O estrangeiro romance Capítulo 35

Resumo de Capítulo 33: O estrangeiro

Resumo de Capítulo 33 – Capítulo essencial de O estrangeiro por Winnie_welley

O capítulo Capítulo 33 é um dos momentos mais intensos da obra O estrangeiro, escrita por Winnie_welley. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Voltando para minha realidade, sozinho em meu quarto eu estudei pelo resto do tempo que me faltava. Vasculhava alguns arquivos no meu notebook e der repente chegou uma mensagem para mim. Torci para não ser mais notícias da Alemanha ou do advogado, mas não, era Ashley. Estranhei por conta do horário mas abri a mensagem mesmo assim, ela pedia para eu encontrá-la no horário de almoço. Estranhei a mensagem repentina mas fiquei focado no que estava estudando, o dia seguinte seria cheio.

Na manhã seguinte acordei cedo, me preparei para mais um dia. Desci para tomar pelo menos um café, vi Donna já acordada, sentada na mesa com um cigarro nos dedos e o jornal em mãos.

Quando viu minha aproximação, ela rapidamente colocou seu cigarro no cinzeiro e abanou o ar por conta da fumaça.

— Bom dia senhor Lins. Vou preparar algo para você. — A sala de jantar inteira estava com cheio de cigarro e café, eu particularmente adorava.

— Não, não precisa. Eu só quero um café mesmo. — Me sentei a mesa e Donna foi até a cozinha pegar uma xícara para eu, voltou e me entregou.

— Desculpe pela fumaça logo de manhã.

— Tudo bem, não me incomodo nenhum pouco. — Digo servindo meu café.

— Eu não costumo fumar, mas é bom para relaxar, para espairecer nesses dias frios.

— Eu imagino, é bom. Eu tenho algo para falar. — Viro um gole de meu café. — Vou sair da pensão provavelmente essa semana.

— Ah, que pena. Sua saída seria pelas coisas que aconteceram?

— De modo algum, eu apenas quero um lugar só meu. Já passei mais tempo que o esperado aqui.

— Sendo assim, está bem. Espero que você se dê muito bem nesse novo lugar.

— Obrigado e vou lhe entregar o pagamento do mês assim que chegar da faculdade.

— Pelas coisas que aconteceram fica por conta da casa. É o mínimo que eu posso fazer. — Ela fala sorrindo. — Eu não sou assim, sempre.

— Do que está falando?

— De toda aquela situação. Para mim, Charlie sempre vai ser uma menininha. — Ela suspira e acende outro cigarro, assim me oferece o último que estava em sua carteira. Eu pego o mesmo e acendo com a ajuda de seu isqueiro. — Queria que sua infância fosse eterna. Era uma criança graciosa.

Eu via sinceridade em seus olhos. No meio de tudo, Donna era apenas uma mãe com medo do ninho vazio, ela amava Charlie.

— Não quero me meter na criação de sua filha, mas tendo em vista tudo o que aconteceu, o melhor a se fazer é instruir do que afrontar. — Solto toda a fumaça de meus pulmões e falo com calma pois não queria que ela levasse as coisas que falei a mal. — Digo por experiência, seja amiga de sua filha, não uma pessoa que ela ver como vilã.

— Sinto tanta falta de quando ela era criança. Era a menina dos meus olhos, mas bom, uma hora tem que crescer.

— Ela pode se tornar a mulher aos seus olhos, veja por esse lado. Charlie parece ser uma pessoa extraordinária. — Donna soltou a fumaça que estava em sua boca.

─ Tem razão, Lins.

─ Pode me chamar de Hunter.

Antes de ir para o estágio, passei no apartamento para assinar os papéis e resolver mais algumas coisas e lembrei que encontraria Ashley hoje. Segundo ela, era uma coisa muito importante, sendo assim, não vejo o porquê de não ouvi-la.

Após resolver alguns assuntos, eu finalmente fui para a faculdade. Era bem simples, e eu estava me envolvendo mais em coisas jurídicas. Parece que nasci para fazer aquilo.

Após horas, finalmente saí para o horário de almoço. O tempo ainda estava parcialmente nublado e melancólico, com ameaça de mais pancadas de chuva. Mandei mensagem para Ashley e fui até o restaurante mais próximo. Resolvi esperar antes de fazer o pedido, mas ela estava demorando. Olhei meu relógio e o tempo que tinha de almoço já estava quase esgotando, quando a avistei entrando no restaurante. Em suas mãos ela trazia um envelope Kraft, sua expressão era incomum. Eu acenei para que ela pudesse me ver, e a mesma caminhou até mim sentando a minha frente.

— Ainda não fez o pedido? — Perguntou colocando sua bolsa na cadeira ao lado.

— Não, esperei por você. Mas acho que vou ter que faltar uma aula. — Bebo a água estava no copo ao meu lado.

— Me desculpe pela demora. Tive alguns problemas e a chuva complicou tudo.

— Tudo bem, não é uma aula importante.

— Bem, podemos pedir então.

— Meu período está atrasado dois meses, eu não desconfiei porque sempre tive o fluxo bagunçado. Mas para ter certeza eu fiz um teste de farmácia, deu positivo e eu quis ter mais certeza. Está aí a prova, veja com seus próprios olhos.

Abro o envelope rapidamente e pelo o que dizia ali, era verdade. Positivo para gravidez.

— Não pode ser...

— Se quiser fazer um teste de paternidade, tudo bem. Mas seria uma coisa bem chata para nós, e o que eu ganharia mentindo?

— Não precisa, mas é uma notícia e tanto. Estou surpreso, isso você não pode queixar de mim. ─ Levo os dedos até as têmporas.

— E eu realmente não penso em aborto.

Respirei fundo e tentei me acalmar. Era muito notícia nova ao mesmo tempo.

— Ash... eu estou em choque. Isso muda tudo, minha vida aqui. Nem sei como reagir a essa notícia.

— Eu bem pensei que você não fosse gostar da ideia. Por isso vim já na esperança de apenas falar e ir embora. Você não é obrigado a assumir, não moralmente.

Ela esperava que eu fosse dizer mais algo, mas eu estava completamente pasmo. Ashley pegou sua bolsa e se levantou.

─ Eu já esperava por isso.

Caminhou até a saída do restaurante. Eu ainda estava tentando entender o que ela me disse, mas mesmo com tudo não iria deixar ela segurar toda a barra sozinha. Corri atrás a mesma e em meio a tempestade eu a encontrei em um ponto de ônibus com os olhos vermelhos. Segurei em seus braços e ela levantou seu olhar a altura do meu.

— Você acha que não está sendo difícil para mim? Eu tenho apenas vinte e dois anos, Hunter. Tinha muita coisa pela frente. Minha vida, meu corpo, tudo vai mudar.

— Não é o fim do seu mundo, eu estou aqui, vamos ter o nosso filho. E é claro que vou assumir meu filho, isso é importante para mim. Você não está sozinha.

Ela sorriu e limpou os olhos, eu a puxei para meus braços e a mesma retribuiu o abraço. Um filho... um filho mudaria tudo.

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