O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 179

" Sempre que tiver a chance, seja luz na vida de alguém. "

─━━━━━━⊱❉⊰━━━━━━─

— Dom, quero comer um pedaço desse bolo — com um sorrisinho arteiro se aproximou, passou o dedo na parte de trás e levou à boca, soltando um longo suspiro, me olhou com a cara toda suja — tão delicioso! O que me diz de arrancarmos um pedacinho dessa parte aqui? Ninguém descobrirá.

A abracei por trás e expliquei que em poucas horas poderia comer quantas fatias desejasse, mas que esperasse os parabéns depois da missa.

— Tudo bem! Cadê o que Emilia preparou para mim? — fui até a geladeira e puxei um bem menor com algumas fatias faltando — É só para mim?

— Acredito que sim, mas não coma muito, sairemos para jantar fora, mia Bella. — Sem reclamar, tirou uma pequena fatia e a acompanhei, nos sentamos à mesa da cozinha e logo minha irmã juntou-se a nós.

— Oi! Irmã, preciso falar contigo... — Percebi precisarem de privacidade e voltei para o sótão.

Quero tudo pronto para quando chegarmos do jantar. Assim que entrei encontrei meu pai e meu tio Fabrizio.

— Nico, esse lugar é lindo meu filho — concordei com ele — a casa é imensa para vocês dois, planejam ter quantos filhos?

— Não sei, depende da Alessa, com toda certeza teremos mais de um, ela já deixou bem claro.

— Planejo gerar mais um filho e espero que venha um menino — Antônia anunciou enquanto limpava o chão.

— Antônia, descanse um pouco e podem descer tranquilas que damos conta do que falta. — Às duas pararam o que estavam fazendo e se retiraram.

Alisei meu rosto pensando por onde começar. Mesmo que falte pouco, me sinto perdido.

— Está nervoso, Nico? — concordei — Não deveria, filho, ficou tudo perfeito. Hmm, queria te fazer uma pergunta.

— Sim! — Permiti enquanto pegava as embalagens das luzinhas espalhadas pelo chão.

— Gostaria de saber se podemos morar aqui, se não for pedir demais Nico, quero ficar próximo de vocês, minha casa é a três quilômetros e mia donna quer ajudar a raio de sol com meu netinho.

— Claro que pode pai, a casa é imensa e será ótimo ter vocês por perto já que meu tio mora logo aqui na frente. — Esse pedido realmente me deixou animado, gosto da família unida e a casa cheia de alegria.

— Que bom, todos próximos, como diz minha sobrinha "Solo uno!"

— Por falar nisso, o que faremos do vinho Solo Uno? — questionei sabendo que meu pai já abraçou a ideia. — Lexie está focada nisso, Alessa até comprou um telefone para ela fazer suas pesquisas.

— Primeiramente ela precisa decidir qual será o tipo, comentei com Parisi que ficou animadíssimo com a ideia de um vinho novo, e ansioso como é, deixou por nossa conta transmitir para Lexie sua proposta e aguardar sua decisão.

— Podemos respirar mais aliviados, temos nossa própria enóloga aqui em Cuneo e como ficaremos de vez, a filha do Parisi está vindo para cá. — praticamente me engasguei com o ar que puxei com exagero — Nico! Calma filho, o que foi?

— Merda! Pai... eu, olha ela não pode vir. — Fiz o pedido, na verdade, tentei impedir, contudo, meu pai está com aquela fisionomia de que não mudará de ideia.

— O que aconteceu? — respirei fundo novamente — Você dormiu com a filha do Parisi?

— Sim, mas foi uma única vez, ela estava a fim e eu também, havíamos bebido umas tacinhas e uma coisa levou a outra... faz alguns anos que aconteceu... sabem como ela é! Pensei que entenderia que foi somente uma noite e nada mais. — Tentei argumentar.

— Nico, Carmelita será a sucessora do pai, sendo tão boa quanto ele. Não perderei minha melhor enóloga porque você transou com ela. Creio que não seja do tipo ousada e vá se meter com sua mulher. — Fiquei de acordo sabendo que tenho que contar imediatamente para Alessa.

— Minha filha deve saber quanto antes. Carmelita é uma boa menina e ótima no que faz, ela está cuidando do La mora filho, e residirá aqui em Cuneo. Infelizmente é a única da família do Parisi que decidiu seguir os caminhos do pai, então ragazzo, coloque os pingos nos "is" que minha filha entenderá. — Sentei um pouco porque fiquei zonzo só por pensar no ciúme da mia donna.

— Alessa é ciumenta ao extremo... direi para ela amanhã antes de irmos à missa. — declarei me colocando de pé — contarei, eu prometo.

— Sábia decisão. Agora proponho terminarmos logo com isso e antes que me esqueça! Meu casamento acontecerá em um mês, preciso de ajuda, já falei com Sandra e Durval que serão meus padrinhos. — a reação do meu tio foi a melhor, com um belo tapa — O que foi isso porra?

— Sou seu irmão Rico! Devo ser seu padrinho também! — Alisando a nuca, meu pai sorriu.

— Pensei que já soubesse, você e Constância serão da Alessandra. — Gargalhei do abraço de justificativa que meu tio lhe deu.

— Desculpa, supus que não merecia o título de padrinho... por falar nisso, e você Nico? Quando será o seu casamento? — expliquei que acontecerá depois do nascimento do meu bambino — Ótimo, levarei minha filha ao altar. Sou seu tio, mas te dou umas porradas se fizer minha filha sofrer.

— Pode deixar... não cogitarei essa ideia sabendo que tem uma mão pesada. — aproveitei para zombar do meu pai. Após a distração, foquei na limpeza que ficou pronta em uma hora. Cheguei no quarto e não encontrei mia Bella — Separei minha roupa, em seguida fui atrás da minha mulher.

Entrei no closet para separar minhas coisas e parei quando Alessa entrou com Lexie e escutei parcialmente o que às duas estavam conversando.

— Mas eles estão certos, Lex, tudo tem seu tempo, depois, com calma, você conversa com Ângelo, não precisa ser agora — entrei no quarto encontrando Alessa cheia de tinta coral no rosto e nas mãos — Oi!

— Escutei o assunto pela metade hm... poderiam me dizer sobre o que estão falando — curioso questionei.

— Papai e mamãe conversaram comigo e explicaram que... — me aproximei e sentei na cama junto a elas — gosto do Ângelo.

— E você? Digo, acredita realmente que gosta dele? — disse que sim — O que fará a respeito?

— Eles deixaram a gente andar de mãos dadas, mas namorar só depois, eu nem sei o que é isso, espero que Ângelo me explique. — Acabei tossindo de desespero.

— Alessa... na minha opinião você é quem deve esclarecer as dúvidas dela, amor, Ângelo não é a melhor pessoa. — falei pensativo — faremos assim, hoje vocês irão jantar conosco, vai se arrumar enquanto faço uma ligação para dispensar o Andrea.

— Certo, tenho que falar com minha mãe e sigo para me arrumar. — Vi sair correndo toda animada e liguei para Ângelo.

— Patrão? — com uma voz preocupada atendeu — Está tudo bem?

— Sim, essa ligação não é sobre trabalho, estou lhe convidando para um jantar, e antes que diga não, Lexie estará presente. — Ficou mudo por um bom tempo.

— ... Seu pai sabe disso? — neguei, mas garanti que ficará sabendo — Estarei pronto, qual é o horário?

— Saímos em uma hora. — Informei e logo desliguei.

Escutei o barulho da água e fui até o banheiro para admirar mia donna se banhando.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ