O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 211

POSSO SER SINCERO?

Não escute as pessoas negativas. Junte-se a quem enxerga a vida com bons olhos. Alie-se aos que lhe amam de verdade e que curtem seu sucesso.

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• ÂNGELO D'ÂNGELO •

Trocamos algumas informações sobre o Vittorio, entre outros negócios da nossa família na Toscana, visto que fazemos alguns trabalho por fora e Tia Tancinha vindo de vez para Cuneo nós deixou no escuro, visto que era ela a cuidar de tudo por lá.

Damião se colocou de pé e foi para a cozinha, porque sentiu o cheiro do café.

— Irmão! — Olhei Dimitri que trás no rosto um sorriso triste — Podemos conversar?

— Sim, mas vamos esperar Damião, tudo bem?— questionei no exato momento em que ele surgiu na porta com dois copos de café.

Dimitri não bebe o mesmo nesse horário para não interferir no seu soninho da beleza.

— Como sei que nossa Rapunzel não bebe café essa hora, toma Ângelo — veio todo sorridente — Minha tia Sandra mandou te dá e falou que se quiser leitinho Dimi, que vá buscar. 

Peguei o copo de café e levei aos lábios para conter o riso, porque tenho total certeza que ela não disse nada.

— Há! Há! Há! Palhaço. — Dimi reclamou e a piada caiu no esquecimento.

Nós três ficamos em silêncio por tempo de mais e isso estavam me deixando agoniada.

— Vamos conversar sobre essa situação do Ângelo, pode ser?  — pedi me colocando de pé e indo fechar a porta.

Conheço minha madrinha e sei que não vai subir enquanto, eu não fizer o mesmo. Voltei a me sentar em uma das cadeiras que tem aqui na varanda e novamente o silêncio agoniante se fez presente.

— Liga para ele! — pedi de uma vez — deixe-me falar com Ângelo.

— Tudo bem, mas antes deixe-me te contar tudo, para que o nosso pai não faça isso a sua maneira. — fiquei de acordo com o pedido de Dimitri e esperei que desse início aos relatos — há 14 meses atrás, nosso pai consegui entrar em contato direto comigo, pois procuro sempre ter notícias do meu filho e dessa maneira não foi difícil de me encontrar.

— 14 meses... — murmurei contendo minha raiva por me esconder isso por todo esse tempo.

— Inicialmente vei com um papo de que estava com saudades e pensei na hipótese de voltar para casa, porque sinto falta do meu filho e vocês sabem que ele é tudo para mim, mas no segundo seguinte fiquei sabendo do porquê da ligação. — coisa que é bem difícil de ver é Dimitri com raiva, digo, esse sentimento em toda sua totalidade — aquele maldito entrou na minha mente usando meu filho, irmão!

— Calma, conta tudo Dimi! — Damião pediu vendo que não estou gostando dessa conversa.

— Vocês estão escondendo isso de mim a mais de um ano? — questionei o óbvio, me sentindo traído — Se tivesse falado no início, já teriamos resolvido essa situação.

— Escuta até o final Ângelo, você não sabe um terço do que passamos nesses 14 meses! — Damião sacudiu meu ombro —  Não, nos olhos como se tivéssemos o traído, somos seus irmãos mais velhos e sabemos o quanto foi difícil para você ser abandonado daquele jeito, não nos julgue por sermos seus irmãos e pensarmos nos seus sentimentos.

— Por favor Ângelo, coloque isso no topo da lista antes de nos crucificar — foi Dimitri a pedir —, cada um tem um modo de pensar. 

— Tanto eu, quanto Dimitri optamos esconder isso de você, não foi uma decisão somente dele, concordei com meu irmão que essa era a melhor opção — respirei fundo e pedi que continuasse.

— Ele pediu para falar com você e me recusei de imediato, mas tornou a insistir e disse que era de extrema importância que entrasse em contato contigo e resolvi questionar para saber o porquê de todo esse desespero... — estranhei o silêncio que eles fizeram e sei que boa coisa não é.

— Conta logo! — estressado exigi.

— Ele me informou que tornaria você o seu sucessor e sabendo de tudo que passamos, pois sofremos juntos contigo, vendo o seu sofrimento, me ofereci para ir no seu lugar, mas ele não aceitou e tentei de todas as formas convencê-lo de que tanto eu quanto Damião pudéssemos arcar com as responsabilidade do negócio da família, mas Ângelo se recusou e rebatia qualquer oferta que dávamos, dizendo que seria você.

— A gente tentou... — Damião afirmou ganhando minha atenção — lembra no dia que matamos o Imperador da casa da caralho? O desgraçado do Ivo — disse que sim — Lembra que comentei que precisava de grana? — concordei — então! Estamos falidos, Dimi não manda dinheiro pro Daniel a mais de seis meses, e o dinheiro que ganhamos aqui com os Maceratta ou do Vittorio é para te proteger! Não estou dizendo isso para reaver qualquer centavo! Você merece ter conhecimento do que fizemos e saiba que foi por amar nosso maninho acima de qualquer quantia de dinheiro.

— Vocês deveriam ter me dito! — declarei sentindo uma angústia muito grande — dariamos um jeito! Só não entendo porque eu, porque agora?

— Ele disse que além de carregar o mesmo nome, afirmou que era tão ruim quanto o próprio. — Dimitri confessou — A gente tentou comprar por sua liberdade, mas não aceitou, aí pedi um ano para que desse tempo de conversar com você e ele falou que só aceitaria se pagassemos um valor absurdo para que você pudesse viver a sua vida tranquilamente.

Me levantei e sentei ao lado de Dimitri, repousei a minha mão sobre suas costas para agradecer e deixar  claro que não estou com raiva.

— Me perdoa por ser assim tão difícil... — pedi sincero — desculpa.

— Para com isso! Somos seus irmãos Ângelo — me deu um abraço forte — Hoje pela manhã ele me ligou me lembrando que um ano já havia se passado e que estava na hora de você voltar para casa e mais uma vez tentamos barganha, mas ele não aceitou e pedi dois anos de modo que tivesse o tempo necessário para conversar contigo. Ângelo você precisa entender que não quero ser o vilão da sua história de amor, longe disso!

Fiquei em silêncio pensando em como fui cego! Sai dos meus devaneios com o braço de Damião em meu ombro.

— Agora eu sei o porquê de gosta tanto da pequena, ela realmente é contagiante, mas sabe melhor que ninguém que se nosso pai tiver conhecimento que tem uma pessoa atrapalhando seus planos... — senti o peso dessa advertência e agora tudo faz sentindo para seu implicância com relação ao meu amor por Lexie — Por Deus, Ângelo.

— Pode ficar calmo quanto a isso, não vou me separar do Lexie por causa do meu pai, você sabe muito bem disso, não sabe?

— Sim, mais tenho medo Ângelo! — Dimi afirmou e vi Damião sentar na minha frente.

— Por isso que sempre foi contra ao nosso relacionamento? — ele concordou com a cabeça — saiba que isso não vai acontecer!

— É assim que se fala! — Damião se expressou — qual é o seu plano? Por mim podemos mata-lo.

— Quero que ligue para ele — pedi novamente — por favor, preciso falar com esse miserável.

Ambos concordaram e aguardei enquanto esperávamos o desgraçado atender.

“Jurei para mim mesmo que nunca mais falaria com o homem que me deixou uma verdadeira bomba de emoções fodida, mas acho que está na hora de colocar um ponto final nessa história.”

— Ângelo quer falar com o senhor... — a voz do Dimitri me tirou dos meus desvaneios — Ué! Não queria tanto falar com ele? — o silêncio está me agoniando — problema é seu, você queria tanto agora que tem está assim? Não quero saber! — me passou o telefone e levei ao ouvido.

— Diga a ele, o que te mandei Dimitri, sabe muito bem o que desejo do seu irmão. — somente sua voz foi o suficiente para me deixar em cólera — faça isso ou vou dar um jeito nesse remelento que chama de filho...

— Gosta de trabalha com ameaças, pai? Vai ameaçar meu sobrinho para manipular meu irmão?  — questionei e não tive resposta — Ângelo, Ângelo está ficando um velho desesperado por atenção, é isso?

— Me respeito! Ainda sou seu pai seu moleque, pensa que é quem para fala comigo dessa maneira. — sorrir da sua hipocrisia.

— Sou seu filho! Não é esse seu discurso de merda para que eu volte para casa? Bom, não vou entrar por esse caminho, né papai! Estou sabendo que quer se aposentar e aceitei a proposta. — informei sério, mas meus olhos me entregaram e minhas lágrimas caíram.

— Venha para França e vamos conversar meu filho, sinto sua falta, venham os três, até a trairá da sua tia eu aceito de volta, aquela desgraçada quase me matou por sua causa! — fiquei chocada com essa informação, não sabia disso — Mas  somos uma família e prometo não matar essa miserável.

Preferi ignorar essas palavras e depois vou procurar saber o que ela fez.

— Irei daqui dois anos, você é homem de um palavra ou depois de velho ficou diferente? — questionei e não objetivo resposta — É, vejo que a velhici muda o caráter de um homem.

— Continua abusado!— reclamou.

— O combinado foi dois anos e assim será! Tenho um trabalho a ser finalizado aqui Ângelo, e vou sair da Itália sem dever nada a ninguém!  — relatei sem muitos detalhes.

— Tá! Mas quero meu dinheiro na conta, seu irmão prometeu e se não cumprir irei eu mesmo te buscar! — minha irá foi tanta que quebrei o copo que estava em minha mão.

— Somos D'Ângelos e honramos com nosso trabalho. Você é o agregado, afinal, só teve sorte de ter o mesmo nome que o do meu falecido avô, mas a linhagem vem da parte da minha mãe e não dema sua! — escutei grunhir do outro lado da linha — Tens minha palavra, em dois anos estarei diante do senhor para cuidar dos negócios da família. — o desgraçado iniciou seu discurso de paizão e finalizei a chamada em sua cara.

“Tenho dois anos para cuidar da pequena e deixar minha Petite forte e esperta, meu pai não é burro e vai tentar descobrir que negócios são esses que mantenho aqui, e se souber da Lexie vai tentar alguma coisa.”

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