" A saudade é a maior prova de que o passado valeu a pena. "
• 00:30 AM – PROVÍNCIA DE CUNEO •
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• ENRICO MACERATTA •
A maioria das pessoas havia descido, restando apenas eu, Alessandra, Fabrizio e Constância.
Mesmo com esse friozinho gostoso que faz aqui, o tempo não está fechado. Admiro a lua ao longe iluminar tudo à nossa volta e fico imaginando esse terreno cheio de videiras nebbiolo pendurados em cachos fartos.
— Amanhã vou com meu filho e minha nora para casa — a voz de Fabrizio tirou-me do meu devaneio —, como a do meu ragazzo ainda está em reforma, eles ficarão conosco junto ao Damião e Dimitri. — Afirmou beijando os lábios de Tancinha.
— Estou bastante feliz em ver que os dois finalmente decidiram ficar juntos... papai estaria pulando de alegria, pois fazia gosto do namoro de vocês, hmm... e Ângelo, não irá com vocês?
— Impossível — foi Constância a declarar —, é meu sobrinho, mas Sandra não permite que ele fique muito tempo longe dela — tranquila compartilhou — e ele tem Cassandra como mãe e o Durval como pai.
— Isso é verdade, o tempo que ele morou conosco na Toscana vi o carinho que Sandra criou por ele, realmente é como se fosse de mãe, e Andrea como um irmão mais velho. — descrevi o que havia observado — Me permite uma pergunta? — consentiu e sentei-me ereto — O que você acha dessa situação dele com minha filha, Tancinha?
— Ainda não conversamos sobre isso, no dia em que foi para Toscana percebi que gosta dela, devido à forma como se preocupa com à minha netinha! Meu menino nunca gostou de ninguém dessa maneira. Troquei poucas palavras com Sandra mais cedo e pelos poucos relatos dela, penso que ele está bastante assustado. — acabei alisando o meu rosto inquieto, mesmo que esteja sob controle ainda é um pouco preocupante para mim — Pode ficar tranquilo Enrico, Ângelo não fará nenhuma besteira.
— Minha preocupação não é essa Constância, ele confirmou e deu-me sua palavra que não fará nada às escondidas, mas ainda vejo Lexie como uma criança... acontecerá cedo ou tarde, espero que me conte tudo. — Compartilhei minha opinião e todos balançaram a cabeça positivamente, como se concordassem com minhas palavras.
— Amanhã, com calma, converso com ela, pois tenho certeza que minha menina não sabe que gosta dele. Durante esses anos que ficamos trancadas naquele lugar, a ensinei falar, ler e escrever, Lexie é inteligente, é claro que vai à escola e todas essas coisas, mas nossa filha não conhece a maldade do mundo e sonha acordada com o amor verdadeiro, com base em todas as histórias que contei para ela durante esses anos. — Mia donna relatou se recostando ainda mais em meu peito, aproveitei e beijei seus cabelos.
— Conversei com ele mais cedo, acreditam que ele é virgem? — questionei Tancinha que confirmou — Então, é verdade Constância?
— Sim, Ângelo nunca parou para observar essa situação entre um homem e uma mulher, sempre interessado nos negócios da família. Percebi que ele estava diferente logo assim que chegamos da Rússia, mas não imaginava estar gostando da minha netinha. Enrico, coloco minha mão no fogo por meu sobrinho, confia em mim. — Expliquei-lhe que também confio fielmente nas palavras dele, praticamente vi Ângelo nascer.
O assunto seguiu adiante entre risadas e taças de vinho e notei que Alessandra começou a relaxar por estarmos entre adultos e não com toda a garotada à nossa volta. Tem me feito carinhos e sempre que dá me rouba um beijo ou dois, nada demorado, porém meu corpo não entende isso! Não quero forçá-la a nada, contudo não posso negar que esteja com muita vontade de ter um momento mais íntimo com a minha L'ssa.
Já passava da meia-noite quando decidimos descer, assim que entramos no quarto lembrei de minha filha, já acostumei dormir com ela entre a gente.
— Está sentindo falta dela? — Saí do meu devaneio admirando a face ruborizada da minha L'ssa.
— Sim. Já me acostumei a conversarmos sobre as uvas antes de dormir, mas sei que ela está segura no quarto dos irmãos. — Declarei juntando-me a ela próximo à cama.
— Andei conversando com as meninas mais cedo no clube das garotas — sorriu e cobriu o rosto — fui instruída a matar a saudade... — me fiz de desentendido, pois Domenico comentou que Alessa contou em segredo para ele — desejo muito, mas não estou atraente.
Alisei seu rosto e juntei nossos lábios em um beijo suave, lento e demorando para explorá-lo com tranquilidade.
Seus braços foram para meu peito e subiu lentamente para laçar minha nuca, a puxei para cima e enroscou suas pernas na minha cintura. O beijo não era mais o mesmo, agora está com mais exigência e afastei-me para buscar o ar.
— Você nunca deixou de ser atraente para mim, Alessandra, amo tudo em ti, mexe incrivelmente comigo, se estiver realmente interessada em levar adiante, ficarei muito feliz... — juntei nossos lábios em um beijo ardente —, mas se você no meio do caminho desistir, também respeitarei sua decisão... — parei um pouco mais para vislumbrar sua face avermelhada — fique ciente que eu quero.
Com seus olhos azuis vidrados no meu, sorriu lindamente e, dessa vez, foi ela a juntar nossos lábios, me sentei sobre a cama com ela sentada em meu colo e com as nossas bocas conectadas em um beijo que estava me arrepiando a pele. — Ela sabe muito bem como mexer comigo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ
O livro esta incompleto, para na metade....
Estou amando o livro! História muito engraçada, envolvente, cheia de mistérios e reviravoltas. Parabéns e estou ansiando pelos demais capítulos...