" Não apague meu fogo. Queime comigo! "
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Com minha mão em sua nuca seguimos para a varanda e antes de entrar admirei à vista que abrange em toda sua glória meu lindo vinhedo...
— Porque voltou? Quero ver e saber tudo que passou nesse lugar Dom... — nervosa tenta me puxar para o quintal — Vamos por favor!
Mais uma vez arrisca e não consegue me retirar do lugar. — Sei que é uma atitude idiota por levar isto adiante, mas permanecerei firme.
— Se eu matar essa versão do seu noivo de...
— NÃO! ... Você não matará mais ninguém caramba! — sou cortado antes mesmo de terminar. Seus olhos brilharam e a lágrima rolou me deixando agoniado — Esses dias que passarei com você, ficarão marcados em minha memória para sempre e quero aproveitar cada segundo.
Sorri pelo simples fato de ganhar um espaço em seu coração. Um leve puxão foi o suficiente para seus braços envolverem minha cintura.
— Calma, temos uma vida inteira pela frente mia Bella prometo que farei valer a pena cada segundo ao meu lado, e quando me referi a matar, é o sentimento, pois estamos nesta condição porque ainda ama seu noivo, entende? — senti suas lagrimas molharem minha camisa e apertei ainda mais em meu peito — Sou seu, seja minha Alessa, case-se comigo!
Pedi como uma súplica já que ficamos nesta situação porque a versão inventada de minha pessoa até então predomina seus sentimentos. Tenho muita paciência com relação a isto tendo em vista que vamos nos casar de qualquer jeito, contudo desejo que seja com ela me amando como verdadeiramente eu sou.
Avistei a rede e decidi ficar por aqui com ela.
— Não saia daqui! — exigi e fui às pressas para sala buscar a manta do sofá e voltei me sentando na rede. Retirei meus sapatos e convidei para se juntar a mim, inicialmente recusou, mas com jeitinho a convenci e logo estava entre minhas pernas, joguei a coberta para aquecê-la e comecei a nos embalar.
— Cairemos desse negócio. — revela assustada com o balanço — Para!
— Não. Relaxa a rede suporta nosso peso. — sussurrei com meus lábios colados em seus cabelos cheirosos — Me fala um pouco de você.
— Hm... por onde começo, fui vendida aos dez anos para meu futuro marido que possui dez a mais que eu, ele gosta de vinhos, adora arte e ajuda pessoas carentes... — Escutei seu riso.
Merda! Esse sorriso deixa claro que terei bastante trabalho para competir com um Domenico que só existe em sua mente! Nunca fui caridoso, não por ser egoísta e sim por não ter contato com nenhum deles e isso pode ser resolvido. Arte também é fácil, agora essa bondade toda que ganhou seu coração não faz parte de quem sou e jamais fará, visto que o mundo vive cheio de atores gananciosos.
Ficou de lado e subiu um pouco mais ficando sobre meu colo. Repousou a cabeça em meu ombro arrepiando-me quando cheirou meu pescoço.
— Se beijar meu pescoço sentirá uma coisa que não deseja La mora. — alertei — Continue, desejo saber mais sobre você e da sua infância... — incentivei, pois, quero obter informações de tudo.
— Sou uma excelente pintora embora ainda não tenha visto nenhum dos meus trabalhos. Adoro a natureza e esse gênero é predominante na maioria dos meus quadros... hm, ah, amo bolo de laranja, canto no chuveiro — mais um sorriso sincero — sou péssima, mas canto.
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