O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 180

" Não importa o que você tem enfrentado ou o quão difícil tudo tenha sido até aqui: PERSISTA! Você está quase lá! "

─━━━━━━⊱❉⊰━━━━━━─

• ALESSA AMATTO •

Assim que Domenico saiu nos deixando mais à vontade, Lexie começou a falar da conversa que teve com nossa mãe e o meu sogro.

— Estou tão feliz, ele não vai... — falou e voltou a comer o pedaço de bolo — fiquei com medo dele ir embora viver o amor.

— Ele gosta muito de você maninha, agora proponho subirmos, porque preciso pintar mais um pouco para não ter que virar a noite finalizando o presente de aniversário do meu Dom — cortei mais dois pedaços de bolo e juntas, subimos para o segundo andar.

Como não queria que Dom soubesse onde me encontrar, aceleramos nossos passos em direção ao quarto de hóspedes ao lado do meu, e rapidamente tranquei a porta. Animada, parei diante da minha tela enorme e puxei o lençol para dar uma examinada de longe na minha grande obra de arte.

— Nossa! — tomei um susto com a reação de Lexie — Que lindo!

— Obrigada! — alisei seu rosto e avisei que durante o tempo em que finalizava o acabamento ela poderia sentar perto de mim. — Continua maninha.

Dividia minha atenção entre a tela e os suspiros apaixonados da minha irmã e à medida que falava, lembrei que até agora não havia entregue o telefone que comprei mais cedo, notei quando pegou um livro para foliar e o silêncio caiu sobre nós.

Quarenta minutos se passaram comigo, dedicando total atenção às tonalidades laranja e amarelo que estava jogando sobre o grande fogaréu, deixando ainda mais realista.

Estou extremamente orgulhosa de mim mesma, na verdade, uma tela dessa levaria uma semana ou duas para ficar pronta, mas ando tão conectada com as lembranças vivas que possuo em minha mente, que o trabalho será concluído em menos de vinte e quatro horas de esforço total. — Se for contabilizar o tempo dedicado a essa pintura, tem menos de dez horas que iniciei o trabalho, restando somente a janela, para finalizar.

Assim que dei os últimos retoques no fogo, notei que Lexie comeu o bolo sozinha. Sentei-me na cama para analisar de longe constatando que falta apenas a parte das beiradas que não será difícil, mais uma ou duas horas termino essa tela.

— Vem, depois concluo o que falta, quero tomar um banho antes que Domenico me encontre toda suja de tinta. — Seguimos para o quarto, com Lexie comentando do namoro que nem começou, caminhávamos totalmente distraídas conversando sobre o assunto que não notei a presença do Domenico.

Aproximando-se, exigiu mais explicações a respeito da conversa. Fiquei rezando para ele não reparar meu rosto cheio de tinta, porque perguntaria com certeza o que estava fazendo e mesmo que investigue destoarei o máximo que puder, não quero que descubra que ando dedicando meu tempo às escondidas para finalizar seu presente de aniversário.

O assunto do namoro de Lexie o deixou um tanto preocupado que decidiu levar nossa irmã e Ângelo conosco ao jantar. Fiquei muito feliz com sua atitude, porque dessa forma podemos ajudá-los nesse pontapé inicial para essa relação futura e, pelo pouco que entendi, minha mãe só permitiu que iniciassem o relacionamento daqui a dois anos. Se bem que, quando isso acontecer, ambos estarão parcialmente cientes do que fazer.

Sem ser notada, saí de fininho, deixando os dois conversando. Precisando desesperadamente de um banho, segui para o banheiro e pouco tempo depois Domenico parou na entrada do boxe me admirando. Como havia removido as tintas, estava aparentemente limpinha, espero que não pergunte o motivo, muito menos fique me enchendo de perguntas.

— O que você acha dessa ideia de ajudá-los? — Sondou enquanto digitava algo no telefone.

— Genial, agora é saber o que meu sogro dirá quando souber, bem como, nos preparar caso seja contra! — Dei minha opinião sincera à medida que lavava os cabelos.

— Adorou a ideia, acabei de enviar uma mensagem e atestou nossa intenção... — notei que ficou sem palavras por estar me comendo com seu olhar pervertido.

— O que foi? — Fingindo demência, questionei.

— Toq, toq — comecei a rir da sua safadeza, foi na porta, passou a chave e voltou quase nu — vou me juntar a você nesse banho.

— Pode vir, mais nada de toq, toq! Nem sei o que é isso — omiti só para dar corda, já sentindo suas mãos em minha cintura — Dom! Para, saímos em alguns minutos.

— Correto, mas essa conversa ainda não terminou! — concluiu enquanto segurava meu pescoço com uma brutalidade extremamente prazerosa, senti minha cavidade latejar e acabei pressionando minhas pernas — Por ora proponho jantarmos e ajudar nossa irmãzinha — beijou meu pescoço e desceu mais um pouco mordendo meu mamilo —, serei um menino malvado.

— Não entendi! Como assim? — Indaguei vendo desligar o chuveiro.

— Serei um menino mal para que mais tarde, você possa colocar o meu pau nesse cativeiro e o torture até ele te dar bastante leitinho — mais uma vez estou gargalhando igual uma idiota pelas besteiras que o meu noivo/marido fica dizendo para alegrar meu dia e se continuar desse jeito terei que fazer uma tortura mais tarde — Sei ler sua mente amor! Andou pensando em safadeza.

— Cala a boca... — exigi extremamente ruborizada e penso que isso acabou me entregando.

Brincamos mais um pouco e logo estávamos no quarto nos arrumando, assim que finalizamos descemos e encontramos minha mãe, meu sogro, Lexie e Ângelo.

— Está linda Lex! — Elogiei admirando a roupa que minha mãe escolheu para ela.

O corte de cabelo lhe caiu muito bem, removeu por completo a aparência de criança. Minha mãe caprichou na maquiagem realçando ainda mais os seus olhos marcantes com uma sombra levemente mais escura e nos lábios colocou um gloss bem clarinho, deixando minha irmã lindíssima.

Lexie optou por uma calça comprida jeans justa, blusa branca igualmente e uma jaqueta de couro preta combinando com as botas, a deixando com visual mais maduro.

— Incrivelmente linda! — Elogiei alisando seus cabelos sedosos.

— Obrigada, você também. — Tímida retribuiu.

— Cuidado vocês quatro! Nico, você mudou a reserva? Era um jantar romântico, avisou que terá companhia? — Perguntou um pouco nervoso.

— Positivo, Sr. Enrico Maceratta, como não tive sucesso na tentativa de barganhar o segundo andar, ficaremos na varanda com a belíssima vista para o vinhedo, relaxa pai porque dividiremos o local com outras pessoas. Blanca Carni Pregiate está lotado! Quase não conseguia minha reserva, e sim, comuniquei que mais duas pessoas estariam conosco! — Dom explicou e logo saímos.

" E lá vamos nós! ... "

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ