" O beijo é o toque de duas bocas que se calam para ouvir a voz do coração. "
• MINUTOS ANTES •
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• ALESSA AMATTO •
Estamos deitados juntinhos em uma rede que não é nada confiável para mim, mesmo a centímetros do chão ainda assim tenho medo de arrebentar e nos levar direto para o mesmo. Enfim, o balanço lento me traz a calmaria de um mar tranquilo.
Conversamos sobre mim, depois falamos dele, mesmo que não tenha dito muita coisa parece que o conheço suficiente. Dom é o oposto do que imagino que meu Domenico seja e a única coisa que ambos tiveram em comum foi a fortuna gasta para me ter como esposa. — Reconheço que mesmo amando a versão criada na minha cabeça esse Dom que conheci possui um jeito único e rústico de ser, porém tem conseguido me conquistar, no entanto, isso tem me deixado temerosa.
Fiquei pensando nos beijos que me deu, em sua mão quente segurando meu pescoço, e tudo que disse enquanto estávamos nas videiras. Que deseja estar dentro de mim e me foder com força! ... Acredito que deve ser uma metáfora tendo em vista que não tem como isso acontecer ou será que tem? Mesmo mantendo um diálogo com ele, consegui entrar em conflito com minha mente barulhenta. Ainda penso que deveríamos dormir juntos, quero curtir esses 39 dias ao máximo.
— O que você acha de tentarmos aquele beijo? — Despertando dos meus delírios fiquei na dúvida se devo ou não permitir, já que o primeiro foi horrível! Será que dessa vez ficará melhor?
— Não sei, e se eu for ruim novamente? — Questionei e praticamente saí do foco quando vi morde seus lábios rosados.
" Suponho que devemos sim, tentar mais uma vez. "
— Posso? — Concordei.
Sua mão alisou minhas costas até alcançar minha nuca, seus dedos grandes agarraram meus cabelos me puxando para si, fechei os olhos para não ficar constrangida e logo senti seus lábios nos meus... — E AGORA! — gritei em minha cabeça, pois não faço a mínima ideia do que devo fazer. Nunca beijei na vida.
Deixei que comandasse e sentir latejar entre minhas pernas quando sugou meu lábio. Minha temperatura subiu igualmente como no avião quando beijou meu pescoço, ofeguei e sua língua entrou em contato com a minha, ele empurrou e fiz o mesmo, contudo algo me diz que não é assim que se faz, porém, não desistiu e continuou até eu parar e simplesmente elas dançaram perfeitamente, chupou minha língua com desejo e o pulsar em minha cavidade se fez presente cada vez mais. Dom me manteve parada e ficou com a parte de se movimentar sendo ele mais experiente nisso e o beijo foi ficando mais intenso.
— Dom... — sussurrei seu nome sentindo meu corpo flutuar, sua mão grande me alisava deixando um rastro quente por onde passava, repousou sobre meu seio com urgência o apertando e pude dar conta que meus mamilos estavam sensíveis. Gemi pelo desconforto o levando a se afastar.
— Parou por quê? — ofegante reclamei. Gostei tanto que necessito de mais aí me dei conta que pelo jeito como parou pode ser que para ele não tenha sido tão bom quanto para mim — Foi ruim? Desculpa.
— Maravilhoso! Parei para não fazer besteira. Esse beijo tornou-se perigoso mia bella. Do jeito que ando, suponho que não ia permanecer virgem muito tempo. — Fiquei assustada, pensei em comentar, mas desisti, pois, quero beijá-lo outra vez. Talvez se eu confessar como fiquei ele me beije de novo!
— Você beija muito bem, por um momento pensei que fosse voar com a sensação, senti pulsar entre... — sua mão grande cobriu minha boca me impedindo de falar e começou a rir! Mais uma vez me sinto uma palhaça.
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