" O amor é a meta infinita da história do mundo. "
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• ALESSA AMATTO •
Estou encantada pela forma que se conheceram e deram início a essa belíssima história de amor, preciso obter mais informações a respeito dessa paixão avassaladora...
— A senhora se apaixonou no primeiro momento em que o viu mãe? — Perguntei disposta a saber como cresceu esse nobre sentimento entre eles.
— Sim! Ficamos cerca de uma hora na prensa sem trocar uma palavra... nos comunicávamos somente pelo toque das nossas mãos, Enrico ficou radiante e com um sorriso lindo no rosto. Ainda não sabia seu nome, muito menos que estava diante daquele que fui obrigada a destruir para salvar sua vida Alessa...
— Mãe... já foi feliz com meu pai? Existiu algo entre vocês que não fosse dor e sofrimento? — Curiosa indaguei sendo que não havia logica viver presa ao meu pai só por minha causa.
— Quando conheci seu pai, vivíamos em harmonia, me apaixonei por ele e nos casamos apaixonados, mesmo às vezes ele me tratando com uma certa rigidez, nunca tocou em mim com violência, comecei a apanhar depois... enfim, já tive, sim, momentos felizes ao seu lado. — Ouvir isso me deixou pasma, jamais enxerguei nada de bom no meu pai...
— Entendo... e o que deixou ele assim? Ruim, agressivo e perverso contigo? — tentei obter um pouco mais de informação e lá, no fundo, sinto que sou parcialmente culpada por todo o sofrimento que minha mãe passou — ... A culpa foi minha?
" Agora entendo o porquê de dizer ser minha culpa! "
— Não se culpe por Vittorio ser quem é filha! Na verdade, nem ao menos sabia o que o deixava extremamente agressivo, mas quando soube da gravidez ficou feliz, estávamos contentes e a todo momento dizia ser um herdeiro que iria junto a ele levar todo nosso legado do vinho adiante... Vittorio desejava loucamente um menino, mas quando nasceu e soube que você era uma menina... — Começou a chorar.
— Mãe, lamento muito! — Tomei para mim a culpa de todo seu sofrimento.
— Nunca foi sua culpa Alessa! Se as coisas mudaram entre nós, foi devido ao comportamento do Vittorio que ficou ácido, agressivo e passou a me bater. Por diversas vezes tentou te matar, e se está aqui hoje é graças a Deus filha, porque ele a odeia e culpa você pelo fim do nosso relacionamento, mas esse mérito é exclusivamente dele. Não carregue um fardo que não é seu! A decisão foi dele em se tornar um monstro após o seu nascimento.
— Mãe... — sinto uma vontade imensa de confessar que foi ele o assassino da mãe do Dom, mas tenho medo — acredito em você e nas suas teorias. — Resolvi desconversar.
— Quem bom, pois ele já era assim, digo, ruim e amargurado. Isso nunca será culpa de ninguém, por ser tão inutilmente incapaz de saber que somente ele é culpado pelo fracasso da vida que teve, mas prefere mil vezes jogar a culpa em ti, meu raio de sol. — Acenei com a cabeça em sinal de aprovação.
Virei para o lado e notei que minha irmã pegou no sono, aproveitei para alisar seus cabelos.
— Um belo dia ele virou e falou para mim; tenho uma coisa para te entregar. Como nunca te amei e vejo que você é uma inútil para mim, já que não me deu um filho, fará um favor em troca de outro!
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