Antonela sorriu. Era afiado como faca aquele sorriso.
— O que dizem por aí não é nenhuma mentira – as têmporas dela latejavam como se fosse um peso olhar por tanto tempo para ele – somos dois estranhos vivendo na mesma casa. Ou melhor, inimigos.
— Eu não sou seu inimigo, Antonela.
— Mas está agindo como se fosse, me castigando e me mantendo longe do meu filho.
Quando ela percebeu que sua voz havia se alterado, desviou o olhar e observou ao redor. Ela tinha a mesma preocupação que Benjamim, mas teve quase certeza de que dessa vez Carlota não estaria escondida atrás da cortina de alguma janela ouvindo sua conversa.
— Você poderá ver o Adam hoje – Benjamim disse, mas as palavras dele irritaram ainda mais Antonela – você o verá diariamente ao aceitar minha proposta e me ajudar a convencer todos nessa cidade de que somos o casal mais apaixonado que eles já viram.
Ela piscou e seu rosto tornou-se pálido. Agora, eles teriam que fingir ser um casal de verdade? Ela não gostou de imaginar aquilo, fazia seu estomago estremecer.
— E por que eu faria isso? – perguntou Antonela, como se não entendesse a gravidade das coisas - está usando essa situação para se aproveitar de mim.
— Estou fazendo isso para garantir que você não perca de vez a guarda do Adam – ele disse isso com uma dor latejando no peito – você leu certamente as críticas ao seu respeito. O que acha que o juiz pensará sobre a ideia de um casamento falso?

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