O Duque que me amava - Série Capman's, Livro 1 romance Capítulo 22

Resumo de Capítulo 21: O Duque que me amava - Série Capman's, Livro 1

Resumo do capítulo Capítulo 21 do livro O Duque que me amava - Série Capman's, Livro 1 de Hellen Heveny

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 21, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance O Duque que me amava - Série Capman's, Livro 1. Com a escrita envolvente de Hellen Heveny , esta obra-prima do gênero Erótico continua a emocionar e surpreender a cada página.

Quando o dia amanheceu, todas as coisas de Charlotte já haviam sido levadas para seu quarto antigo, suas amigas já haviam sido realocadas para a casa central e, mais uma vez, mesmo contra a vontade de sua mãe, ela estava de volta a seu lar, de onde jamais deveria ter saido.

Marcel, apesar de muito satisfeito, tinha um pressentimento estranho de que algo estava errado, sentia que havia algo prestes a acontecer, no entanto, não deu atenção ao estranho sentimento, afinal, a paz reinava na residência dos Capman e até Judith parecia mais bem disposta naquela manhã.

— Marcel — Lucian chamou, pouco depois de sair de seus aposentos, sentia o coração acelerado e uma sensação de urgência desde a noite anterior.

Queria, não, aquilo era mais que um querer, ele precisava que os responsáveis por sua amada soubessem de suas intenções, precisava que o cortejo fosse oficializado para, tão logo lhe fosse permitido pelo pai de Charlotte, ele pudesse pedir a ela que lhe desse a honra de ser sua pela eternidade de suas almas.

— Duque! Acordado tão cedo? — perguntou Marcel.

O Capman mais velho não havia conseguido dormir bem, não depois de notar sua mãe chegando a cavalo pouco depois do jantar do qual não participara por, supostamente, estar indisposta.

— Não tão cedo quanto gostaria — Lucian falou, suspirando levemente enquanto olhava para o rapaz que tinha pouco menos que sua idade. — Desejo ter uma conversa com você e com seu pai, o mais rápido possível.

Os olhos afiados de Marcel encararam Lucian com certa curiosidade e, percebendo como seu companheiro se encontrava nervoso, ele riu internamente. Mesmo sendo um homem vivido, Lucian parecia naquele momento um jovem apaixonado, nervoso e trêmulo diante da possibilidade de informar um homem que desejava desposar sua filha.

— Não se preocupe, meu bom amigo — Marcel falou, apoiando o braço direito nos ombros de Lucian. — Meu pai está no escritório e não atira com espingardas há muito tempo, certamente sairá vivo deste encontro.

O riso sonoro do seu futuro cunhado fez Lucian rir também, sabia que o irmão mais velho de Charlotte o apoiava, mas ouvi-lo falar sobre o possível pedido de forma tão bem humorada po tranquilizou, afinal, sabia que a palavra de Marcel teria um peso imensurável naquela decisão e também tinha consciência do quão protetor ele era para com suas irmãs, portanto, sentia-se honrado de ser digno de tamanha confiança.

— Vamos, não quero protelar esse momento — Lucian falou sorrindo para o amigo e seguindo com ele para o corredor que, pouco depois, levou-os até o escritório do patriarca dos Capman.

Enquanto os homens conversavam no escritório privado e Lucian declarava ao senhor Capman suas intenções, Charlotte, Brista e Chelsea terminavam de amarrar as fitas de seus vestidos e calçar seus sapatos para irem até a cidade.

— Tem certeza que vou poder comprar o que eu quiser? — perguntou Chelsea, girando levemente para observar a bela saia de seu vestido.

— Vamos comprar algumas fitas e encomendar novos vestidos, Marcel pediu que o fizéssemos ainda hoje — informou Brista sempre muito organizada, enquanto olhava-se no espelho. — Charlotte, bem que poderíamos ver tecidos para seu vestido de casamento, o que acha?

O tom de Brista era claramente malicioso e divertido, então, pouco depois da frase, o quarto foi preenchido pelos risos animados das três jovens, que desceram as escadas conversando aos cochichos, as três irmãs em sintonia.

Enquanto seguiam para fora, onde as duas empregadas, Dália e Annie, já as aguardavam para acompanhá-las na viagem, Judith observou o trio passar pela pequena saleta de entrada e seguir para fora sem sequer notar sua presença. A amargurada senhora Capman parecia mais disposta e gentil naquele dia, todos os empregados haviam notado a mudança de humor repentina, inclusive Annie, que sentia a desconfiança brotar em seu peito.

Quando chegaram à grande carruagem que as aguardava, as moças rumaram em direção ao centro comercial na companhia de suas damas, com quem tagarelaram por todo o caminho. Chelsea, a mais nova de todas, com seus 16 anos, ouvia com atenção tudo o que as mais velhas falavam e guardava para si o que achava interessante enquanto idealizava seu príncipe encantado. Brista, Charlotte, Dália e Annie intercalavam entre falar sobre o conde e sobre o príncipe, que havia anunciado que estava à procura de uma noiva há dias atrás.

— Certamente, muitas moças nobres estarão muito dispostas a se candidatar — comentou Brista, claramente insatisfeita. — Afinal, por que um príncipe olharia para uma moça sem títulos?

— Ele olha para você… Desde sempre — Charlotte comentou, fazendo os olhos claros de sua irmã se arregalaram e suas bochechas se tingirem de vermelho. — O que foi? Não diga que estou mentindo!

— Isso não é verdade — ela falou, mas não conseguiu refutar, lhe faltaram argumentos para convencer a sua irmã e as demais moças de que o príncipe não a olhava com outros olhos. — Parem de se iludir, eu estou bem consciente de que a realeza não é meu lugar.

—Se está dizendo — Charlotte provocou, com um riso leve. — Mas acho que você é muito melhor que qualquer uma dessas moças de alta estirpe, irmã.

As demais confirmaram enquanto Brista tentava convencê-las do contrário, no entanto, antes que ela conseguisse formular uma teoria inteligente o bastante que provasse que o príncipe precisava de uma esposa nobre, a carruagem parou próximo as lojas de tecidos e vestidos, numa praça cheia de pessoas e barraquinhas.

O centro comercial estava movimentado naquele dia, as pessoas iam e vinham aqui e ali, comerciantes vendiam seus tecidos, jóias e até frutas. Os olhos de Chelsea brilharam ao ver tamanho movimento, afinal, de todas as jovens Capman ela era a de menor experiencia social.

— Senhorita… Deixe-me ver sua mão!

Annie encarou Dália por um momento, pronta para interferir na estranha aproximação, no entanto, antes que o fizesse, Brista cutucou Charlotte copm um riso divertido.

— Oh, vocês são daquele povo vindo do Oriente! — ela disse, pegando a mão da irmã e entregando para a cigana. — Veja, irmã, dizem que eles preveem o futuro ao ler nossas mãos!

A cigana apenas riu, estava habituada a recepções como aquelas vindas dos ingleses mais jovens, visto que os mais velhos acreditavam que ela e seu povo eram a personificação de todo mal.

A senhorita Capman, ainda desconfiada, tirou a delicada luva e repousou a mão na mão da cigana, que sorriu ao ter a permissão. Não disse seu nome em momento algum, não lhe apetecia se apresentar, por mais que algo lhe dissesse que a veria mais uma vez. No momento em que seu olhar se conectou ao olhar da mulher de cabelos de fogo, sentiu em seu peito uma sensação de urgência e sempre foi muito religiosa e acreditava nos sinais de seus deuses, certamente, aquela mulher precisava de alguma direção.

Deslizou os dedos pela pele macia da jovem, vendo em suas linhas o sofrimento que ela já havia passado, o fardo que carregava e o peso da traição de um alguém muito próximo. Naquele momento, a misteriosa e bela mulher encarou os olhos esverdeados de Charlotte e suspirou, pressionando levemente os dedos nos dela.

— Senhorita… Cuidado com aqueles que sempre quiseram seu mal — sussurrou a cigana, vendo a jovem Capman recolher sua mão. — Às vezes, um gesto gentil e um abraço nada mais são que um disfarce para atos malignos.

— O que quer dizer com isso? — ela perguntou, preocupada, pondo sua luva de volta. —Qual seu nome?

—Zaíra, senhorita — apresentou-se a cigana, mantendo uma expressão um tanto quanto entristecida. — Mas certamente nos veremos de novo.

Então, sem maiores explicações, ela se foi, voltando para perto dos seus e deixando as mulheres assustadas, com uma sensação sombria tomando seus corações como se houvessem visto o pior dos presságios.

Mesmo sem ter conhecimento, mesmo sem, de fato, saber do que estava por vir, Charlotte sentia o peito pesado e pedia para os céus, para Deus, que não permitisse que o sofrimento chegasse até ela depois de ter encontrado o amor.

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