O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 186

"O sexo é apenas sexo, mas o amor, ah... o amor é foda."

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•ALESSA AMATTO •

Entramos para nos juntar aos pombinhos, fazendo uma bagunça tremenda, voltamos a falar do novo vinho e mesmo após o jantar ainda me sinto com fome. Fui à geladeira pegar o bolo que Emilia deixou para gente.

— Vou te ajudar — Lexie veio toda animada — que foi? — Questionou com aqueles olhos lindos azuis me encarando.

— Não agora, mas posteriormente eu e você teremos uma longa conversa, tudo bem? — disse que sim — Qualquer dúvida que tiver com relação ao beijo pode me perguntar que terei prazer em esclarecer.

— Ai, que bom! Estou cheia de curiosidades e Ângelo é igualzinho a mim. — ruborizada revelou — Muito obrigada, amanhã, depois da missa conversamos.

— Ótima ideia. — agora mais tranquila, cortei um pedaço de bolo bem generoso para cada um de nós e Lexie me ajudou a colocar na mesa — Acredito que nenhuma comida me satisfaz mais que a da Emilia e Sandra! A gente comeu tanto lá no restaurante e não foi o suficiente.

Desabafei dando uma colherada no bolo na minha frente. — Hmmm, gemi em aprovação — Melhor bolo que já comi!

Enquanto conversávamos sobre o nosso jantar, verifiquei as horas e vi faltar pouco para meia-noite. Senti uma certa tristeza, pois o quadro não ficou pronto.

Depois do "Vamos foder" finalizo e deixo tudo preparado para entregá-lo ao amanhecer.

Saí do meu devaneio com a risada escandalosa de Ângelo por causa dos relatos que Domenico anda compartilhando do passado dele com o Gaetano. Lexie estava horrorizada agarrada no braço de Ângelo com a história do colchão e da babá morta.

— Fiquei dias sem dormir! E Gae só ficou satisfeito quando ateou fogo no colchão. — Chorando por causa da crise de riso que teve, Dom finalizou os relatos admirando a cara de pavor da nossa irmã.

— O Sr. Gaetano é doido! — Ângelo falou se recuperando — Isso, sim, é infância... meu Deus, dois malucos.

Minha mãe e Enrico invadiram à cozinha com olhares curiosos por causa da nossa farra.

— Vejo que estão alegres, significa que a noite foi boa! — Ela declarou com um sorriso enorme no rosto, nos pegando desprevenidos.

" Todo mundo se calou, como se estivéssemos escondendo algo. "

— Claro que foi mamãe! Gostei bastante, o restaurante é lindo e aconchegante, um lugar excelente para uma confraternização em família, podemos ir de novo e vocês dois vão conosco! — para nossa alegria minha irmã quebrou totalmente o silêncio com a sua euforia e animação exagerada — tinha música e muita gente bonita.

Respirei aliviada e tenho certeza que Dom e Ângelo também, pois parecia que o comentário da minha mãe era uma acusação, tipo: peguei vocês na mentira. Creio que a felicidade da Lexie tenha dissipado essa suspeita.

— Vamos, sim, filha. — com um clima mais leve, ficamos ouvindo Lexie falar da comida e de tudo que viu no restaurante — Fico feliz que se divertiu.

— Eu amei! — Sincera declarou e voltou a sentar com Ângelo.

— Estávamos esperando vocês chegarem. — Enrico se aproximou com um sorriso imenso no rosto — Aqui, filho — lhe entregou uma caixinha na cor preta aveludada —, feliz aniversário, meu ragazzo, que Deus e a virgem Maria lhe abençoe grandiosamente.

Animado, Domenico levantou para lhe dar um abraço apertado. Estava admirando a felicidade deles, quando minha mãe se aproximou.

— Aqui, filha, feliz aniversário, meu amor, estou extremamente feliz de passar essa data junto de ti e ainda mais contente de poder comemorar contigo mais um ano de vida. Sinto muito orgulho de você, meu raio de sol. — Me entregou uma bolsa que segurei animada, em seguida lhe dei um abraço de gratidão.

— Obrigada mãe! Não precisava. — Agradeci e voltei a me sentar, devido ao peso do saco, firmei o embrulho na mesa louca para ver o que havia dentro.

Fui desembrulhando e quando constatei o que era, gritei de felicidade admirando as tintas que estão diante dos meus olhos. São importadas, da melhor marca chinesa. — Meio trêmula, peguei duas nas mãos.

Meus olhos começaram a lacrimejar de alegria, pois são as melhores que já ganhei na vida. Senti um carinho vindo do Domenico e lhe dei um sorriso.

Analisei cada uma delas e três são a numeração perfeita que necessitava para finalizar o presente do Domenico, sendo que darão o realismo perfeito à minha tela. — Estava olhando minuciosamente cada uma quando me dei conta que não agradeci o suficiente, coloquei-me de pé para dar mais um abraço em minha mãe.

— Nossa, mãe! Como conseguiu essas? — chorando perguntei — Não sei nem como agradecer — com meu peito cheio de gratidão apertei seu corpo em um abraço.

— De nada meu pequeno raio de sol, fico feliz que gostou. — beijou meus cabelos antes de alisar os mesmos — É gratificante te ver assim, me traz uma nostalgia boa.

Meus olhos se inundaram ainda mais, porque me vi como há 15 anos... pequenininha, toda animada com as tintas que ela me dava. A farra que fazia por ganhar uma paleta de cores de tinta guache para pintar os meus desenhos, era maravilhoso! Me sinto em um déjà vu.

Creio que a diferença de um produto para o outro não seja o foco, e sim, quem está me entregando o presente.

— Como é bom ter a senhora em casa, como é bom esse abraço mãe... — recebi um beijo molhado no rosto e um afago muito familiar — obrigada de verdade!

— Eu te amo imensamente filha, meus parabéns, a você também, Nico.

"Para mim esse momento conseguiu ser o mais perfeito, após anos, acreditei que nunca mais se repetiria, e hoje poder vivenciar esse instante com tanta alegria e ao lado das pessoas que mais amo no mundo, é magnífico, não tem como mensurar o tamanho da minha gratidão."

Nós quatro nos sentamos fazendo companhia para Lexie e Ângelo. Dom beijou meus lábios e secou minhas lágrimas, pois me recuso a soltar as latinhas em minhas mãos.

Depois de um tempo pude ver com calma o que ele ganhou. Seu presente é um lindo relógio antigo que meu sogro relatou ser do bisnonno dele, a linda peça de ouro branco não é um relógio de pulso, mas sim de bolso e atrás dele está escrito:

" Voe alto meu menino... "

Fiquei sabendo que essa declaração vem de uma grande linhagem, passada de pai para filho e assim como Enrico recebeu esse relógio em um dos seus aniversários, resolveu fazer o mesmo com Domenico.

Agora éramos seis comendo bolo e conversando sobre o novo vinho.

— Viajaremos para à Sicília em quatro dias. — Dom afirmou.

— Tudo bem, Leve Andrea e Emilia... — Lexie deu um grito de felicidade — que susto filha! — Meu sogro reclamou.

— Vamos todos! Vem mãe, por que vocês não vêm conosco? — Enrico explicou que está supervisionado as coisas do vinhedo com meu pai Fabrizio e Gaetano — Poxa!

— Ficaremos três dias por lá, é somente o tempo de ver as coisas do novo restaurante, vou mais a trabalho, não é passeio Lexie, se quer participar dos negócios da família vai aprender como se faz! — Dom explicou e sua animação voltou ao normal.

Conferi as horas, doida para subir ou terei pouco tempo para finalizar a tela! Estava prestes a me pronunciar quando Lexie bocejou dizendo que já ia subir para dormir em seu quarto.

— Vou com você, preciso de um banho e urgentemente retirar essas botas. — me despedi de todos aproveitando a deixa para encerrar a noite pelo menos por aqui — Dom, não demora!

— Já, já te encontro lá em cima. — Beijei seus lábios e cumprimentei os outros dois.

Minha mãe decidiu subir conosco para colocar Lexie na cama, pois é a primeira noite que dormirá sozinha em seu quarto.

Às duas entraram no primeiro do corredor, segui para o meu sentindo meus pés latejando, porém, o sorriso não sai do rosto, já que estou pensando na safadeza que farei em poucos minutos.

— Cadê o leite tã nã nã nãnã... — cantarolei em um sussurro — me dá o leite tã nã nã nãnã

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