O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 201

NOSTALGIA (s.f.)

É sentir saudade da saudade ou aquela fruta que dava no pé da casa da sua vó. É: um maluco no pedaço, é  também se perder no tempo. É uma memória guardada com carinho (que se mexer demais, estraga). E sentir que falta um pouco de passado no nosso presente. É o que faz a gente ter orgulho do tempo que passou.

É quando a criança que fomos um dia vem nos visitar e aí? A NOSTALGIA te faz um bem danado, não faz?

─━━━━━━⊱❉⊰━━━━━━─

Parei por um segundo para admirar todo o lugar e suponho que abriga de 13 a no máximo 15 crianças, entre 2 a 8 anos, mas fui puxado por Alessa novamente para me juntar a minha sogra que está pintando uma folha branca muito grande, sem exageros, é imensa mesmo! Deve ter um metro quadrado ou mais.

— Vem cá! Vamos pintar com as crianças! — mia Bella convocou — Achei eles lá na sala.

— Rico, vem me ajudar aqui querido. — Meu pai se juntou a ela e Lexie pegou a pequena dos meus braços.

— Cuidado Petit, deixa comigo. — Lexie o ignorou fazendo o brutamontes revirar os olhos.

— Se acostuma Ângelo... nisso, ela puxou a irmã. — sussurrei e nós dois começamos a rir — Se prepara! As mulheres Amatto evoluem mais que Digimon, meu amigo, vai por mim, ainda estou considerando jogar Alessa na fonte de água benta.

Ângelo deu uma gargalhada, impossível não acompanhá-lo, na verdade, esse homem rindo é mais engraçado que a própria piada.

— O que tem as mulheres Amatto? — Olhei chocado para mia donna com sua audição vampírica, mesmo de longe Alessa com seu ouvido potente escutou o que havia dito.

— Apenas que são fortes e determinadas. — Ângelo declarou sério e Alessa sorriu com o comentário. Pisquei para ele em agradecimento.

Os minutos foram passando e estávamos pintando e brincando com às três, meu pai já está todo sujo, devido uma das meninas que atende por Aurora, tem somente dois aninhos, é a caçula do trio, no entanto, a mais bagunceira também, Caterina é a segunda e vai pelo mesmo caminho, tem quatro anos e a mais velha cinco e se chama Giulia sendo a mais responsável, vive limpando à sua maneira toda a bagunça que as irmãs e os adultos fazem e fica pedindo desculpas constantemente quando Aurora grita, com seu pulmão potente sempre que atinge o ápice da felicidade.

— Giulia... vem cá rapidinho! — minha sogra chamou e meio na dúvida olhou para todos e quando percebeu estarmos observando-a, suas bochechas ficaram rosadas e tímida recusou o pedido — Vem, penso que esse canto aqui é seu, vem com a vovó, vou te ajudar a pintar.

Um sorriso grande se formou em seus lábios. E logo às duas estavam pintando. Olhei para meu pai que tem tinta rosa até nos cabelos. — Misericórdia o velho Enrico realmente está gostando da farra.

Os minutos viraram horas e todos já estávamos sujos e dos três homens nessa bagunça Ângelo é o mais engraçado, com três tranças no cabelo igual à Caterina, pelo visto Lexie fez do meu cunhado um pau-mandado. — Será que sou assim com Alessa? — Neguei com a cabeça, porque sou eu quem manda em tudo.

"Enfim! Na pior das hipóteses posso fingir que sim!".

Saí dos meus devaneios e avistei meu tio que está com o padre mais à frente conversando e boa parte dos fiéis já tinha ido embora e as crianças estavam se juntando a outros grupos. — Tive uma ótima ideia.

— Amor, são quase onze da manhã... — informei e ganhei um olhar triste — Tive uma ideia que você vai gostar bastante. Fica aqui que vou em casa rapidinho.

— Vai trazer comida? — A palavra chamou atenção das três crianças que olharam para mim.

— Bom, posso ver com o padre se conseguimos fazer o almoço aqui, assim podemos ir para casa somente a tarde, mas a minha intenção inicial é buscar o bolo de aniversário que Emilia fez. — contei e meu pai se animou — Preciso de ajuda por ele ser grande e julgo que no mínimo três pessoas conseguem com facilidade tendo em vista que são de dois andares.

— Posso ir patrão. — Dimitri, que estava perto, se ofereceu e meu pai também.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ