Resumo de Capítulo 35 – Uma virada em O estrangeiro de Winnie_welley
Capítulo 35 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O estrangeiro, escrito por Winnie_welley. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Antes que eu pudesse dar conta, Charlie me enfrentou com aqueles lindos olhos azuis. Fiquei nervoso ao ponto de nem saber o que responder, Maya fez parte da fase mais importante da minha vida. Se dissesse que não sentia mais nada, estaria mentindo, eu não quero engana-la, por mais que eu esteja escondendo algumas coisas, na minha cabeça era para a proteção da menina. Como iria contar para Charlie que daqui há meses eu seria pai? Esconder tudo isso dela me deixava mal, mas eu tinha medo de sua reação perante esses problemas adultos. Talvez ela não entendesse e ficasse magoada comigo, ou pior.
Pretendia contar o quanto antes, estou esperando mais tempo para ter certeza.
Finalmente um lugar somente meu, eu poderia fazer o que quisesse e andar como quisesse. Faltavam algumas coisas, mas já era o bastante para mim. Meus pais ficariam orgulhosos, com todas essas conquistas. Meu pai sempre dizia que eu não teria um futuro se não me esforçasse, e olha onde estou com pouca ajuda deles. Que saudade do cheiro de minha mãe e dos longos diálogos com papai.
— Certo, já iniciei o pré-natal e está tudo bem com o bebê. Em poucos meses poderemos saber o sexo da nossa criança. — Ashley comenta.
— E está tudo bem? Aliás, seus pais já sabem de tudo?
— Sim e sim, eu contei a eles semana passada. Ficaram completamente eufóricos, assim como eu estou.
Após a saída de Charlie, Ashley veio até minha casa para resolvermos alguns assuntos sobre o bebê ela trouxe torta, mas por deus, como estava falava pelos cotovelos.
— Eu devo imaginar. — Comento olhando os papéis que ela trouxe da maternidade.
Ela olha para mim e franziu as sobrancelhas.
— Você não me parece feliz.
— Estou feliz, Ashley. Mas cansado também, hoje foi bem corrido e eu ainda tenho muitas coisas para arrumar e resolver.
— Eu posso ajudar se você quiser.
— Já foi suficiente ter trazido a torta, se não fosse por você, eu nem comeria essa noite. Obrigado novamente.
Conversamos por mais algum tempo, ela me contou sobre tudo que estava sentindo, eu a ouvia atentamente mesmo com a vontade de mandá-la embora, durante todo esse tempo eu ainda não pude reorganizar meus pensamentos.
— Já contou para seus pais? Eu sei que estão provavelmente na Alemanha, mas seria bom eles saberem de tudo.
— Bem, ainda não falei para ninguém. Essa semana que se passou não tive tempo para absolutamente nada. Mas vou contar assim que possível.
Ela sorrir e apoia sua cabeça em meu peito.
— Estou tão animada por ter esse filho com você. Acho que serei uma mãe excepcional.
— Não tenho dúvidas.
Ela estava sorrindo até para o vento, com as mãos no pequeno volume que estava em sua barriga, olhou para mim.
— E você acha que essa criança possa nos aproximar ao ponto de termos algo? — Seus olhos cintilavam.
Eu a olho pelo canto de olho, Ashley sorrir para mim. Leva suas mãos até meu rosto e me observa por um tempo, eu fico desconfortado com a situação.
— Podemos, Hunter?
— Já conversamos sobre isso, não quero machucar seus sentimentos. Não vamos falar mais sobre isso, está bem? Você vai ter sempre um pedaço meu e eu seu.
Eu não a respondo, fico em silêncio, por que o silêncio tem que ser uma resposta automática para "sim"? Ashley me observa com a sobrancelha arqueada.
— Ela não sabe, não é?
— Ainda não, droga. Não está sendo fácil, tenho medo de sua reação. Não será um problema, eu prometo.
— Espero que conte logo, vou precisar que você vá comigo a maternidade no próximo mês. Quero que participe de tudo, e espero que essa garota seja tenha uma maturidade e tanto para entender toda a situação. — Ela levanta só sofá com a sua bolsa em mãos. — Bem, tenho que ir.
Passei a manhã do domingo revisando matéria e recebendo as coisas que tinha pedido para casa. Finalmente os objetos de cozinha estavam em seus devidos lugares e eu poderia fazer uma refeição descente.
Parecia que Charlie estava chateada comigo de alguma forma. Eu tentei conversar com ela pela manhã, porém foi uma coisa muito monótona e logo minha mensagem foi apenas visualizada. Isso me deixou com mais medo de contar a ela sobre o meu filho ou filha.
No final da tarde comecei a conversar com minha tia sobre as coisas que estava acontecendo. Segundo ela, depois que as investigações começaram, meu tio quase não aparecia em casa, estava preocupado e não dormia bem. Ela chegou a mencionar sintomas de depressão, para ele estava sendo bem mais difícil do que para mim.
— E você, querido. Como está sendo na sua nova casa?
— Esse é o meu segundo dia aqui, titia. Não sei que nota dar a morar sozinho, minha primeira experiência. Mas titia, eu preciso falar algo sério para vo... — Minha respiração falha quando ouço aquela voz, havia mais uma pessoa com minha tia naquele momento, aquela voz familiar a que provavelmente eu nunca irei esquecer de quem é. — Quem está aí com você?
— Ah, querido, me desculpa. Maya veio até aqui para entregar algumas quentinhas. Eu não falei para você, mas ela abriu um restaurante, está fazendo muito sucesso aqui. Não é, querida?
Eu ainda ouvi ela dizer: "como você está Hunter?", com essas palavras minha respiração ficou ofegante. Estava nervoso. Der repente me veio uma fita de tudo que vivemos nos últimos seis anos. Os sorrisos, os abraços, os beijos, o sexo, tudo de lembrança que vivemos.
Desliguei o telefone por impulso, porque relembrar tais coisas me deixou abalado, pois eu a deixei ir e provavelmente por esses sentimentos ainda tão vividos iria deixar Charlie ir também.
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