ideia para satisfazer sua mãe, Charlotte, você também deveria para de tentar agradar Judith em tudo.

A fala dele foi um tanto quanto rude, apesar de não o fazer com a intenção de machucá-la, mas ver que a mulher que amava abdicar de tanto para satisfazer uma mulher que sequer a valorizava como deveria, lhe partia o coração.

Apesar de sentir certa dor ao ouvir aquelas palavras, Charlotte sabia que ele estava certo, ela sabia que não deveria tentar tanto agradar a Judith, estava sob a proteção do Duque agora, o que sua mãe poderia lhe fazer além de lhe lançar olhares tortos?

Então, sorrindo levemente para Lucian, ela se sentou na cama, jogando os cabelos para trás e dando a ele a visão perfeita da sua pele desnuda banhada pelos raios do sol. Vendo-a dessa forma era impossível não tocá-la, desse modo, seus dedos fizeram um lento percurso pela lateral do corpo da ruiva, alcançando-lhe os seios num toque singelo, numa carícia lenta.

— Tem razão… Eu irei com você — respondeu, vendo-o sorrir alegremente e puxá-la para um beijo apaixonado.

Enquanto o casal aproveitava todo o romance que os banhava naquele fim de manhã, na casa principal, Judith Capman tomava a frente da organização do jantar que seria celebrado na noite seguinte, onde haveriam vários convidados importantes.

Ela ainda não se confirmava com as palavras de Brista, muito menos com a proximidade do Duque para com Charlotte, afinal, todos sabiam que ele a havia consolado na noite do baile, que havia lhe cedido o ombro para chorar e feito sabe-se lá Deus o que, já que todas as damas notaram como a Lady Capman havia retornado corada e bastante alegre do jardim.

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