O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 202

ESPERANÇA (s.£)

Melhor amiga de um coração apaixonado. Última a morrer nas mãos de um lutador. Imortal nas mãos de um sonhador. Produto em falta nos dias de hoje e a causa principal da decepção, como também do sucesso. É tipo vestido de mãe, a gente se agarra quando sente medo. Fácil de perder e difícil de se achar.

Esperança significa: esperar pelo dia em que não precisarei esperar mais, nem de você, nem por você ou por ninguém.

─━━━━━━⊱❉⊰━━━━━━─

• ALESSA AMATTO •

A missa foi impecável e o clima em família perfeito, como se não bastasse toda essa felicidade, fui informada que nessa paróquia possui um orfanato que precisa de cores vivas para deixar os dois quartos existentes nesse casarão bem bonitos e temáticos, no entanto, um pertence aos meninos e o outro ás duas freiras e as meninas, o local é muito grande, porém só tem 3 quartos sendo um do padre que reside aqui.

— Mãe vou pintar esse e a senhora fica com o dos meninos, tudo bem? — Questionei considerando encher de cores vivas e vários tons de rosa.

— Tudo bem, filha. — sorrindo ficou de acordo — Padre, pretendo doar novas camas e beliches para ambos os quartos.

— Muito obrigado, minha filha, nem posso recusar, tendo em vista estarem, de fato, bem desgastadas e a ajuda que recebemos dos Maceratta é para as compras e os demais fiéis ajudam com roupas.

— Tudo vai se encaixar padre, agora nos leve até às crianças! — Pedi, pois estou ansiosa para isso.

— Que assim seja filha, ontem recebemos muitas tintas e papéis, havia prometido para as crianças que hoje depois das visitas poderiam pintar, contudo, vou abrir uma exceção, afinal de contas não é todo dia que temos a presença de duas pintoras. — esclareceu enquanto nos guiava por outro caminho pelo qual viemos — Há seis meses deixaram em nossa porta essas três meninas, estavam tão magrinhas e a pequena Aurora bem doentinha, é a mais nova que já tivemos aqui e ainda mama na mamadeira, mas Deus nos honrou e atualmente é a alegria de todos.

— Nossa! — pasma me expressei — Quero conhecê-las.

— Vou apresentar a vocês, elas estão lá na frente. Já tentaram adotar uma das meninas, mas por serem irmãs acho injusto separá-las, infelizmente querem somente a Aurora, por ser pequena. — senti um aperto no peito ao ouvir isso — E o mais interessante é que inexplicavelmente a adoção dela sempre dá problema, na verdade, elas não vieram do estado como as demais, às três foram abandonadas em nossa paróquia.

— Nem imagino o que passaram antes de chegarem aqui. — minha mãe falou o que estava pensando — Concordo com o senhor, padre. Se for adotar, que seja às três.

Assim que passamos por uma porta entramos na sala principal e nela encontrei meu pai, Fabrizio, Tancinha e os meninos. Ângelo e Lexie estão mais para o lado rindo e conversando em seu mundo paralelo. Juntamo-nos ao maior grupo e eles começaram a falar da reforma de toda a paróquia. Decidi seguir o barulho das vozes que vinha de outra sala mais à frente, os deixando para trás.

Entrei numa imensa sala repleta de famílias com algumas crianças no meio deles rindo e brincando, fiquei extremamente encantada por três em questão que estavam juntas de mãos dadas e julgo serem as que o padre falou; o curioso é que não tem ninguém perto delas.

— Estranho! — murmurei olhando para todos os lados — Bom, vou me aproximar.

Segui para junto delas de modo a conhecê-las um pouquinho mais. Visivelmente a maior aparenta ter cinco anos, a outra quatro e uma bem menorzinha que deve estar na faixa dos dois ou três anos. Notei também que são muito parecidas, mesma tonalidade de cabelo, o que difere é o tamanho e todas são lisas, mas os olhos são de um cinza que nunca vi igual.

— Oi! Posso me juntar a vocês? — elas disseram que sim — Eu me chamo Alessa e queria saber como vocês estão.

— Estamos bem, eu me chamo Giulia e essas são minhas irmãs, Caterina e Aurora. Hm, e você como está? — A mais velha explicou seguido do questionamento e respondi que estou bem.

Sentei-me no chão perto delas, Aurora e Caterina logo estavam de risos e cheias de intimidade comigo, mas Giulia ficou distante.

— Vem cá, me fale mais de você. — pedi e ela se sentou afastada — Vem, senta aqui ao meu lado.

— Tá bom. — finalmente se aproximou e começamos a conversar e deu alguns sorrisos para as gracinhas que a irmã caçula fazia — me fale de você — pediu enquanto colocava a chupeta na boca da Aurora.

— Tenho uma irmã e ela se chama Lexie, vou chamá-la para vocês conhecê-la. — Levantei e quando comecei a me afastar parei, porque Caterina segurou minha mão.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ