O estrangeiro romance Capítulo 40

Liguei para minha mãe avisando que ficaria para dormir na casa de Emma. Após um longo interrogatório ela permitiu, eu poderia dormir com Hunter. Durante o dia, enquanto ele estudava, eu assistia vídeos ou televisão, nós comemos em um restaurante próximo e todos nos encaravam. Para mim não estava tão na cara que ele era mais velho que eu, mas Hunter ficou irritado com a situação.

Quando voltamos ao apartamento ele permanecia com raiva mas logo eu o distraí.

— Está vendo isso aqui? — Digo levantando meu vestido e mostrando a ele uma leve cicatriz em minha barriga. — Quando tinha treze anos pulei uma cerca com arames e fiquei com essa cicatriz. Na época doeu muito, minha mãe quase me matou.

Ele me observava tagarelar com atenção, sorria levante, mas não falava nada.

— Você não estar falando nada, estou ficando envergonhada. — Me sento ao seu lado.

— Estou lhe apreciando e pensando, aquelas pessoas no restaurante me deram nos nervos.

— Deixa eles falarem, Hunter.

Deposito um beijo em seu rosto e ele sorrir depois me puxa para seus braços.

— Mostre-me sua cicatriz novamente. — Disse levantando meu vestido. Ele deposita um beijo no local, e volta me encarando com aqueles olhos cor de pecado. Eu já sabia o que ele queria.

— Acabamos de fazer...— digo.

— Não é culpa minha, meu corpo pede por você, garota. — Ele disse beijando meu ombro. — Infelizmente tenho que voltar para os estudos. Qualquer coisa me fale.

Ele me deixou sozinha em seu quarto, me jogo em sua cama coberta por lençóis brancos e observo toda a extensão.

[...]

Era estranho passar tanto tempo conversando com ele, nós sempre tínhamos assunto mesmo na hora do jantar. Ele pediu comida chinesa e assim nos deliciamos com as conversas.

— Deseja tomar um banho comigo? — Perguntou Hunter.

— Acho melhor não, eu fico tímida. — Digo.

— Você que sabe.

Após o jantar, ele ligou a água da banheira e colocou alguma coisa que fez espumas na água. Ouvi ele ligando alguma música, provavelmente iria demorar. Tirei minhas roupas e coloquei uma toalha em volta de meu corpo. Abrir a porta, ele estava com os olhos fechados e a cabeça encostada na borda da banheira.

— Mudou de ideia? — Questionou ele ainda de olhos fechados.

— Não seja bobo, posso?

— Claro.

Tirei a toalha delicadamente, ele me contemplava. Entrei na banheira e a água estava uma delícia. Sentei de costas para ele, o mesmo me puxou para mais perto. Deitei minha cabeça em seu peito e fechei meus olhos.

— Adoro suas tatuagens, me deixam com tesão. — Digo enquanto brinco com a espuma.

— Por isso estava perguntando sobre elas mais cedo?

— Sim, eu estava encantada com seu físico. — Declaro. — Sabe, eu sempre fico tão nervosa perto de você, mas agora estou calma e relaxada.

— Eu não sou um bicho de sete cabeças, não precisa disso. Com o tempo você perderá isso.

— Não, eu não quero. Essa sensação, a única pessoa que me traz ela é você.

— Charlie, você sabe que eu não serei único na sua vida, certo?

Me afasto ele e o encaro.

— Sim, eu sei. Mas disso eu tenho certeza, isso que nós temos é a coisa mais inusitada que viverei.

Ele sorrir.

— Prometa para mim que independente do que aconteça, com a gente, vai seguir em frente.

Estranho seu jeito de falar.

— Vamos, Charlie. Não pode pensar assim, eu não sou seu dono, não tenho um documento que comprove isso.

Levanto da banheira já irritada, coloco a toalha envolvida em meu corpo. Ele vem atrás de mim e segura em minha cintura antes que eu saia.

— Prometa. — Ele repete olhando fixamente em meus olhos.

— Eu prometo, satisfeito?

— Ótimo, agora pode voltar para a banheira? Não entendo o motivo da sua raiva.

— Parece que você pensa no nosso fim a todo instante.

— Depois que perdi tantas coisas eu não acredito que as coisas duronas para sempre. Eu sou assim. — Ele volta para a banheira e me encara.

Eu umedeço meus lábios e volto para meu lugar.

— Me desculpe.

— É natural, você não ver as coisas como eu vejo.

Suas mãos envolvem minha cintura em um abraço. Seu nariz percorre minha nuca, ele inala meu cheiro e depois deposita um beijo no local. Sinto sua mão em minha perna e respiro fundo.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O estrangeiro