O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 174

" Nunca abandone suas três grandes e inabaláveis amigas: a intuição, a inocência e a fé. "

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• ALESSA AMATTO •

Continuo aguardando à pergunta que ronda os pensamentos de Lexie, é certo que sairá a qualquer momento, de modo a pensar em uma resposta plausível, decido encher minha boca de frango.

— ... De cabelos em pé? — tombou a cabeça para o lado como se não entendesse o que acabei de lhe dizer — Gosto dos cabelos dele para baixo, é mais bonito.

— É, sim, você tem razão! — Concordei e não toquei mais no assunto.

" Essa situação é muito embaraçosa."

Ficamos conversando a madrugada inteira, e confesso que nunca passei uma noite em claro tão agradável como hoje, minha irmã está radiante depois que soube ser ela, o amor da vida do Ângelo, suponho que aquela nuvem de ciúmes se dissipou completamente após essa descoberta de que futuramente poderão ficar finalmente juntos.

O que mais gostei de toda essa situação é que ela não ficou me enchendo de perguntas com relação ao futuro relacionamento deles, simplesmente aceitou que deve esperar.

Já estava amanhecendo quando Sandra apareceu na cozinha e logo em seguida Ângelo, que entrou mexendo no telefone.

Ela se levantou rapidamente e foi até ele pedir a touca que havia lhe dado. — estou aqui suspirando com esses dois — Ele sorriu, a cumprimentou com um bom dia, antes de sair para atender seu pedido.

Permanecemos em silêncio observando-a arrumar os cabelos como se quisesse ficar mais bonita durante o tempo de espera.

— Aqui está Petit... — colocou em sua cabeça e ficaram se olhando até ela quebrar o contato visual.

— Preciso dormir um pouco... tchau! — Trocaram um abraço breve e fiquei admirando sair da cozinha.

— Minha menina, o que faz acordada às 05:00? — Sandra questionou me tirando do transe e admirei enquanto fazia o café — Deseja algo?

— Sim, café com folhas de hortelã. — Sorrindo, informei, e a mesma confirmou que prepararia para mim.

Pedi para Ângelo se sentar ao meu lado, onde Lexie estava. Desejo compartilhar com ele tudo que conversei com minha irmã. Sandra saiu para buscar algumas coisas e aproveitei a oportunidade.

— Então, passamos à noite conversando e contei que você gosta dela — sua cara neutra me deixou um pouco na dúvida se devo continuar ou não, e decidi prosseguir —, também ensinei que tudo nessa vida tem seu tempo, usei como metáfora o preparo do vinho... disse a Lexie que é necessário esperar o momento ideal para que vocês possam finalmente se conhecer melhor, como homem e mulher, devido ela ainda ser muito nova.

— E ela? — Notei sua ansiedade pela resposta e lhe dei um sorriso cúmplice.

— Para madrinha! — pediu em um sussurro — Andrea, vamos lá fora, preciso conversar contigo. — Ângelo mudou totalmente de postura e antes de sair me deu um aceno com a cabeça e os dois sumiram porta afora.

— Para que servem às mães, se não para envergonhar os filhos, não é mesmo? — sorri do seu comentário por educação, devido não ter conhecimento algum sobre o assunto, já que não cresci na companhia de minha mãe, porém não estragarei seu momento — Aqui, minha menina, beba.

Tomei meu café com folhas de hortelã e fiquei conversando com Sandra até Domenico chegar totalmente lindo em seu terno preto, juntou nossos lábios e se sentou ao meu lado, contei dos últimos acontecimentos, logo após entrou meu sogro, meu pai Fabricio e Gae, pausei à conversa para lhes dar atenção.

A mesa ficou cheia de comida e o tema era vinhos e videiras. Estranhei a ausência da Emilia e ao questionar Andrea, contou que minha amiga estava indisposta.

— Cadê minha mãe e Antônia? — perguntei aos seus respectivos parceiros, em seguida perguntei por Tancinha, e todos deram a mesma resposta enquanto trocavam olhares cúmplices, alegaram que as moças dessa casa estão indispostas e sei que todo mundo fez um "vamos foder" menos eu!

Assim que finalizaram o café matinal, saíram, Domenico foi o último, mas antes de acompanhar os rapazes, beijou minha cabeça e sussurrou uma safadeza em meu ouvido.

— Fica assim não, mais tarde te deixo igualmente ou pior que elas... — me senti quente com a ameaça e retribui com um beijo apaixonado.

— Nico, vamos! — Meu sogro gritou do lado de fora e sorrindo saiu apressado.

Subi para o meu quarto com o ratinho da Dália, soltei no chão e segui para o banheiro, necessito de um banho para despertar, não posso arriscar deitar para dormir, é certo que perderei o dia inteiro, e não devo, porque hoje iniciarei a pintura que estou devendo, na verdade, uma delas.