O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 48

" A vida é um equilíbrio entre não ter pressa, e não perder tempo. "

• 18:00 PM – CENTRO DE TURIM •

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• ALESSA AMATTO•

Estava esperando meu Dom voltar quando Emilia invadiu à sala com uma xícara grande nas mãos.

— Minha menina, vem beber isso. — tomei de suas mãos e levei aos lábios um chocolate quente bem cremoso — Aqui é bem quentinho lá fora o frio está cortante.

— Obrigada Emi... hm, que delícia! — agradeci pela bebida saborosa — Nem sabia que esfriou tanto. — Ficamos conversando sobre o clima nessa parte mais alta de Turim com nossas xícaras imensas e fumegantes nas mãos — ... Não quero ir embora, desejo muito ficar com vocês. — Declarei sentindo meus olhos transbordarem.

— Não vai minha menina, fica, você já vai se casar com meu Nico. — esticou a mão sobre a mesa para que eu a pegasse e assim fiz — Por que continua dizendo isso? Você não precisa ir embora, já está com seu noivo.

Olhei com um sorriso fraco para ela. — Coitada nem sabe o caos que estou passando.

Respirei frustrada e decidi me calar, preferi não responder, assim me poupa de contar uma história péssima visto que a mesma nunca foi um conto de fadas e está bem longe disso.

Os minutos se passaram devagar e o silêncio nos embalou até à porta ser aberta chamando nossa atenção, Dom voltou com dois casacos grossos nas mãos, um para mim, outro para Emilia.

— Partiremos imediatamente, o frio aqui está demais. — nos levantamos e meu príncipe me ajudou a colocar o casaco bem pesado — Passaremos pela cidade. Quer ir comprar as tintas para sua imensa tela? — de olhos arregalados concordei — Então precisamos nos apressar!

— Senhor tenho que ir à loja de tecidos para providenciar o pano da tela de minha senhora. — Admitiu e saímos todos juntos do escritório enquanto tentava conter minha vontade de sair correndo gritando de felicidade.

" Calma Alessa você fará 21 anos, mulher, não seja infantil! "

No carro fiquei pensando na vida e no quanto ela é injusta. Poderia muito bem ser ele meu noivo já que se intitula assim... sem falar na certeza que tem quando afirma que nos casaremos. Em fim! Um sonho impossível.

— Oi! ... — olhei em sua direção e admirei-o com uma sobrancelha levantada — essa ruga aqui é devido a quê? — Seu dedo alisou entre minhas sobrancelhas.

— Pensando na vida — sorri e me juntei a ele quase em seu colo —, sabe o que eu quero?

— HM? — sorri da cara que fez — Ser for o vinho... — se aproximou do meu ouvido — mais tarde estou pensando em tomarmos uma taça juntos.

— ... Jura? — essa voz sedutora confirma que pensa em algo pecaminoso — Espera, o que você está planejando Dom? — notando seu sorriso sacana já sei que tem planos — Você quer fazer pecado?

— Que pecado o quê? Ficaremos juntos curtindo a companhia um do outro e quando você dormir te levarei para sua cama Alessa, para com isso! — apertou minha nuca com um sorriso de canto, olhou para as janelas e voltou a me encarar — Sua safada... — Sussurrou em meu ouvido.

— Eu? Nunca! Para com isso. — gargalhou alto fazendo Emilia olhar para gente — ... Contei uma piada para ele Emi.

Sem graça, inventei uma mentira para não ficar com vergonha do assunto tratado no banco de trás e respirei aliviada quando me deu um sorriso e voltou a olhar para frente. Encarei Dom com seriedade e ele continuou rindo de mim. Bufei cruzando meus braços e ardiloso como é encostou a boca perto do meu ouvido.

— Calma. — Olhei em seus olhos ainda assustada.

— Quero ir para casa, não desejo mais comprar as tintas, depois você faz isso ou solicita para alguém. — Com medo de algo muito ruim acontecer, pedi para sairmos daqui.

— Calma, você perceberá ser só o shopping nada de mais. — Concordei, porém, não mudei meu pensamento.

O elevador chegou no destino e começaram a sair um de cada vez, parando em seus devidos lugares até sairmos. De fato, constatei que não tinha porque temer.

Que maluquice da minha mente, juro que pensei que sairia e veria um monstro! — Surtei à toa.

— Viu! Nada aconteceu! — confirmei caminhando mais tranquila — Entraremos nessa. Andrea mande alguém com Emilia para comprar o que deseja e você fica conosco.

— Tadeu vá com Emilia por favor. — O homem consentiu seguindo com ela e nós entramos na imensa loja de artigos para arte.

Fui até Giovane para ver se lembrava da medida da tela para encomendar a moldura.

— Giovane você sabe informar o tamanho exato da tela que pediu ontem? — disse que sim e logo forneceu as medidas — Obrigada.

Fui ao balcão e realizei o meu primeiro pedido. Com Dom atrás de mim, fui fazendo as demais exigências, volta e meia um beijo era depositado na minha cabeça.

"Estou ficando mal acostumada!"