" A amizade é um amor que nunca morre. "
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• LEXIE AMATTO MACERATTA •
Meu dia está perfeito, não tenho do que reclamar, consegui realizar mais um sonho...
— Princesa vai devagar! — não dei a mínima para o que ele estava falando, pois, a sensação de pisar nas uvas é magnífica — Lexie... sossega, ou cairá de novo caralh... — vi que ficou sem jeito de finalizar o palavrão, e coçou a cabeça olhando para o céu, em seguida tornou o olhar para mim.
— Certo, desculpa... é que... deixa para lá, você não entenderá. — triste me encostei junto dele para ficar parada — Eu só gostei de pisar nas uvas.
— Fica aqui na minha frente, vem, segurarei suas mãos, aí não poderá se machucar Petit. — vejo que ganhei mais um apelido — Agora me conta o porquê dessa vontade toda de pisar nas uvas.
— O que significa Petit? — perguntei mirando sua face — Não é italiano, né?
— Não, significa pequena. Sou francês Lexie. Nasci em Paris, e na adolescência vim para Itália... digamos que fui um menino muito estressado e, um tanto problemático, não posso me esquecer que também fui abandonado por minha mãe. Minha tia quem nos criou, eu e meus irmãos. — explicou me puxando para ficar de frente para ele — ... Você é muito pequena, por isso te chamei de Petit, e espero que somente eu te chame assim.
— Por quê? — tentei obter um pouco mais de informação, porém ele recusou com um aceno — depois você me conta, eu sei que sim!
— Não vou! Agora vai! Pisa nessas uvas que o vinho não ficará pronto sozinho, gentille femme! (doce mulher) — mesmo sem entender do que me chamou, fiquei animada como falou comigo, comecei a pisar nas uvas me sentindo leve, livre e acima de tudo, feliz — Gosta mesmo disso né? Esse sorriso aí deixa claro que sim.
— Muito! Um dia espero pisar nas uvas e me apaixonar por alguém. — expressei toda entusiasmada, e fui tirada da minha fantasia com um leve puxão nas mãos — Ai!
— Vai o quê? — tornei a repetir o que havia dito sem entender sua cara estressada —... Vai sim! — estalou a língua no céu da boca, balançando a cabeça negativamente olhando para o céu — Você não tem um sonho melhor do que esse não, Petit?
— Sim, contudo, não é melhor, mas ambos estão no mesmo nível! Quero ser ótima com vinhos, igual meu pai e meu irmão... — compartilhei com ele ao mesmo tempo, em que voltava a pisar nas uvas, animada —, e desejo um amor, Ângelo... igual ao dos meus pais... segurar nas mãos do meu amado durante o tempo em que piso nas uvas.
— ... Petit, estamos de mãos dadas pisando nas uvas, se fosse como idealiza em sua mente inocente, cairia de amores por mim! — olhei para ele sorrindo, pois me encontro muito feliz — Está?
— Não entendi? Estou o quê? — perguntei enquanto fechava meus olhos para me conectar ao momento, e me entregar a essa sensação maravilhosa de estar amassando as uvas — Responde, do que estava falando?
— COM FOME? — sua pergunta soou um pouco grosseira, e me fez abri os olhos para encará-lo, no entanto, antes tivesse ficado com eles fechados — O que foi?
— É ele! — sentindo meu corpo tremer apontei na direção do amaldiçoado — Socorro... — murmurei colidindo com meu corpo contra o de Ângelo.
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