O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 187

"Caí na armadilha, quando provei dos seus lábios."

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• ALESSA AMATTO •

Sorri da minha safadeza de cantarolar a música de autoria do meu noivo/marido toda animada.

Parei diante da porta do meu quarto e meu coração acelerou de um jeito como se fosse a primeira vez que estou passando por essa situação.

Suspendi a mão meio trêmula e peguei o bilhete.

[... Parabéns para nós, meu amor, hoje nossa festinha não será em nosso quarto, continue andando que mais adiante encontrará outros bilhetinhos...]

— Ah, Domenico! Espero no fundo do meu coração que permaneça com esses bilhetes até o fim da minha vida... — murmurei com um grande sorriso.

Caminhei mais um pouco e no final do corredor encontrei outro bilhete colado na parede.

[... Há três anos foi me entregue uma linda foto, nesse dia o destino estava me dando uma caneta para que eu pudesse escrever minha história de amor com a mulher da minha vida. Antes de iniciar o nosso conto, o próprio destino me deu três instruções importantes, siga pela escada para descobrir quais são...]

Sorri e tive que apertar os olhos para ler as letrinhas miúdas que pedia para virar a folha, e assim fiz.

[... Hmm, não é querendo estragar o momento romântico, e, no fundo, acredito que a intenção é lhe fazer sorrir, então aí vai! (Toq! Toq!) sorriu né! Sei que sim. Vai lá, sobe os degraus mia donna...]

Tive que cobrir a boca para não soltar uma gargalhada alta que chamaria com certeza a atenção da minha mãe!

— Pode entrar, meu amor, com toda certeza! — balbuciei a safadeza que vem me pedindo, mesmo não tendo aceitado — Ele já tinha me convencido desde cedo, no momento em que me contou a história do cativeiro, mas esses bilhetes merecem a tortura do século.

Respirei fundo e vi que no meio da escada possui outro bilhete sobre o degrau e com euforia me abaixei para pegar.

[... A primeira coisa que o destino mostrou, foi: para viver esse amor era necessário me colocar no lugar da minha amada e entender que minha verdade não é universal! É um pouco difícil, contudo estou dando o meu melhor para não te magoar mia donna. Suba e observe às duas restantes...]

— Sei que esse homem vai me enlouquecer essa noite. — Desabafei ciente que pelos bilhetes, meu amado está inspirado.

Continuei subindo e ainda no chão tem outro bilhetinho, porém de tirar meu fôlego.

[... A segunda coisa que me disse, foi: um relacionamento não se faz sozinho e acrescentou ser necessário estar sempre ao lado de quem se ama... (na alegria e na tristeza) sei que você estava ao meu, e como prova disso, o destino marcou seus pés de modo que ficasse em minha mente, que mesmo te afastando você permaneceu ali comigo e não me abandou. Já te amava antes e amei ainda mais por causa disso. Segue para o próximo...]

Me sentindo um pouco trêmula pelo misto de sentimentos que vem dominando meu corpo, subi o último degrau, tentei abrir a porta que dava para o terraço, mas está trancada. Olhei para cima e vi que nela havia outro bilhete. — Esse é dos grandes.

Puxei com o máximo de cuidado para não rasgar porque evidentemente guardarei com muito amor junto aos demais que já tenho.

— Vamos lá Alessa, coragem! — Me incentivei, para focar nas diversas palavras contidas nesse papel.

[... A última e mais importante de todas, foi que o destino usou Parisi para abrir meus olhos, e aí vai...

Amar, não é só dizer inúmeras vezes durante um único dia o famoso "Eu te amo", é demonstrar meu amor por ti, em todos os momentos possíveis.

Ele me disse: seja um bom pai, mas acima de tudo, um ótimo marido. Sei que às palavras podem parecer não condizer com a data comemorativa, porém digo que sim! Faz todo sentido, pois você é o meu presente.

Quero lhe dizer na data de hoje o quão especial és para mim, mio amore.

Desde o dia em que bati os olhos na sua foto, o destino me preparou para ser o Domenico que você sempre sonhou e olha só! Eu aqui fazendo bilhetes e preparando momentos carinhosos para nós...

Nunca fui assim e por você, venho aprendendo a ser. Não que isso mude quem sou ou esteja aderindo uma nova personalidade. A verdade é que estou sendo eu mesmo para a mulher da minha vida, e a cada ano prometo me esforçar mais para criar bilhetes que te façam sorrir, e, é claro! Pensar em muita safadeza...

Hmm, por falar nisso! Vire a folha, mas antes, olha para baixo...]

Olhei para o pé da escada e lá estava ele escorado na parede com os braços cruzados sobre peito com um imenso sorriso no rosto, voltei a encarar o papel e virei a folha.

[... TOQ, TOQ! Sei lá, vai que dá certo...]

Mais uma vez conseguiu me fazer gargalhar e nessa permiti que saísse alto, pois a minha alegria é intensa e sendo assim, fica impossível abafar qualquer expressão sonora que meu corpo queira colocar para fora.

Olhei para baixo e presumi estar aguardando uma resposta.

— Pode entrar Dom... você foi um bom menino e meu bumbum acabou de me dizer que vai te torturar muito hoje! — fazendo sinal da vitória já conquistada no restaurante, subiu encurtando nossa distância — Eu te amo muito, meu príncipe encantado! — Alisou meu rosto e me deu um beijo calmo.

— Também te amo muito Alessa... — sussurrou rente aos meus lábios — agora venha que vou te dar o seu presente. — Olhando para ele, percebi que segurou a maçaneta que dá para o banheiro do terraço.

Continua...

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