O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 150

" Somente quando encontramos o amor, é que descobrimos o que nos faltava na vida. "

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• ÂNGELO D'ÂNGELO •

Me encontro ansioso para ficar cara a cara com esse desgraçado. — Ivo e Vittorio... vocês não sabem como desejo ouvir seus gritos.

Estou subindo a escada tentando me manter o mais calmo possível, pois não posso descontar minha raiva em alguém, muito menos quero que minha Petit me veja estressado desse jeito.

No corredor do segundo andar olho para todos os lados me sentindo perdido.

— Ok, agora onde ela está? — continuei andando pelo enorme corredor, ao longe escutei a voz da minha tia, e resolvi segui-la — Oi! Posso entrar?

— Sim, filho, entra. — Respirei fundo pensando se devo.

Me sinto um abusado por estar invadindo o quarto do patrão dessa forma. Cautelosamente me enfiei no cômodo, e vi que na imensa cama possui três pessoas deitadas sobre ela.

— Ângelo! — notei a pequena de mãos dadas com minha tia, e aqueles olhos lindos me encararam — Está tudo bem?

— ... Posso chegar aí? Queria te fazer uma pergunta delicada. — após autorizar, me aproximei com cautela, já perto o suficiente, olhei para baixo e aqueles olhos imensos azulados me miraram, alisei o meu rosto impaciente — Oi!

— O que foi filho? — me agachei para ficar perto dela, peguei um cabelo solto que caia sobre seu rosto e o prendi atrás da orelha — ... Ângelo! — Saí transe com minha tia me chamando.

— Você quer conversar comigo, Ângelo? — disse que sim — Fala!

— O que o Ivo fez contigo Petit? Ele... — olhei minha tia implorando sua ajuda em pensamento para ser ela a fazer a pergunta constrangedora — tia...

— Não, filho, não fez nada... — respirei um pouco aliviado — já sabe o que fará, ou melhor, quando? Quero ir com vocês.

— Hoje. Estamos nos preparando para ir para Toscana. — informei à que horas sairíamos — Ao cair da noite.

— Vamos para onde? — a pequena perguntou animada, sorri para ela e levei um, tapa ardido — Pare com isso vovó! — Sorri novamente por me defender.

— Deixa... ela pode me bater, ela pode! — triste desabafei — Você vai tia? Se for, precisa fazer suas malas quanto antes.

— É claro que sim! Tenho que ir à casa do patrão pegar uns papéis que deixei por lá. Estarei pronta no horário. — Concordei e fiquei de pé.

Olhei para às duas dormindo abraçadas e tornei a admirar a pequena.

— Tia, por favor, fica! Cuida dela para mim... digo, de todas! — recebi um olhar de advertência — Pode ser?

— Sim, antes de sair me procure, quero lhe pedir um favor. E, conversaremos, ok? — Fiquei de acordo.

— Tudo bem, agora deixa eu ir, devo me juntar aos meus irmãos, e ver com meu padrinho a que horas está programado o nosso voo, pois tenho horário para pegar o Ivo. — Declarei pronto para sair.

— Vou me arrumar Ângelo, só um minuto, deixa eu chamar minha mãe para gente ir com você — em silêncio neguei com um aceno — como assim não? Irei contigo... nós vamos!

— Não vai, não! Estou indo a trabalho, não a passeio Petit, darei fim... digo, apenas trabalhar, e você deve ficar aqui com sua família. — Esclareci saindo e deixando às duas para trás.

Parei no meio do corredor quando senti uma mão gelada me segurando.

— Volta para cama! — Exigi vendo Lexie segurando meu braço.

— Fará o que na Toscana? — Respirei profundamente enquanto segurava sua mãozinha magrinha.

— Matar o Ivo! — ao escutar cobriu a boca, e seus olhos azuis encontraram os meus — Preciso ir. Fique bem!

— Certo, até amanhã? — neguei com a cabeça — Você voltará?

— Estarei em Cuneo no fim de semana. Deixe-me ir Petit. — seus braços magrinhos me apertaram em um abraço que quase não pude sentir de tão leve que foi — Para com isso! Vai logo deitar.

— Estou indo, tchau! — Me deu as costas, e me senti a porra de um idiota quando fiquei completamente sozinho no meio do corredor.

O que está acontecendo comigo? Essa garota nem viveu a adolescência, e eu mal acabei de entrar na fase adulta, mesmo sendo mais homem do que muitos por aí. — Com pesar, respirei fundo tentando organizar meus pensamentos, por que não temos a mesma idade? Seria tão fácil!

Ainda em negação, lembrei que o patrão não gostou muito. — Je suis baisé! (estou fodido!)

Segui para o primeiro andar dando de cara com Durval e Andrea, juntos fomos para casa dos funcionários onde estou dormindo. No caminho fiquei em silêncio.

— Filho, quero falar contigo. — comunicou, me impedindo de entrar na casa — Vai, faça seu trabalho e de lá, vá direto para Cuneo.

— Imaginei que pediria isso. Faço o que com Vittorio? — Questionei sendo que meu objetivo é pegar os dois!

— Leve para Cuneo vivo! O patrão deu ordens para deixá-lo viver, pelo menos por enquanto. Quer ter um dedinho de prosa com ele antes de mandá-lo para o inferno com passagem só de ida. — fiquei de acordo — Se cuida! E, antes de ir, vá falar com minha donna, sabe como ela fica angustiada se não te abençoar.

— Claro! Sandra é o meu anjo da guarda padrinho. Agora vamos! — adentramos na casa dando início a uma breve reunião para repassarmos tudo o que mais desejo praticar com o idiota.

— Irmão! Iremos para nossa casa na Toscana, Ivo será morto lá. — discordei do Dimitri — Vai matá-lo no cassino e sujar nosso nome?

— Acha mesmo que sou estúpido? — questionei curioso — Tenho cara de idiota?

— Não! Só que na rua...

— Dimitri! Vamos para a fábrica! Ele não será morto com um tiro, se é isso que deseja saber, porque não tenho intenção alguma em gastar munição, ele sofrerá. — informei seguindo para a escada — Devo dormir um pouco antes de seguirmos, alguém por favor, me chame às seis.

— ... Ângelo! — Olhei Dimitri.

— Sem discurso de merda! Está com pena dele? — Interroguei voltando para o centro da sala.

— Não! Só amordaça o filho da puta, os gritos me deixam dias sem dormir, porra! Não sei como você consegue. — lhe dei um sorriso de escárnio — Nem sorria desse jeito para mim.

— Dimitri meu irmão, o bom do espetáculo são os gritos, se não gosta é só sair de perto! — avisei — Quero dar para ele o castigo por maltratar minha senhora Alessandra e a Petit por todos esses anos, morrer é fácil, ele terá que me convencer a matá-lo! Damião!

— Não esquenta, Dimitri veio com defeito. O bom desse trabalho é poder matar com um propósito, nos dando uns pontos com Deus e com o diabo também, já que mandamos para ele os que merecem — sorri para meu irmão que é tão doente quanto eu — posso?

— Com certeza! Faremos juntos! — bateu palmas no ar todo animado — Preciso dormir, não se esqueçam.

— Combinado, às seis! — Dei um aceno ao meu padrinho e segui para meus aposentos.

" ... Vai se arrepender, Ivo, vai se arrepender! "

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