NOSTALGIA (s.f.)
É sentir saudade da saudade ou aquela fruta que dava no pé da casa da sua vó. É: um maluco no pedaço, é também se perder no tempo. É uma memória guardada com carinho (que se mexer demais, estraga). E sentir que falta um pouco de passado no nosso presente. É o que faz a gente ter orgulho do tempo que passou.
É quando a criança que fomos um dia vem nos visitar e aí? A NOSTALGIA te faz um bem danado, não faz?
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Parei por um segundo para admirar todo o lugar e suponho que abriga de 13 a no máximo 15 crianças, entre 2 a 8 anos, mas fui puxado por Alessa novamente para me juntar a minha sogra que está pintando uma folha branca muito grande, sem exageros, é imensa mesmo! Deve ter um metro quadrado ou mais.
— Vem cá! Vamos pintar com as crianças! — mia Bella convocou — Achei eles lá na sala.
— Rico, vem me ajudar aqui querido. — Meu pai se juntou a ela e Lexie pegou a pequena dos meus braços.
— Cuidado Petit, deixa comigo. — Lexie o ignorou fazendo o brutamontes revirar os olhos.
— Se acostuma Ângelo... nisso, ela puxou a irmã. — sussurrei e nós dois começamos a rir — Se prepara! As mulheres Amatto evoluem mais que Digimon, meu amigo, vai por mim, ainda estou considerando jogar Alessa na fonte de água benta.
Ângelo deu uma gargalhada, impossível não acompanhá-lo, na verdade, esse homem rindo é mais engraçado que a própria piada.
— O que tem as mulheres Amatto? — Olhei chocado para mia donna com sua audição vampírica, mesmo de longe Alessa com seu ouvido potente escutou o que havia dito.
— Apenas que são fortes e determinadas. — Ângelo declarou sério e Alessa sorriu com o comentário. Pisquei para ele em agradecimento.
Os minutos foram passando e estávamos pintando e brincando com às três, meu pai já está todo sujo, devido uma das meninas que atende por Aurora, tem somente dois aninhos, é a caçula do trio, no entanto, a mais bagunceira também, Caterina é a segunda e vai pelo mesmo caminho, tem quatro anos e a mais velha cinco e se chama Giulia sendo a mais responsável, vive limpando à sua maneira toda a bagunça que as irmãs e os adultos fazem e fica pedindo desculpas constantemente quando Aurora grita, com seu pulmão potente sempre que atinge o ápice da felicidade.
— Giulia... vem cá rapidinho! — minha sogra chamou e meio na dúvida olhou para todos e quando percebeu estarmos observando-a, suas bochechas ficaram rosadas e tímida recusou o pedido — Vem, penso que esse canto aqui é seu, vem com a vovó, vou te ajudar a pintar.
Um sorriso grande se formou em seus lábios. E logo às duas estavam pintando. Olhei para meu pai que tem tinta rosa até nos cabelos. — Misericórdia o velho Enrico realmente está gostando da farra.
Os minutos viraram horas e todos já estávamos sujos e dos três homens nessa bagunça Ângelo é o mais engraçado, com três tranças no cabelo igual à Caterina, pelo visto Lexie fez do meu cunhado um pau-mandado. — Será que sou assim com Alessa? — Neguei com a cabeça, porque sou eu quem manda em tudo.
"Enfim! Na pior das hipóteses posso fingir que sim!".
Saí dos meus devaneios e avistei meu tio que está com o padre mais à frente conversando e boa parte dos fiéis já tinha ido embora e as crianças estavam se juntando a outros grupos. — Tive uma ótima ideia.
— Amor, são quase onze da manhã... — informei e ganhei um olhar triste — Tive uma ideia que você vai gostar bastante. Fica aqui que vou em casa rapidinho.
— Vai trazer comida? — A palavra chamou atenção das três crianças que olharam para mim.
— Bom, posso ver com o padre se conseguimos fazer o almoço aqui, assim podemos ir para casa somente a tarde, mas a minha intenção inicial é buscar o bolo de aniversário que Emilia fez. — contei e meu pai se animou — Preciso de ajuda por ele ser grande e julgo que no mínimo três pessoas conseguem com facilidade tendo em vista que são de dois andares.
— Posso ir patrão. — Dimitri, que estava perto, se ofereceu e meu pai também.
Troquei algumas palavras com o padre que gostou muito da ideia. Perguntei a Emilia e a Sandra o que dava para pegar lá de casa, que fosse rápido para preparar o almoço e com as orientações certas nós três entramos no carro.
— Essa criançada toda animada me deu uma saudade do meu filho! — Dimitri relatou quebrando o silêncio.
— Imagino, eu sentia falta do meu Nico quando era pequeno e do Gae, mesmo quando os dois se juntavam para me deixar louco. — acabei sorrindo, porque fui de fato arteiro — Está rindo! Deixa meu neto nascer, vai saber o que estou falando.
Dimitri ficou me zoando e nesse clima alegre, logo chegamos à casa.
— Vou pegar todo frango na geladeira, Emília disse que vai dar e sobrar, apesar do padre garantir que lá também tem e o nosso é só para complemento. — Expliquei pegando todas as carnes da geladeira.
— Nico! Pega as frutas também. — Concordei.
Esvaziamos a geladeira e boa parte da dispensa.
— Vamos jantar no restaurante e amanhã Sandra faz compras com Emilia. — meu pai relatou, à medida que arrumávamos tudo no carro — Vou lavar meu rosto e já volto.
Enquanto ele se limpava, com ajuda do Dimitri, conseguimos colocar o bolo exagerado em meu colo.
— As crianças vão fazer uma festa com esse bolo! — Dimitri relatou sorrindo — Patrão! Se me permite um comentário um tanto pessoal, acredito que, minha senhora, Alessa gostou das meninas.
— Eu também, quem sabe o destino não conspire para isso! Tudo depende da Alessa. — falei sincero, pois tenho certeza que ela já pegou um carinho imenso pelas meninas — A pequena Aurora gostou bastante do meu pai.
— Vamos! — acabei de falar dele e o próprio voltou com outra camisa e de rosto e cabelos limpos — Aurora me sujou todo.
— Ela gostou muito de você, pai! — falei assim que o carro ganhou velocidade nas ruas — Quando voltarmos da Sicília, vejo com Alessa se ela deseja adotar às três. A Giulia só tem cinco anos e é notável que se sente responsável pelas irmãs.
— Tomara que consigam, nossa casa cheia de crianças, que maravilha, minha netinha Aurora vai me deixar surdo! Já escutou ela gritando, né? — meu pai mencionou — Agiliza logo isso! Pretende ficar quantos dias na Sicília?
— De 4 a 6 no máximo, vou somente apresentar as uvas do vinho que Lexie está criando. Aproveitarei para ver um ponto na nossa vinícola central para construir um restaurante. — Esclareci e durante o caminho de volta ficamos falando disso.
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Assim que paramos com o carro, meu tio estava à nossa espera para ajudar a retirar o bolo, foi bem complicado conseguir colocá-lo em cima do meu colo, já que a tábua é imensa.
O padre aparece e cobriu a boca pelo tamanho exagerado do bolo, que tenho certeza que Alessa e Lexie comeriam mais da metade sozinhas.
— Pedi para que às irmãs fizessem suco e arrumassem o refeitório, vem comigo. — com a ajuda dele fomos para o local que também está bem desgastado e algumas vigas nas colunas estão à mostra e com rachaduras bem preocupantes — As crianças vão adorar, bolo aqui só nos aniversários.
— Todos iremos padre, todos nós! — declarei animado — Onde fica a cozinha? Trouxemos algumas coisas para ajudar no almoço?
— Vem comigo que te levo até lá, meu filho. — Sem jeito me convenceu.
— Dimitri vai chamar Gae e Damião para pegar as bolsas, que já venho ajudar vocês, meu filho. — meu pai pediu e vi o próprio sair de modo a executar suas exigências — Vai ragazzo atrás das nossas donnas e toda família enquanto ajudo os meninos a levar as coisas do almoço com o Fabrizio, aproveita e chama as crianças.
Deixei os dois lá e fui para o casão atrás da mia Bella e das crianças...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ
O livro esta incompleto, para na metade....
Estou amando o livro! História muito engraçada, envolvente, cheia de mistérios e reviravoltas. Parabéns e estou ansiando pelos demais capítulos...